Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

Villas-Boas: «Nível de exigência é altíssimo»
DESTACA IMPORTÂNCIA DE "REGRESSAR AOS TÍTULOS"

Autor: RUI SALVADOR


André Villas-Boas mostrou-se satisfeito com a exibição da sua equipa na vitória frente à Naval por 3-1, em jogo a contar para a 16.ª jornada da Liga Zon Sagres

"A equipa teve uma atitude correta e fez o que tem feito em todos os jogos. O nível de exigência é altíssimo e nós aceitamo-lo, porque queremos regressar aos títulos e principalmente ganhar o campeonato”, afirmou o treinador portista.

“O importante é manter um nível exibicional elevado. Temos escolhas consoante cada jogo e qualquer jogador que temos dá-nos todas as garantias”, adicionou, sobre as mudanças no onze titular.

Sporting sem comentários

Sobre a atual situação do Sporting, o técnico dos dragões evitou comentar o assunto, afirmando apenas que pretende continuar o bom caminho com a sua equipa:

“Não me cabe a mim comentar, cabe as pessoas do Sporting. Queremos continuar com esta distancia e com o nosso percurso. Falta muito campeonato, vai ser duro e sabemos que todos nos estudam e nos querem ganhar.”

Kléber sem especulações

Sobre a ausência de Walter na convocatória, Villas-Boas afirmou ter sido por “opção técnica, até porque Falcão tem sido um dos avançados mais eficazes da Europa”, acrescentando ainda que não ia “especular” sobre o mercado quando questionado sobre um possível interesse em Kléber, do Marítimo.

Villas-Boas: «Sporting é candidato apesar do momento triste»
F.C. Porto-Naval, 3-1 (reportagem)

Por Pedro Jorge da Cunha

André Villas-Boas não quis comentar a demissão de José Eduardo Bettencourt, embora assegure que os leões continuam a ser candidatos ao título. O técnico do F.C. Porto reconhece que o oponente de Alvalade vive «um momento triste».

«Não me quero pronunciar sobre a demissão do presidente do Sporting. O clube está a viver um momento triste. No entanto, o Sporting, tal como o Braga, são candidatos ao título até ao final da Liga. Prefiro acreditar nisso. Mantemo-nos alertas e queremos continuar com a distância que temos para todos.»

Villas-Boas: «Os nossos adeptos não têm visto jogos deprimentes»
F.C. Porto-Naval, 3-1 (reportagem)

Por Pedro Jorge da Cunha

A vitória frente à Naval mantém o F.C. Porto confortável na liderança. O técnico André Villas-Boas elogia o adversário, mas até diz que o resultado podia «ser mais volumoso». Relativamente à qualidade de jogo da sua equipa, o treinador refere que os adeptos dos dragões «não têm visto jogos deprimentes».

«Os golos aconteceram quando tiveram de acontecer. Reduzimos ao mínimo as oportunidades da Naval. Eles tiveram um lance para golo, com o Marinho. Na segunda parte tivemos várias oportunidades e o resultado podia ter sido mais volumoso. No final baixámos os níveis de concentração e concedemos um penálti que era escusado. Foi uma exibição boa, regular, perante uma Naval que vinha motivada de Guimarães. Com o que a Naval joga, a possibilidade de se salvar é alta. É essa a minha mensagem para o Mozer.»

Sobre a qualidade dos jogos (Ópera) no Dragão

«Os adeptos têm visto bons espectáculos, não têm visto jogos deprimentes. O F.C. Porto faz muitos golos, cria oportunidades e isso é importante. Continuamos o nosso processo de crescimento e isso é importante. O Beto e o Cristian devem regressar esta semana, fica a faltar o Alvaro Pereira.»

Sobre a visita a casa do surpreendente Beira-Mar

«Tenho o Leonardo Jardim como amigo e treinador competente. Transmito-lhe mensagens de confiança e vai ser um grande técnico no futuro. Gosto da forma como organiza as equipas e como joga. Isso expressa-se na forma como o Beira-Mar está a jogar.»

«Resultado importante para manter a chama da competição» - André Villas Boas
Por Redacção

Mesmo após a vitória (3-0) sobre o Beira-Mar, o treinado do FC Porto, André Villas Boas, considera que o apuramento para as meias-finais da Taça da Liga será complicado de conseguir.

«O nosso compromisso passava por ganhar este jogo pelo maior número de golos possível. É um resultado importante para nós para manter a chama desta competição, embora que o Nacional dependa dele e está tremendamente motivado para chegar às meias-finais. A situação não é impossível mas é extremamente complicada», disse Villas Boas à SIC no final do encontro no Dragão.

Villas-Boas: «Não dependemos de nós»
MEIAS-FINAIS DA TAÇA DA LIGA ESTÃO COMPLICADAS


O treinador André Villas-Boas manifestou-se "satisfeito" com o triunfo do FC Porto (3-0) sobre o Beira-Mar, embora assumindo a dependência do desempenho do Nacional para sonhar com as meias-finais da Taça da Liga de futebol.

"O cenário mantém-se. Não dependemos de nós, temos de esperar que o Beira-Mar ganhe ao Nacional e marcar um número suficiente de golos (ao Gil Vicente) para passar. As coisas continuam na mesma. Valeu pelo compromisso", resumiu o técnico portista.

