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Mensagem por submundo Sáb Ago 21, 2010 2:43 pm

Parece que o Villas-Boas não tem papas na língua Prayer
Muito bem estou a gostar Hand Clap
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Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 Empty Re: Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

Mensagem por The Joker Sáb Ago 21, 2010 2:55 pm

TAU!
estou a gostar
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Mensagem por Nuno90 Sáb Ago 21, 2010 3:03 pm

Este gajo é mesmo Portista de gema porra. Que rei xD Juntem estas às do Pinto da Costa ontem e é temos o Epic Win da semana Laughing
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Mensagem por UnReal Sáb Ago 21, 2010 5:42 pm

«Não vou cortar a direito com o que foi feito»

Pelo meio perguntou-se a Villas-Boas quando podemos esperar um F.C. Porto à imagem dele. O treinador não gostou. «Não podemos viver com o fantasma dessa pergunta. Quando o F.C. Porto está bem, são os processos antigos e a dinâmica de vitória, quando as coisas correm mal, são os novos processos que não estão assimilados ou são as novas bolas paradas que não funcionam.»

«Sem qualquer crítica ao passado, acho que é visível que o F.C. Porto trabalha melhor a posse de bola. O F.C. Porto estará está sempre em construção, está num processo de mudança e levará algum tempo a assimilar todos os processos que quero. Mas é um F.C. Porto tetra-campeão e não vamos cortar a direito no que foi feito.»
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Mensagem por joao castro Sáb Ago 21, 2010 9:13 pm

Nuno90 escreveu:Tenho é que te fazer um cracha de Hater oficial do Jesualdo joão Razz


Não podes fazer isso, porque tenho enorme respeito pelo trabalho dele aqui nos anos que cá esteve.
Respeito as suas virtudes, o Profissionalismo, a educação e fantástica postura que sempre teve, mas não gostei da forma como geria a equipa, nem do futebol que daí advinha, e não entro no Hype de dizer que ele era um grande formador de jogadores porque não era, aliás, queimou no seu período uma geração que podia ter sido óptima, desde o Paulo Machado, Vieirinha, Hélder Barbosa, Nuno Coelho, etc...


_-The_Matrix-_ escreveu:Não gosta do Jesualdo nem do Mariano, rico moderador que eu tenho Mr. Green


Se eu gostasse deles a comunidade não tinha o previlégio de assistir ás nossa épicas discussões! Mr. Green

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Mensagem por o_incrivel Qua Ago 25, 2010 10:18 pm


Grande (literalmente e não só) entrevista com o nosso treinador.
Vale a pena perder alguns minutos a ler,

http://periodizacaotatica.blogspot.com/2010/08/conversas-de-futebol-andre-villas-boas.html
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Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 Empty Re: Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

Mensagem por Nuno90 Qua Ago 25, 2010 10:31 pm

Boa descoberta incrível! Hand Clap
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Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 Empty Re: Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

Mensagem por o_incrivel Qua Ago 25, 2010 10:49 pm


Eu sou assim....incrível lool

encontrei o entrevista no forum do sporting (aquilo tinha que ter alguma utilidade). Laughing
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Mensagem por Admin Dom Ago 29, 2010 11:36 am


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 20upc36

"Soluções tornam o nosso jogo imprevisível"


Três dias depois de ter competido na Liga Europa e eliminado o Genk, o FC Porto regressa aos relvados para a terceira jornada da Liga Sagres, frente ao Rio Ave. Por entre alterações e reorganizações tácticas para gerir o desgaste e surpreender os vilacondenses, André Villas-Boas admitiu voltar ao 4x3x3, mas disse ter alternativas convicentes para outros desenhos. À margem, desvalorizou a saída de Raul Meireles para Liverpool, dizendo que tem no grupo quem o substitua.

Não teve muito tempo para preparar o jogo com o Rio Ave, que implicações é que isso vai ter na equipa?