Villas-Boas falou numa "primeira parte excelente e uma segunda boa", mas recordou que agora nada mais há a fazer do que "esperar" pela decisiva ronda: "Quando perdemos com o Nacional, na primeira jornada, as coisas ficaram comprometidas. Estamos extremamente condicionados".

O técnico já está, porém, a pensar em novo confronto com o Beira-Mar, sábado, em Aveiro, para a Liga, ciente de que "será um jogo completamente diferente".

"Desta vez, o Beira-Mar fez alterações profundas na equipa, não há que esconder. Tem o seu critério e nós o nosso. Sábado, será um jogo completamente diferente. Não é a imagem do que será em Aveiro, nem para uma equipa nem para outra", vincou.

a.lopes escreveu:http://www.maisfutebol.iol.pt/fcporto/fc-porto-villas-boas-porto-liga-mourinho/1227565-1304.html
se alguém arranjar a conferência de imprensa eu agradeço

Villas-Boas grato a Robson e Mourinho: «Eu ia para jornalista desportivo»
Treinador do F.C. Porto relata primeiros passos na carreira

Por Vítor Hugo Alvarenga

A conferência de imprensa desta sexta-feira, no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, terminou em inglês. Um jornalista do Times, prestigiado jornal britânico, deslocou-se ao Olival para saciar a curiosidade sobre a empolgante carreira de André Villas-Boas.


O treinador do F.C. Porto acrescentou revelações interessantes à história já conhecida. Aliás, Villas-Boas arrancou alguns sorrisos na sala quando anunciou o seu interesse pela carreira de jornalismo. Desportivo, claro.

«Sir Bobby Robson deu-me a oportunidade de começar a carreira. Eu ia para o jornalismo desportivo. Confrontei-o com algumas questões e só alguém com a mente aberta como ele permitiria aquela arrogância de um miúdo. Deu-me a oportunidade de presenciar treinos do F.C. Porto, eu era um mero adepto e aquilo era fantástico. Ele deu-me acesso a treinos em Inglaterra e Escócia, quando eu só tinha 17 anos, e isso foi muito importante no meu início», recordou.

«Eu e Mourinho evoluímos de forma diferente»

O carismático treinador inglês, falecido recentemente, partiu para Barcelona. André Villas-Boas esteve nas Ilhas Virgens Britânicas e regressou depois ao F.C. Porto, onde viria a reencontrar José Mourinho.

«O José Mourinho foi decisivo, voltou ao clube e abordei-o para evoluir na carreira. Era treinador de método nos sub-16 e propus fazer algum trabalho com ele. Ele deu-me a oportunidade num jogo, gostou e fiquei com o controlo da análise dos adversários até final dessa época. Depois passei a tempo inteiro, no ano em que vencemos a Taça UEFA», explicou.

André Villas-Boas voltou a rebater as comparações com o trajecto de Mourinho: «Há apenas a curiosidade: são duas carreiras que parecem iguais, mas não são. O José tem um mestrado, eu não tive tempo para ir tão longe nos estudos, segui outra via. Evoluímos de forma diferente, o José entrou no futebol profissional mais cedo, com uma posição no relvado, ao contrário de mim. Há várias diferenças de personalidade, de forma de estar.»

«Premier League é das mais excitantes do Mundo»

A curiosidade do jornalista inglês, naturalmente, incidia sobre o interesse de André Villas-Boas em orientar uma equipa de topo em Terras de Sua Majestade. «A Premier League é uma das mais excitantes do mundo, muito prestigiada. Há clubes prestigiantes, como o F.C. Porto, que tem um registo de títulos que muitos emblemas ingleses até invejariam. Acho que ainda tenho muito de evoluir até merecer uma oportunidade dessas», explicou, humildemente.

«Quero ganhar esta Liga, vencer outras mais competitivas, mas também quero explorar outros ambientes. Eu adoro esta profissão, sempre quis estar nesta posição e não quero abdicar dela facilmente», disse, acrescentando: «Portugal exportou vários treinadores de qualidade, com sucesso. Mas há uma tendência de mudança. Há 13 ou 14 anos, Wenger era uma lufada fresca na Premier League, como depois Mourinho e Benítez. Agora, acho que as coisas estão a mudar.»

«Não somos ditadores da escolha»

Villas-Boas aplaudiu a confiança do F.C. Porto: «Cheguei aqui com 17 anos, desempenhei várias funções no clube, com menos responsabilidades que esta. O Porto olhou para mim como alguém que podia trazer algo novo, novo método de jogo, novo ambiente com os adeptos. É sempre uma aposta, optar por alguém tão novo como eu, mas eu sempre acreditei. O Porto não me escolheria apenas para cumprir o sonho de um miúdo.»

Definindo a sua filosofia de jogo, o técnico azul e branco deixou uma mensagem essencial. «Respeitámos a imprevisibilidade. Acreditamos que, para um jogador demonstrar toda a sua qualidade, tem de ter liberdade de escolha no relvado. Não somos ditadores da escolha. No final, o jogo é imprevisível, temos de respeitar isso», rematou.

Villas-Boas fala de Salvio, do Benfica e dos árbitros
Treinador do F.C. Porto comenta polémicas com encarnados

Por Vítor Hugo Alvarenga

André Villas-Boas espera que as arbitragens não marquem a segunda volta da Liga. O treinador do F.C. Porto começou por comentar, em conferência de imprensa, a nomeação de João Ferreira para a deslocação ao reduto do Beira Mar. O juiz fez o relatório do caso conhecido como túnel da Luz e esteve na Supertaça, conquistada pelos dragões.


«Os antecedentes são infelizes, na Supertaça também não houve uma arbitragem feliz, mas houve vitória do F.C. Porto. A outra equipa não foi prejudicada, bem pelo contrário. Queremos acreditar que se mostrará competente e que faça um bom trabalho. Se é uma nomeação lógica? Não me parece. Mas esperemos que faça um bom trabalho», desejou.

O técnico portista garante sentir diferença de ênfase aos erros de arbitragem nos jogos dos grandes. Elmano Santos, que esteve no Académica-Benfica, serve de exemplo: «Espero acreditar que os árbitros não entrem condicionados. A nomeação não me pareceu lógica, após um não-caso no F.C. Porto-V. Setúbal. Com esse antecedente tão fresco, pareceu-me ilógica. Mas acho que foi uma arbitragem, no Académica-Benfica, pouco comentada.»

«Quem se sente mais prejudicado faz questão de se saber, depois depende da difusão que tem através da comunicação social. Esperamos sempre por uma evolução. Se houver profissionalização dos árbitros, esperamos que as coisas melhores. Queremos acreditar que há um presidente competente e que há tendência para melhorar. Em Inglaterra, há sanções extremas para determinadas mensagens que são passadas pelos intervenientes. Não sei se isso é melhor do que temos», frisou Villas-Boas.

Salvio: interessante mas não interessa

A conversa com os jornalistas passou pelo mercado de transferências, encontrando mais um foco de polémica entre F.C. Porto e Benfica. Ao comentar declarações de um vice-presidente do Boca Juniors, relativas a contactos com Cristian Rodriguez, André Villas-Boas deixou uma mensagem clara.

«É uma entidade oficial que emite uma declaração falsa. É tão grave como a namorada de uma pessoa escrever o que quer numa determinada rede social. Cada um diz o que quer, os restantes comem ou não», atirou o treinador, numa clara alusão à companheira de Salvio, que garantiu o interesse azul e branco no jogador argentino.

Villas-Boas gosta de Salvio, mas não pensa nele. «Salvio é um jogador muito interessante, preponderante nos sub-20, tal como foi o Walter nessa competição. Mas não está nos planos do F.C. Porto. O Porto tem várias opções nesse sector e o Salvio, pela época que está a fazer, é um jogador caro», explicou.

a.lopes escreveu:http://www.maisfutebol.iol.pt/fcporto/fc-porto-villas-boas-porto-liga-mourinho/1227565-1304.html
se alguém arranjar a conferência de imprensa eu agradeço

"Nomeação de João Ferreira não me parece lógica"

TOMAZ ANDRADE
Foi em Aveiro que André Villas-Boas conquistou o primeiro troféu e, no regresso, volta a encontrar João Ferreira, o árbitro da Supertaça que, na altura, o treinador portista criticou. Arbitragem foi, de resto, tema nuclear da conferência de ontem.

Tendo em conta o jogo da Taça da Liga, que tipo de adversário espera?

Espero um jogo completamente diferente. O Beira-Mar jogou com apenas um jogador dos mais utilizados. Será uma alteração completa, em termos individuais e colectivos. Não sei que tipo de ambição têm em termos de classificação, mas o objectivo da manutenção está mais perto. Uma equipa que teve os resultados que teve com o Braga, Guimarães e Sporting, e que fez a exibição que fez com o Benfica, vai proporcionar-nos um desafio extremamente difícil. Queremos manter a vantagem para o segundo classificado num jogo em que o estímulo e o desafio serão completamente diferentes.

O que representa o regresso de Cristian Rodríguez à convocatória?

O Cristian mostrou-se muito competitivo desde que recuperou da lesão. Teve uma ligeira paragem, de dois ou três dias, porque estava a sentir algum desconforto. Regressou forte e decidi incluí-lo na lista de convocados tendo em conta aquilo que nos pode oferecer para este jogo.

E a exclusão do Rúben Micael pode ser entendida como um passo atrás?

Não. Fazendo um pouco a antecipação sobre as vossas reacções às convocatórias, reparem que o Walter ficou de fora do jogo com a Naval, regressou forte com o Beira-Mar e agora mantém-se na convocatória. As decisões são tomadas com uma lógica estratégica e, nesse sentido, tocou ao Rúben ficar de fora. É dos jogadores mais utilizados, é preponderante e fez uma grande época no ano passado. Depois encontrou um ambiente extremamente competitivo nas posições que disputa. Está fora deste jogo, mas conto com ele e seguramente vai regressar, porque é um jogador extremamente forte. Vai integrar as próximas convocatórias.

Falcao continua ausente. Faz muita falta?

Tivemos um jogo muito conseguido com o Marítimo e o Falcao não esteve presente. Continuámos com uma grande dinâmica atacante. Falcao é um jogador muito importante para nós, mas acreditamos que as soluções que temos nos dão continuidade de dinâmica e de fluxo atacante para ganhar. O Falcao falha mais um jogo, mas ambicionamos tê-lo de volta o mais rápido possível.

Já decidiu quem vai ser o ponta-de-lança e se haverá uma mudança táctica?