Trabalhámos a recuperação e só hoje [ontem] nos aventurámos no treino de organização colectiva, mas sempre dentro de um registo de recuperação. Estes jogadores passam a enfrentar jogos num espaço de tempo menor, o que é diferente do que se passava na época anterior com a Champions, porque a Liga Europa é à quinta-feira e passa a haver um espaço de tempo mais curto que só dá para recuperar. No entanto, em regime de recuperação, trabalhámos aspectos organizacionais sempre importantes.

Do que já viu, o que espera deste Rio Ave?

A tabela classificativa é injusta para o Rio Ave, tendo em conta o que fizeram nos dois jogos da Liga. Tive oportunidade de acompanhar o jogo com o Nacional e o Rio Ave criou uma série de situações de golo que poderiam ter garantido a vitória, mas o Nacional acabou por marcar e conseguir segurar os três pontos. Em Guimarães, também houve boas oportunidades de golo, apesar de o empate se aceitar. Portanto, será um Rio Ave que, neste momento, e tal como no ano passado, surpreende no início de época. É uma equipa extremamente motivada e bem organizada, como são sempre as equipas de Carlos Brito, e será um desafio importante para nós, enquadrando-se, como tenho vindo a dizer, dentro do objectivo traçado até à paragem do campeonato. Teremos um FC Porto fresco, com vontade de triunfar e de agarrar este primeiro objectivo.

Vai fazer mudanças em termos de jogadores, e até tácticas, em relação ao jogo com o Genk?

Acho que haverá poucas alterações. Acima de tudo, queremos reforçar os aspectos organizativos da equipa. É sempre bom que os jogadores sintam a proximidade do treino com o jogo seguinte e os aspectos de organização que este requer. Trabalhámos um pouco a estratégia que vamos utilizar contra o Rio Ave, mas as mudanças só as vão constatar quando entrarmos em campo...

Será o regresso ao 4x3x3?

Sim, pode ser. Mas, também é um facto que temos várias alternativas. Umas têm funcionado melhor do que outras, e estão à vista de todos. Agora, essas alternativas oferecem uma variedade de situações que tornam o nosso jogo imprevisível para o adversário e que, se forem utilizadas nos momentos certos, podem surpreender. São opções estratégicas que temos e que podem desequilibrar a qualquer momento.


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 20upc36

Hulk marcou três golos contra o Genk. Atendendo à fase psicológica difícil que atravessa, terá sido um bom passo para ultrapassar o problema?


Acho que foi bom, sim. Ele precisa de viver grandes momentos de alegria. É evidente que esses momentos não se vão sobrepor a um forte momento de tristeza, mas, neste caso, ajuda à vivência diária com os companheiros, ajuda em treino, em jogo e, sem dúvida, às exibições e ao carinho que sente pelos colegas. Depois há as recompensas que vêm em termos de vitórias pelo clube e em termos de selecção, que conseguiu obter. Como para qualquer um de nós, o luto demora a passar e respeitaremos o luto dele o tempo que for necessário.


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 20upc36

"Temos opções que nos oferecem tanto ou mais do que ele"

Tal como O JOGO já tinha escrito, a saída de Raul Meireles do clube consumou o fim de um ciclo para um jogador, numa altura em que não faltam opções para o meio-campo, mas Villas-Boas foi mais longe.

Agora deixou de contar com o Raul Meireles, que saiu para o Liverpool...

O Raul é um jogador importante, que agora segue um novo rumo na sua carreira, num clube tão importante como o FC Porto e num campeonato diferente. Chegou-se a acordo entre os clubes, falta o acordo entre o jogador e o Liverpool. Perde-se um jogador importante, mas seguimos com muitas opções extremamente viáveis, num meio-campo muito competitivo. Como têm vindo a constatar, temos mais opções e mais soluções, tão importantes e decisivas como com o Raul.

Mas qual é a sua opinião em relação à saída de Raul Meireles?

Só posso responder pela parte do clube, pela parte do Raul são opções que ele tem de tomar. Da parte do clube, perde-se um jogador importante, disso não há dúvidas, mas temos uma série de jogadores que nos oferecem tanto ou mais do que o Raul nos oferecia esta época. Estamos salvaguardados. O clube agradece ao Raul o que ele fez e o Raul agradecerá o que o FC Porto lhe proporcionou. Cada um segue o seu caminho e nós continuamos a olhar para esta época como determinante no nosso percurso para agarrar o maior número de títulos possíveis.


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 20upc36

"Reforços? Não vale a pena responder sempre o mesmo..."


Otamendi foi o reforço mais recente que chegou para o FC Porto e, no sentido inverso, Raul Meireles fez as malas para a Premier League. Quando se sabe da intenção dos azuis e brancos em contratar mais um avançado, ficou nova abordagem de Villas-Boas ao mercado. "Acho que temos de esperar para dar essa resposta no final do mercado. Não vale a pena estar a responder constantemente à mesma pergunta e depois acontecerem os imprevistos de mercado, ou surgir uma oportunidade, como o que aconteceu no caso do Raul, de forma relâmpago. Aquilo que posso dizer, e que se devia debater, é que o mercado já devia ter fechado há mais tempo."


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 20upc36

"Não é assim tão fácil..."

Villas-Boas pôs travão à ideia de que o FC Porto saiu favorecido no sorteio da Liga Europa: "Não parece tão fácil como querem deixar transparecer. Dizer que o Besiktas e o CSKA de Sófia estão ao alcance... Obviamente que o FC Porto tem um palmarés e um historial importante e que quer ganhar a competição, mas são deslocações difíceis, viagens longas, que obrigam a uma maior preocupação com a recuperação. Viagens que colidem com deslocações na Liga Sagres e que será preciso gerir muito bem."


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"Otamendi é um central diferente"

Otamendi chegou esta semana ao Porto e começou a trabalhar sem se ressentir muito fisicamente, porque o campeonato argentino está em curso, mas ainda não deverá ser convocado tão cedo, conforme sublinhou Villas-Boas. "Vamos esperar por uma integração mais coerente e, se calhar, pós-período internacional". Em relação ao argentino, o técnico não tem dúvidas de que será mesmo um reforço: "É um central que se adapta ao perfil que nós traçámos, diferente dos que temos e dos que saíram. Está pensado para um estilo de jogo, foi uma boa oportunidade de mercado, porque é um jogador talentoso. Agora, tudo dependerá dele, da sua competitividade, da competitividade dos seus companheiros e da forma como fizer frente a essas exigências. Pelo jogador que é, pela experiência que tem e pela qualidade, tem de estar pronto para jogar em qualquer uma das posições do eixo. Para isso, ser-lhe-á exigido o máximo rendimento."

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Mensagem por portista1994 Dom Ago 29, 2010 12:17 pm

Cada vez mais me convence.
Nota-se que tem a sua estratégiaa definida e fará tudo para que ela se concretize, sendo que não tem medo de a alterar.
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Mensagem por UnReal Ter Ago 31, 2010 2:02 pm

OJogo escreveu:R-E-S-P-E-I-T-O
JORGE MAIA

André Villas-Boas ganhou mais do que uma Supertaça ao Benfica desde que chegou ao FC Porto. E também ganhou mais do que as três primeiras jornadas do campeonato e do que os dois jogos do play-off da Liga Europa. E ganhou mais do que a concentração de Helton e a eficácia de Hulk e a visão de João Moutinho. Mais do que tudo, mais até do que uma equipa que resiste à saída de Bruno Alves e Meireles e já joga à sua imagem, André Villas-Boas ganhou respeito. E esse era o seu primeiro e maior desafio. Não é fácil ser-se respeitado como treinador de futebol em Portugal com apenas 32 anos de idade. E é ainda mais difícil ser-se respeitado quando se sai da sombra de um grande treinador como é José Mourinho, mas Villas-Boas conseguiu-o em apenas 90 dias. Hoje ninguém o acha demasiado novo, ninguém o confunde com Mourinho e ninguém duvida de que está a construir o seu próprio caminho. Hoje, 90 dias depois de ter chegado ao FC Porto, André Villas-Boas já não é uma incógnita para ninguém e essa é, com toda a certeza, uma boa notícia para o clube.