Não devem encontrar muitas novidades. Temos a nossa estrutura perfeitamente delineada e preferida. Somos uma equipa que se enquadra no 4x3x3 pelas mais variadas razões e por aí não haverá novidades. O Walter dá-nos uma série de soluções. É outro tipo de jogo e de jogador. Apreciámos a forma como estivemos frente ao Marítimo, com a variabilidade que nos deu o James e o Hulk. É uma decisão que está tomada, mas que não quero partilhar, prefiro manter um pouco de imprevisibilidade. O Walter teve um jogo muito conseguido na Taça da Liga e é uma forte possibilidade.

Sente que o Hulk tem vontade de jogar a ponta-de-lança para chegar mais depressa à selecção brasileira?

Não é essa a nossa preocupação. Acho que não. O Hulk sente vontade de jogar sempre, porque é um talento indiscutível, acima da média, que se sente confortável nas várias posições na frente. Não é a primeira vez que faz várias posições na frente. Não é uma ou outra posição que terá influência na escolha do seleccionador.

Na terça-feira, Vítor Pereira vai fazer mais uma análise da arbitragem. Qual é a sua análise?

A arbitragem não tem sido muito diferente das épocas anteriores. Quem se sente mais prejudicado faz questão que se saiba e, depois, depende do tipo de preponderância que se dá na Comunicação Social. Depende do enquadramento em que os clubes estão inseridos e da protecção que determinados clubes têm. Esperamos sempre por uma evolução. Se houver profissionalização dos árbitros, esperamos que as coisas melhorem. Queremos acreditar que temos um presidente competente à frente da Comissão de Arbitragem e que as coisas terão tendência para melhorar.

Mais ou menos como se faz em Inglaterra, admitia uma medida que proibisse falar-se de arbitragem?

Não me parece possível, e nem é bem isso que acontece em Inglaterra. Lá há penalizações extremas para determinado tipo de mensagens. As equipas de arbitragem fazem parte do espectáculo, da emoção, geram também emoção, e seria ilógico retirá-las da envolvência do futebol. Todos estamos sujeitos a críticas pelo trabalho que fazemos e não vejo razão nenhuma para que não estejam sob o escrutínio dos outros.

Em Aveiro vai estar o árbitro [João Ferreira] que fez o relatório no túnel da Luz e também o que esteve na Supertaça. Como comenta a nomeação?

Os antecedentes são infelizes. Na Supertaça a arbitragem também não foi feliz. Traduziu-se na vitória do FC Porto, mas a outra equipa não foi prejudicada, pelo contrário, foi beneficiada. A preponderância que a arbitragem teve não foi muito explorada. Queremos acreditar que agora se mostrará competente e que fará um bom trabalho. A nomeação está feita e, se é lógica, não me parece. Mas está feita e esperamos que faça um bom trabalho.

No Académica-Benfica, a arbitragem [de Elmano Santos] foi polémica e mereceu um comentário irónico de Pinto da Costa. Acha que os árbitros entram condicionados nos jogos do Benfica?

Quero acreditar que não. Se a nomeação é lógica, não me parece que seja. Pelo caso que não foi caso na arbitragem do FC Porto-Setúbal [de Elmano Santos] fizeram dele um grande alarido. A nomeação de Elmano Santos parece-me ilógica para um jogo do Benfica, tendo em conta aquele antecedente tão fresco. Discordo quando dizem que a arbitragem de Coimbra foi comentada, porque não foi. Foi esquecida, se calhar, pelos principais intervenientes do jogo. Se calhar, foi comentada com pouca preponderância nacional.

Benfica ainda não entra nos planos do treinador

Janeiro está a ser um mês cheio para o FC Porto e Fevereiro vai pelo mesmo caminho, porque, para além do campeonato, a Taça de Portugal (Rio Ave ou Benfica) e a Liga Europa (Sevilha) irão preencher a agenda competitiva. A perspectiva de um novo clássico com o Benfica já está na cabeça dos adeptos, mas foi ontem desvalorizada pelo treinador. Tudo por respeito ao Rio Ave, precisamente o adversário dos portistas nas meias-finais da última edição da Taça de Portugal. "A possibilidade de defrontar o Benfica não influi nada nesta altura da época. É um clássico, mas o Rio Ave tem uma palavra a dizer. Na época passada foi às meias-finais com o FC Porto e quer marcar presença novamente nessa fase da prova. Vamos esperar pela eliminatória e depois logo veremos", disse o treinador do FC Porto.

«Nenhum campeonato é fácil de ganhar» - Villas Boas
Por Redacção

Com a vitória frente ao Nacional, o FC Porto passa a ter 11 pontos de vantagem sobre o mais directo perseguidor, com mais um jogo, é certo. André Villas Boas diz, por isso, que este triunfo só tem importância se a equipa continuar a ganhar os jogos que tem pela frente.

«Este jogo também podia ter efeito contrário. É sempre preciso ganhar os jogos e nenhum campeonato é fácil ganhar. Temos de trabalhar muito, e o talento e a energia são decisivos para chegar ao fim como queremos. Estamos a fazer o nosso percurso e optámos por antecipar este jogo para podermos ter uma semana mais para o jogo com o Sevilha, além de ser a correspondente ao jogo entre Sporting e Benfica. Mas, de qualquer forma, tudo só faz sentido se continuarmos a ganhar até essa jornada», disse o treinador do FC Porto, na habitual flash interview no final do jogo.