Hand Clap

Jorge Maia, a pessoa que melhor escreve sobre o FC Porto.
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Mensagem por The Joker Ter Ago 31, 2010 2:31 pm

Muito bom Hand Clap
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Mensagem por Nuno90 Ter Ago 31, 2010 7:50 pm

É que sem dúvida. Este Jorge maia é um Senhor Prayer
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Mensagem por UnReal Ter Set 07, 2010 6:31 pm

André Villas-Boas em destaque n'O Jogo, depois de um estudo de opinião com mais de mil participantes realizado pela Eurosondagem:

OJogo escreveu:
Liderança é marca de Villas-Boas
JORGE MAIS / HUGO SOUSA

Os mais de mil participantes no estudo de opinião realizado pela Eurosondagem consideram que a capacidade de liderança e as opções tácticas são os dois aspectos que mais contribuíram para o arranque de temporada protagonizado por André Villas-Boas no cargo de treinador do FC Porto. Certo é que, hoje, o treinador mais jovem da Liga já não é considerado um risco.
Há cerca de três meses, André Villas-Boas era um risco. O treinador que Pinto da Costa contratou à Académica para substituir Jesualdo Ferreira era visto como a antítese do professor. Muito novo e pouco experiente, Villas-Boas tinha escassas provas dadas e, a seu favor, para além do trabalho realizado na Académica durante a última época, jogava essencialmente o tempo passado ao lado de José Mourinho em Portugal, Inglaterra e Itália. Ainda assim, para muitos André Villas-Boas representava uma aposta no escuro enquanto treinador, sobretudo para um candidato ao título e logo numa época que tinha de ser de reafirmação do FC Porto, após um atípico terceiro lugar no campeonato.

Em pouco mais de três meses - completa cem dias à frente do FC Porto na sexta-feira -, André Villas-Boas passou de incógnita a certeza, reforçada pela sequência de seis jogos oficiais a ganhar que começou com a conquista da Supertaça ao Benfica, mas também pelos registos impressionantes da equipa, que leva 15 golos marcados e apenas dois sofridos. Por isso mesmo, não é exactamente uma surpresa que o treinador do FC Porto mereça a distinção, por parte dos mais de mil entrevistados pela Eurosondagem para a elaboração deste Termómetro, como um dos melhores treinadores da Liga, praticamente a par de Domingos ( ver página 8 ). De resto, também não é uma surpresa que os participantes neste estudo de opinião destaquem a capacidade de liderança e a mestria táctica como qualidades que suportam o excelente arranque de temporada do treinador portista. Chegar a um clube a meio de um processo revolucionário em curso e assumir a reconquista do título como objectivo principal e a vitória na Liga Europa como meta, enquanto lida com um balneário que perdeu algumas das suas principais referências e que regista a média de idades mais baixa do futebol português, tudo sem comprometer os resultados desportivos, é uma clara demonstração da sua capacidade de liderança.

Ora, a capacidade para se assumir como um líder num clube com a dimensão do FC Porto era uma das dúvidas que levavam parte da crítica a considerar André Villas-Boas uma aposta de risco. Outra era a sua capacidade para mudar o estilo de jogo de uma equipa formatada por Jesualdo Ferreira ao longo dos últimos quatro anos. O facto é que sem mudar radicalmente o conteúdo - João Moutinho é o único reforço contratado esta temporada que assegurou entrada directa para o onze titular -, André Villas-Boas mudou o estilo de jogo do FC Porto, trocando as transições rápidas do antecessor por um futebol mais apoiado onde a posse e a circulação de bola assumem um papel preponderante, com resultados evidenciados pelo registo de seis vitórias em seis jogos. Claro que as tácticas são suportadas pela escolha dos jogadores que as interpretam e, a esse nível, a opção por dois médios criativos, como são João Moutinho e Belluschi, e a mudança ideológica em relação ao papel desempenhado por Fernando enquanto trinco são pedras basilares do futebol praticado pelo FC Porto. Juntem-se a estes aspectos as competências técnicas reunidas por Villas-Boas ao longo da última década, o seu discurso assertivo e personalizado e o apoio de uma equipa técnica escolhida criteriosamente, e o resultado é o reconhecimento expresso no Termómetro.