Desta feita, o Nacional não valeu qualquer dissabor, ao contrário do que tinha sucedido na Taça da Liga. Mas Villas Boas até diz que o jogo desta noite foi muito parecido ao que valeu até agora a única derrota dos azuis-e-brancos em provas oficiais.

«O outro jogo não foi muito diferente deste. Tivemos muitas oportunidades, mas acabámos por perder. Desta vez fizemos mais ou menos o mesmo, só que conseguimos marcar três golos na primeira parte. De resto, domínio absoluto do FC Porto e zero oportunidades para o Nacional», vincou.

Villas Boas diz que «Benfica fortíssimo dá jeito ao FC Porto»
Por Nuno Vieira

André Villas Boas aproveitou a conferência de Imprensa desta segunda-feira para enviar alguns “recados” para o Estádio da Luz. Depois de visar Jorge Jesus nas suas declarações, o treinador do FC Porto defendeu que os dragões só têm a ganhar com um Benfica «fortíssimo e por cima».

«Seis vitórias consecutivas do FC Porto terão zero de importância, se forem outros a consegui-lo terão já muita importância. Mas nós queremos essa equipa por cima, porque dá-nos jeito. Foi essa equipa fortíssima que vencemos na Supertaça», recordou Villas Boas, que não se escusou a responder quando questionado se o clube da Luz goza da protecção da Comunicação Social.

«O Benfica é protegido por alguma Comunicação Social. Não é novo, é cultural. O FC Porto agradece, pois isso também nos faz chegar ao sucesso», atirou.

Villas-Boas: «Será que este F.C. Porto é assim tão mau?»
F.C. Porto-Nacional, 3-0 (reportagem)

Por João Tiago Figueiredo2011-01-26 22:26h

André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, em declarações na sala de imprensa, no final do triunfo por 3-0 sobre o Nacional, que aumenta, à condição, a vantagem para o Benfica para 11 pontos:

«A segunda parte foi mais bem conseguida do que a primeira, mas curiosamente não chegámos ao golo. Na primeira parte um Nacional agressivo deu-nos espaços atrás que fomos aproveitando para chegar a uma vantagem considerável ao intervalo. Depois reajustaram-se e nós também. Ao sétimo jogo de Janeiro temos um percurso, na minha opinião, imaculado. Que tipo de crítica é que vai haver agora? Temos 29 vitórias em 33 jogos! De que pseudo-escritores, de que adeptos este F.C. Porto merece criticas? Que F.C. Porto é este? É assim tão mau, um F.C. Porto que marca como nunca? Este F.C. Porto está forte, mas não tem significado se não continuarmos a ganhar. Foi um bom Janeiro para nós. Vamos ver o que acontece na Taça da Liga, pois tudo pode acontecer. Mas é um percurso que nos orgulhamos.»

«É preciso que continuemos unidos e fortes e que a equipa se sinta confiante e apoiada. Damos sinais de competência por muito que a crítica a queira levar para a incompetência. Porque isso pesa no subconsciente. As pessoas começam a pensar: se calhar aquele tipo até tem razão e o F.C. Porto não está assim tão bem. Mas está bem. Só tem que continuar.»

[Está a referir-se às críticas aos penalties que o F.C. Porto tem beneficiado?] «De modo nenhum. Não tem nada a ver com isso. Tem a ver com determinado tipo de colagens que se querem meter às equipas. Quantas oportunidades de golo teve o nacional hoje? E o Beira-Mar, no sábado? A Naval? O Pinhalnovense? O Nacional na Taça da Liga? Quais serão as criticas? O nosso compromisso é continuar a ganhar. Discordo que a nossa competência seja posta em causa por muita gente que nada tem a ver com este clube e com o que estamos a fazer.»

«Benfica provoca-nos um desafio como não provocou nos últimos dez anos»
F.C. Porto-Nacional, 3-0 (reportagem)

Por João Tiago Figueiredo2011-01-26 22:44h

André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, comentando a vantagem portista, agora alargada, à condição, para onze pontos e as dificuldades que o Benfica ainda pode trazer até ao final do campeonato:

«Este aumento da vantagem tem pouco significado. Interessa continuar a ganhar com o Rio Ave e o Sp. Braga. Na jornada de acerto o Benfica tem uma deslocação difícil [vai a Alvalade], o que não quer dizer nada. O Benfica está forte, provoca-nos um desafio difícil como não provocou nos últimos 10 anos, tirando o ano passado em que foi campeão. No ano de Trapattoni a vantagem foi curta e o campeonato atípico. Este é um Benfica de topo, provoca-nos um desafio difícil e o F.C. Porto gosta desse desafio. Teremos de continuar a ganhar até ao acerto da jornada e depois logo veremos que margem temos.»

[Seria anormal o F.C. Porto perder a vantagem?] «Nunca aconteceu, mas quem não respeita a imprevisibilidade pouco entende de futebol. O Nacional, na Taça da Liga, tem 3 oportunidades e ganha aqui. Hoje, o mesmo jogo, ganhamos 3-0. Tudo pode acontecer, mas nos queremos reduzir a imprevisibilidade ao máximo.»

«Se formos ao mercado é para pegar e fechar rapidamente» - Villas Boas
Por Nuno Vieira

André Villas Boas diz que o FC Porto não deverá recorrer ao mercado de Inverno por um avançado. «Se o fizermos, é para pegar e fechar rapidamente», ressalva.

«Temos uma quantidade anormal de avançados. Estamos satisfeitos com o que temos. Muito dificilmente iremos recorrer ao mercado. Se o fizermos, é para pegar e fechar rapidamente», refere o treinador dos azuis-e-brancos.

Com Falcao lesionado – o colombiano deve estar apto para o jogo da Taça da Liga com o Gil Vicente, no próximo fim-de-semana –, Villas Boas aproveita para elogiar Walter e avisa que o brasileiro «está a ameaçar a entrada no onze inicial».

«Estamos muito satisfeitos com o rendimento dele. Tenho-o elogiado publicamente, aliás. Ele luta por mais minutos, mas enfrenta a concorrência do Falcao e do Hulk. Está a treinar bem e a ameaçar a entrada no onze inicial», indica.

Villas-Boas: «Domínio absoluto»
TÉCNICO EXPLICA VITÓRIA FRENTE AO NACIONAL


O FC Porto aumentou para 11 pontos a vantagem sobre Benfica, ao vencer em casa o Nacional por 3-0, em encontro antecipado da 20.ª jornada da Liga Zon Sagres. Villas-Boas gostou da exibição.

"O outro jogo com o Nacional [derrota na Taça da Liga] foi muito parecido com este em domínio e oportunidades do FC Porto. Hoje tivemos uma boa 1.ª parte e uma segunda ainda melhor. Foi domínio absoluto do FC Porto e zero oportunidade para o Nacional", disse.

Com mais um jogo disputado, o FC Porto passou a somar 50 pontos, contra 39 do Benfica, segundo classificado, e 31 do Sporting, terceiro. O treinador do FC Porto desvalorizou a vanatagem.

"Para se ganhar campeonatos, o talento e a energia são decisivos. Esta vitória só tem significado se continuarmos a ganhar", frisou.

Villas-Boas: «Sevilha cresceu muito»
TREINADOR PORTISTA JÁ PENSA NO JOGO DA LIGA EUROPA

JOSE MOREIRA

O treinador do FC Porto, André Villas-Boas, reconheceu que o Sevilha "cresceu muito" nos últimos tempos, pelo que espera uma eliminatória "muito difícil" frente ao conjunto espanhol na Liga Europa.

"É sempre um desafio muito difícil. O Sevilha cresceu muito nos últimos dois meses. Com (Gregório) Manzano mudaram muitas coisas. Sei que vai ser um desafio muito complicado", reconheceu, abordando os 16 avos de final da segunda prova da UEFA, que se disputam em fevereiro.

Villas-Boas lembra ainda o ambiente que a sua equipa vai encontrar, mas revelou confiança: "Jogar no (estádio) Sánchez Pizjuán não é fácil para nenhuma equipa, mas queremos mostrar-nos a um nível muito alto e depois discutir o resultado no Dragão".

"De todas as equipas no sorteio, o Sevilha era o mais complicado. Respeitamos tudo o que ganhou nos últimos anos, principalmente a Taça UEFA", concluiu.

«Perdemos uma competição que queremos ganhar» - André Villas Boas
Por Redacção

Desiludido, mas sem dramatizar a eliminação da Taça da Liga, André Villas Boas disse este sábado que o FC Porto não menosprezou a competição e que quer vencê-la o mais depressa possível «para a juntar ao palmarés do clube».

«Foi um jogo bem disputado, dividido e muito interessante. O Gil Vicente fez um grande, grande jogo e nós perdemos uma competição que queremos ganhar o mais depressa possível», disse Villas Boas na sala de imprensa.

O treinador do FC Porto disse que esta «não é uma competição menor» e lembrou que na época passada esteve nas meias finais com a Académica, tendo sentido «um sabor especial».

Villas Boas reconheceu que o FC Porto tinha a competição «comprometida desde o início», referindo-se à derrota com o Nacional na primeira partida.

Olhando já para as meias-finais da Taça de Portugal, que começam a ser disputadas esta quarta-feira, com o Benfica, Villas Boas desejou um adversário em alta. «É um jogo muito esperado, entre duas equipas que estão em várias frentes, que estão motivadas, que têm apresentado bons resultados. Este jogo não terá influência na Taça e nem a Taça de Portugal terá influência no campeonato. Este é um desafio aliciante e esperado por toda a gente».

Villas-Boas: «A Taça da Liga não é a Liga dos Campeões»
Treinador do F.C. Porto desvaloriza empate em Barcelos

Por Pedro Jorge da Cunha2011-01-31 13:43h

O F.C. Porto foi eliminado da Taça da Liga no último sábado e disse adeus ao primeiro objectivo delineado para a época 2010/11. André Villas-Boas assegura, porém, que a decepção não irá afectar a equipa nos próximos compromissos. Até porque, como explica, a prova em causa não é propriamente a Liga dos Campeões.

«Temos de perceber a diferença. Demos o nosso melhor, entrámos em todas as competições para vencer, mas há prioridades e objectivos bem definidos», referiu o treinador do F.C. Porto na antevisão ao Clássico de quarta-feira, frente ao Benfica. Um Clássico que, também insiste, não será decisivo.

«O factor-casa é sempre importante, de facto. Mas temos duas situações bem presentes nas competições europeias em que resolvemos a eliminatória fora de casa. Há dois jogos e queremos aproveitá-los.»