As competências

Impressionou Bobby Robson com relatórios e não tardou a integrar-se na estrutura do FC Porto, onde se cruzou com José Mourinho. Tornou-se no observador principal dos adversários, ganhando visibilidade nas campanhas europeias dos portistas. Da cumplicidade com Mourinho nasceu uma relação de confiança que haveria de lhe garantir lugar na equipa técnica que assumiu o Chelsea em 2004/05. Villas-Boas manteve-se como observador preferido de Mourinho, partilhando a experiência em Inglaterra e Itália e quebrando a parceria em Outubro de 2009, altura em que assumiu o comando da Académica, garantindo a permanência.

A constituição da equipa técnica

Poucos deram importância a este pormenor, apesar das inúmeras mudanças operadas. José Mário, o preparador-físico, transitou de Coimbra. Foi o único a acompanhá-lo directamente. Vítor Pereira, que já tinha trabalhado nas camadas jovens do FC Porto, tal como Villas-Boas, assume o papel de braço-direito. A fechar o grupo, há ainda Pedro Emanuel, que assume parte do diálogo com os jogadores, socorrendo-se da experiência de balneário. Wil Coort trata dos guarda-redes.

O discurso

Directo e com a preocupação de passar algumas ideias que sabe, à partida, que dão bons títulos de jornais, como os "monólogos de Jesus", ou destaque em rádio e televisão. Não costuma deixar perguntas penduradas, e o discurso articulado garante-lhe uma mensagem clara. Se Mourinho for mesmo uma referência, como é natural que seja, saberá certamente que parte essencial da estratégia passa pelos "mind games" para consumo interno e externo. Para já, só pouco mais de cinco por cento dos inquiridos sublinha esta parte, que se entronca também com a liderança.

A Capacidade de liderança

Os jogadores que já trabalharam com ele gabam-lhe a capacidade de trabalho, característica indispensável a um líder e traduzida num planeamento exaustivo dos treinos e da abordagem aos jogos. Essa é uma explicação possível para justificar que tenha sido esta a característica mais destacada pelos inquiridos. Mas o mais provável é que essa imagem de liderança esteja interligada com o discurso e com as mensagens que Villas-Boas foi passando nestes quase cem dias de trabalho no Dragão. Por exemplo: assumiu que voltará à Champions como campeão no próximo ano; disse que está nos planos ganhar a Liga Europa; explicou que queria ser líder do campeonato já nesta paragem - e é mesmo; e foi porta-voz de críticas importantes, designadamente quando lembrou que Jorge Jesus não faz conferências de Imprensa antes dos jogos ou quando sugeriu que Raul Meireles não estava a treinar como devia e que tinha soluções tão ou mais competentes para o substituir.

A escolha de jogadores

O bom desempenho de reforços como Moutinho ou Souza talvez tenha contribuído para a imagem de que escolhe bem jogadores, ainda que a participação, neste particular, possa ter sido limitada. Aliás, um dos que parece ter escolhido directamente, Emídio Rafael, ainda não entrou nas opções. Villas Boas destaca-se, isso sim, na recuperação de alguns jogadores, como Sapunaru ou Belluschi, que transitaram do último plantel e que só agora assumiram protagonismo.