No fim-de-semana regressa a Liga e o Porto recebe o Rio Ave. Qualquer eventual dano colateral disseminado pelo jogo de quarta-feira é rechaçado por Villas-Boas. «Não quero acreditar que um jogo da Taça de Portugal influencie o que se passará no campeonato. Depois jogamos com o Rio Ave em casa, o Benfica vai a Setúbal, são momentos diferentes.»

Villas-Boas vai cumprimentar Jesus: «Por mim não há problema»
Técnico acena a bandeira da paz ao homólogo da Luz

Por Pedro Jorge da Cunha2011-01-31 13:18h

Tréguas por fim? André Villas-Boas está disposto a fumar o cachimbo da paz com Jorge Jesus. Ou, pelo menos, a cumprimentá-lo na próxima quarta-feira, antes ou depois do Clássico entre Porto e Benfica. A mensagem conciliadora do técnico azul e branco surge depois de um longo duelo verbal, em jeito de ping-pong.

«Acho que vou cumprimentá-lo. Por mim não há problema nenhum. Não sei se ele levou para o campo pessoal alguma coisa que eu disse ou não. Espero que não», referiu André Villas-Boas na conferência de imprensa desta segunda-feira.

O treinador aguarda, de resto, que esta confrontação muito especial não infira no espírito dos seus atletas. Não será por aí, assegura Villas-Boas, que se assistirá à débâcle do império azul e branco na Taça de Portugal.

«Não, isso não é um factor de inibição para os jogadores. Eles estão habituados a lidar com vários tipos de treinadores e estilos. O talento deles é que fará a diferença a partir do momento em que a bola começa a rolar. Nós, treinadores, seremos tão espectadores como vocês [jornalistas] serão.»

Ainda relativamente a este capítulo destinado aos mind games, Villas-Boas considera que tudo o que é exterior ao jogo acaba por ser relativo, devido a um único factor: «Os jogadores estão no topo da motivação,

«Só conheço o Benfica numa estrutura»

Numa abordagem puramente táctica ao reencontro, Villas-Boas confessou não estar à espera de um Benfica com variações estruturais. Quatro defesas, um médio mais recuado, dois médios interiores e um número dez nas costas de dois avançados. Para o técnico do F.C. Porto é assim que Jesus montará a equipa.


«Só conheço o Benfica nessa estrutura. Supostamente, no meio-campo, estaremos em inferioridade numérica. Mas tudo depende da colocação dos médios laterais do Benfica. O futebol não é um jogo estático. Os princípios são os mesmos, os intervenientes é que se vão diversificando», vincou o treinador, ansioso por ter um «Dragão cheio» e a «ferver de emoção».

Para Villas-Boas, mau mesmo é apenas a longa distância entre os dois jogos relativos à meia-final da Taça de Portugal. «É estranho. Não faz sentido. É muito tempo, mas o calendário terá sido aprovado pelos clubes. Serão dois jogos completamente diferentes.»

F.C. Porto voltar a dar 5-0 ao Benfica? Não, diz Villas-Boas
Treinador não acredita que se passe algo parecido com o jogo da Liga

Por Pedro Jorge da Cunha2011-01-31 12:45h

André Villas-Boas não espera na quarta-feira um Benfica muito diferente daquele que o F.C. Porto já defrontou por duas vezes esta época, apesar de Jorge Jesus dizer que a sua equipa vai em alta ao Dragão para a meia-final da Taça de Portugal. O treinador também acredita que não se irá repetir um resultado tão dilatado como os 5-0 da primeira volta da Liga.


«Esse resultados não são comuns, o que passa ao longo do tempo são jogos bem disputados, resultados curtos, de pouca diferença, é assim que se traduzem estes jogos. Não me parece de todo que se volte a passar o que se passou na primeira volta», afirmou o treinador.

Quanto ao Benfica, Villas-Boas não espera um adversário mais forte. «A motivação do Benfica está em alta e fortíssima, com base no que têm vindo a fazer em Dezembro e Janeiro, quando acumularam um número importante de vitórias consecutivas. Chega-nos um Benfica forte, mas acreditamos que na Supertaça e no Dragão era também uma equipa em crescendo, acho que nos chega a mesma equipa que nos outros dois encontros?, diz, para definir o adversário: «Uma equipa organizada, de ataque, capacidade atacante notável, que foi campeã no ano passado.»

De resto, o treinador do F.C. Porto espera um jogo sem casos: «A única coisa que queremos proporcionar ambos é um grande espectáculo. Duas equipas que no campeonato estão a lutar pela posição que sabem, o Porto com vantagem boa mas o Benfica em crescendo. Espero que seja um bom espectáculo e que não se faça notar pelo que é negativo, confrontação e expulsões. Ambiciono mais m clássico bem disputado, de bom espectáculo e que ganhe a melhor equipa.»

playah escreveu:cellao
Atletico Madrid deserve a place there
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Em defesa da invencibilidade

As próximas duas deslocações do FC Porto a Braga e Sevilha vão testar a base daquilo que tem permitido manter a regularidade desta equipa de André Villas-Boas esta temporada, que passa por não perder e sofrer poucos golos, sendo que o primeiro aspecto assenta precisamente no segundo. Para além do Braga; Guimarães, Leiria, Sporting, Marítimo e Naval marcaram golos ao FC Porto no campeonato, sem contudo conseguirem vencer. Pelo meio, os azuis e brancos têm-se debatido com inúmeros problemas na defesa, com maior incidência na lateral-esquerda e no eixo, conseguindo ainda assim manter Helton e a sua baliza em segurança.