As opções tácticas

Herdou o 4x3x3 que já era imagem de marca de Jesualdo Ferreira, mas avisou logo que não se queria limitar às transições rápidas, preferindo um futebol de posse de bola. Moldou alguns jogadores a essa fórmula, sendo Fernando um dos casos evidentes. Mais do que ser apenas um trinco clássico, com posicionamento defensivo, Villas-Boas tem exigido do brasileiro uma participação efectiva nos desequilíbrios criados no ataque. E com êxito. Aliás, o FC Porto tem sido particularmente eficaz, com 15 golos marcados e apenas dois sofridos. Há mais: no segundo jogo do play-off com o Genk, e porque disse ter um meio-campo recheado de opções, Villas-Boas ensaiou um 4x4x2 alternativo, juntando Fernando, Souza, João Moutinho e Rúben Micael no meio. Sem ter sido perfeita, a experiência serviu pelo menos para mostrar que têm sido trabalhadas alternativas, potenciando as características do plantel. Neste capítulo, Hulk tem sido um dos destaques, adaptando-se bem ao 4x3x3 clássico, mas também à alternativa proposta. Outro detalhe: os lances de bola parada aparecem agora com outra eficácia. Hulk e Belluschi têm estado em evidência.

@ http://www.ojogo.pt/26-250/artigo883984.asp
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Mensagem por SerginhoMcber Qui Set 09, 2010 10:22 am


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Apenas mais um teste

Jorge Maia

Parece-me algo injusto dizer que André Villas-Boas enfrenta o seu grande teste depois de amanhã, quando o FC Porto receber o Braga no Estádio do Dragão. Em boa verdade, André Villas-Boas não tem feito outra coisa desde que chegou ao FC Porto a não ser passar com distinção em testes mais ou menos complicados, o que inclui algumas provas orais que serviram para subir a nota de uma avaliação que é necessariamente positiva. André Villas-Boas passou um teste de fogo logo no dia em que se apresentou com um discurso objectivo, claro e ambicioso. Passou outro quando venceu o Benfica na Supertaça contra todas as probabilidades. Passou mais um quando perdeu Hulk em vésperas da estreia na Liga Europa e, mesmo assim, venceu o Genk por 3-0. Voltou a passar um teste quando reagiu com autoridade à ausência de Raul Meireles das suas opções. Passou mais um quando teve de lidar com a lesão de Ukra aos dois minutos do jogo com o Beira-Mar. Passou outro quando classificou de monólogo as declarações de Jorge Jesus à Benfica TV e também teve nota positiva no teste ao plano B que ele próprio promoveu no jogo da segunda mão com o Genk. O Braga é o grande teste para André Villas-Boas? É mais um teste. Apenas mais um.
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Mensagem por a.lopes Sex Set 10, 2010 2:18 am

OJogo escreveu:"Se ganhar a jogar mal, não durmo bem"

Por não dar entrevistas individuais - um hábito que mantém desde a Académica -, nos últimos dez minutos da conferência de Imprensa Villas-Boas respondeu, em inglês, às perguntas de um jornalista japonês, a preparar um trabalho de quatro páginas sobre o técnico a publicar brevemente na revista "The Hochi Shimbun". "O facto de estar aqui um jornalista do Japão demonstra que provoco uma certa curiosidade. Se estou a ter sucesso, devo-o também a um grupo de jogadores e a uma estrutura", começou por dizer Villas-Boas.

Sem medo de assumir o objectivo de "vencer tudo", o treinador descreveu a maneira como se vive o futebol em Portugal. "As pessoas prezam-te quando vences, mas quando perdes não toleram as falhas. Quando falhas, que pode ser por causa da natureza do jogo, afectam o teu moral." Com seis vitórias em seis jogos, Villas-Boas também disse estar preparado para momentos menos bons. "Mais cedo ou mais tarde haverá falhas", reconheceu.