Pegando pela deslocação a Braga, o jogo promete ser um teste sério ao líder da Liga portuguesa, que terá, portanto, mais do que os três pontos em jogo no AXA. Primeiro porque o FC Porto tem a defesa menos batida - sete golos sofridos - entre os líderes dos principais campeonatos europeus e não só: mesmo entre os restantes líderes invictos, nenhum consegue melhor registo. Segundo porque se perder deixará de fazer parte desse quinteto de líderes sem derrotas - Litex Lovech (Bulgária), FC Copenhaga (Dinamarca), Maribor (Eslovénia) e Valletta (Malta) - nos respectivos campeonatos, depois do desaire do Manchester United no terreno do Wolverhampton, no passado fim-de-semana.

Sem derrotas na Liga, portanto, e com o cadastro igualmente imaculado na Liga Europa, o mês de Fevereiro começou a ser preparado com a antecipação do jogo com o Nacional, porque na Europa também este FC Porto de Villas-Boas carbura sem soluços, contabilizando sete vitórias e um empate e apenas seis golos sofridos. Quinta-feira há teste a "outra" invencibilidade, desta vez a que diz respeito à Liga Europa, com a deslocação a Sevilha para a primeira mão dos 16-avos-de-final.

Números

7
Os sete golos sofridos pelo FC Porto, esta época, são obra de Braga, Guimarães, Leiria, Sporting, Marítimo e Naval

19
Em 19 jornadas da Liga - somado o jogo antecipado com o Nacional - os azuis e brancos ainda não sofreram derrotas, contabilizando 17 vitórias e dois empates

4
Rolando (1710'), Sapunaru (1215'), Álvaro Pereira (1080') e Maicon (1008') formam o quarteto defensivo mais utilizado, mas Otamendi, Fucile e Rafa têm sido opções regulares.

Braga é jogo para tripla nos últimos dez anos

Jogar em Braga tem sido difícil para o FC Porto na última década, conforme está bom de ver no quadro ao lado. Esta época, em jogos do campeonato, a equipa de Domingos Paciência foi mesmo a única que conseguiu marcar por duas vezes aos azuis e brancos em 90 minutos, o que traduz bem o equilíbrio que se prevê no AXA, domingo. As 17 vitórias e dois empates do FC Porto, na Liga, prometem ter um teste importante, numa altura da temporada em que Villas-Boas só poderá contar com os internacionais a partir de quinta-feira e vive na incerteza de poder contar com jogadores-chave.

Desafio messiânico para Villas Boas

É a magia de um jogo de futebol a mobilizar os dragões com cheirinho a Champions, dada o estatuto europeu das duas equipas em confronto, e a ilusão de novas façanhas a invadir-lhes fortemente o espírito na cidade onde, a 21 de Maio e 2003, voltaram a ser felizes, 16 anos depois (1987) de Artur Jorge ter comandado a equipa que conquistou a Liga dos Campeões.

É que por ironia do destino este momento que os azuis e brancos estão a viver confunde-se muito com o ocorrido na época de 2002/2003. Na altura, o FC Porto também estava em busca de si próprio, de um título nacional perdido e do sonho de se reafirmar no espaço europeu com um treinador novo na casa e na idade: José Mourinho.

Quis agora esse destino que fosse um discípulo de Mourinho, igualmente jovem na idade e estreante no clube como treinador principal, a ter a chave da redescoberta dos sucessos e da glória na mão e na cidade onde se começou a fazer grande o actual treinador do Real Madrid. Mestre do jogo jogado e do jogo falado que, a 21 de Maio de 2003, levou os dragões à conquista da Taça UEFA, frente ao Celtic de Glasgow.

E assim se conflui num só lugar, feito santuário para os portistas e de peregrinação para cerca de 2.100 adeptos que tiveram a possibilidade de garantir lugar no Estádio Sánchez Pizjuán (final de 2003 foi mais ao lado, no Olímpico de Sevilha), um conjunto de circunstâncias que podem muito bem traduzir-se em felizes coincidências se além das memórias forem recuperados os valores e os títulos.

Para além do que está em jogo, que é a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa, está em curso um desafio messiânico para André Villas Boas, que, não estando mesmo nada interessado em imitar José Mourinho, com certeza não se importaria nada de fazer aquele seu percurso dourado com o diamantezinho da Champions no final da sua etapa.

Villas-Boas: «Dedicamos ao Rafa e ao Lourenço trompetista»

André Villas-Boas, treinador do F.C. Porto, comentou desta forma a vitória dos dragões no reduto do Sevilha (1-2), na primeira mão dos 16avos-de-final da Liga Europa. Declarações na SIC Notícias:

«Esta eliminatória ainda pode ir para muitos sentidos. O F.C. Porto tem de se manter competente. O primeiro golo veio num bom momento para nós. O Sevilha chegou ao empate e pode-se dizer que seria um bom resultado, o resultado mais justo aqui. De qualquer forma, o F.C. Porto conseguiu ser eficaz em contra-ataque e fazer o 1-2. Será um jogo diferente no Dragão, com um ambiente forte. Queremos tomar a iniciativa, ao contrário do que aconteceu aqui. Queremos dedicar esta vitória a um pessoa do plantel, o Emídio Rafael, e a outra que é muito especial para nós: Lourenço, o trompetista.»

badblood escreveu:Passou-se alguma coisa com o Sr. Lourenço?