A maneira como chegou ao futebol, pela mão de Bobby Robson, também fez parte do questionário da revista nipónica, tal como a colaboração com José Mourinho. "Todos os treinadores me deram experiência e conhecimento. Estou grato aos dois e não esqueço o que me ajudaram, mas também demonstrei o meu profissionalismo." Logo depois veio a comparação. "As ideologias dos meus pais, entre aspas, são diferentes. O Robson tinha uma maneira de pensar o futebol, enquanto o Mourinho adopta maneiras diferentes de jogar dependendo das equipas que orienta", recordou.

Assumindo-se como um "romântico do futebol", que gosta de trabalhar aspectos como a "posse e a velocidade de circulação da bola", o treinador portista valoriza um jogo com "muitas oportunidades de golo, sucesso e futebol de ataque". No entanto, vencer não é tudo. "Os adeptos merecem bom futebol. Nem sempre se recordam apenas as equipas que ganham, mas também as que jogam bem. Como a Holanda de Rinus Michels, o Brasil de 1982, o Bari de Giampero Ventura [futebol italiano, época passada] ou ainda equipas como a Argentina de Marcelo Bielsa. No álbum do futebol, recordam-se os vencedores e os que jogam bem. Se ganhar a jogar mal, não durmo bem", explicou.

Dizendo que não chegou ao FC Porto sem provas dadas - "Não é fácil convencer o presidente do FC Porto" -, Villas-Boas revelou alguns "sonhos estranhos" para a sua carreira. "Gostava de treinar na Argentina, no Chile e no Japão, porque gosto de Tóquio. Mas tenho um trabalho de sonho no FC Porto e quero ficar cá muitos anos. O normal é um treinador não ficar mais de dois anos neste clube, mas tenho de convencer o presidente para ficar dez anos. Adoro o clube, o ambiente e sinto-me envolvido com tudo. Adoro a cidade e as pessoas do Norte, que representam uma certa maneira de ser e com as quais me identifico. Não se encontram estes valores em todo o lado", afirmou André Villas-Boas.

A parte a azul I love you

a.lopes
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Mensagem por badblood Sex Set 10, 2010 3:45 am

É sempre agradável de se ler, mas esperava que começasse por apresentar alguns resultados e só então abordasse a possibilidade de se tornar no treinador mais duradouro da história do Clube ...
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Mensagem por submundo Sex Set 10, 2010 11:09 am

badblood escreveu:É sempre agradável de se ler, mas esperava que começasse por apresentar alguns resultados e só então abordasse a possibilidade de se tornar no treinador mais duradouro da história do Clube ...
Sim, concordo.
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Mensagem por UnReal Sex Set 10, 2010 1:46 pm

São palavras boas de se ler e ouvir, mas esperemos que ele não seja traído pelo futuro quando tiver oportunidades de ir treinar para outros grandes europeus, se tudo lhe correr bem por aqui.

De qualquer maneira, ele sabe que é muito novo, podia estar cá 10 anos, que ainda teria 42 anos e uma carreira inteira pela frente lol 2
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Mensagem por Rui Cardoso Sex Set 10, 2010 1:50 pm

Ou um dos grandes do Chile.. :s
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Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 Empty Re: Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

Mensagem por Joca Sex Set 10, 2010 4:36 pm

Adorei ler a parte a azul.
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Mensagem por UnReal Qua Set 15, 2010 2:08 pm

MaisFutebol escreveu:Villas-Boas: «Só predestinados passam uma época sem perder»
Técnico preocupado apenas em manter liderança confortável


O F.C. Porto parte para o jogo frente ao Rapid com uma missão clara: conseguir a oitava vitória consecutiva da temporada. Um início de sonho que o técnico portista salientou, enquanto recordou os dias que antecederam a estreia em provas oficiais, após o já famoso Torneio de Paris, no qual o rendimento portista esteve abaixo do esperado.

«As críticas negativas vieram da parte dos jornalistas, após o torneio de Paris. A vitória da Supertaça ajudou a consolidar a assimilação de processos, até porque aconteceu frente a um rival e a um adversário que, na altura, não perdia com ninguém e que fez uma pré-época a prometer mundos e findos, usando a interpretação que foi dada às pré-temporadas das duas equipas», afirmou.

Poderá o F.C. Porto caminhar para uma época imaculada, sem conhecer o sabor da derrota? Seria facto inédito no clube azul e branco, mas André Villas-Boas garante que não pensa nisso, ao mesmo tempo que assegura estar preparado para o dia em que a derrota chegar.

«A derrota vai acontecer mais tarde ou mais cedo. Só equipas predestinadas passam uma época sem perder. Aconteceu com o Arsenal e o Barcelona, mas é um patamar que para nós não é uma obsessão. No ano passado o Benfica foi campeão só com duas derrotas e o Sp. Braga foi segundo com três. São números muito bons. O Real Madrid também bateu o recorde de pontos para um segundo lugar. Não me pareece importante discutir isso agora. É um patamar que acontece muito poucas vezes. Importante é manter uma distância confortável para o segundo lugar», resumiu.

O calendário portista entra numa fase mais complicada, com a chegada das provas europeias e alguns jogos difíceis no campeonato. O técnico portista aproveitou o momento para recordar, novamente, as críticas que surgiram após o Torneio de Paris e antever que possam voltar.

«Vamos ter desafios difíceis, nomeadamente fora de casa. Se algo correr mal, posso já antecipar a crítica. Vão dizer que o F.C. Porto só agora foi posto à prova e está-se a mostrar uma equipa incapaz de ganhar fora», atirou.
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Mensagem por playah Qui Set 23, 2010 1:51 pm

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Villas-Boas e a «pressão» de Jesus: «É uma guerra à distância»
Técnico do F.C. Porto recorda conselho de Jesualdo Ferreira

André Villas-Boas comentou, em conferência de imprensa, as declarações de Jorge Jesus no final do jogo com o Sporting, quando o técnico encarnado disse que as equipas do topo da tabela iam «tremer» ao olhar para as de trás. O treinador do F.C. Porto optou por desvalorizar o comentário, lembrando que é algo normal no futebol.

«Não posso distanciar-me do que sempre disse. Sou um apreciador das equipas montadas pelo Jorge Jesus e da qualidade do seu jogo, porque é um treinador que privilegia o espectáculo. Agora entendo que na competição não há grandes amigos, há adversários que têm que ver as suas armas. Tanto mete pressão o Jorge Jesus no treinador do F.C. Porto, como o treinador do F.C. Porto mete no Jorge Jesus. Nesse sentido, é uma guerra à distância», afirmou.

O treinador dos dragões foi, ainda, questionado acerca da forma intensa como vive as partidas e lembrou um conselho dado pelo seu antecessor, aquando de um dos encontros entre F.C. Porto e Académica, no ano passado.

«Acho que isso tem a ver com a minha frescura física e irreverência. Aos 32 anos posso-me permitir a correr e esbracejar mais um bocadinho. São modos de expressão. O mais importante é manter a clarividência de pensamento. Recordo-me do que me disse o Jesualdo Ferreira no ano passado. Para se manter a clarividência é importante não se deixar levar pela emoção do jogo. Não é que o tenho feito nessa altura mas vi-me com hipótese de aguentar o resultado 1-1 a quatro minutos do fim e até ganhar», frisou.


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«Não estou à procura das 13 vitórias...ou se calhar até estou!»
Villas-Boas não vive obcecado com recordes, mas não os enjeita


O início de temporada do F.C. Porto tem sido avassalador. A equipa soma por triunfos todos os 9 jogos realizados até ao momento e, se levarmos em conta apenas o campeonato, já são 5 os triunfos consecutivos. Se os dragões bateram o Olhanense, Villas-Boas supera a marca do seu «mestre» Bobby Robson e pode caminhar para etapas mais longíquas, com as oito vitórias no arranque conseguidas por Jesualdo Ferreira e, finalmente, as 13 que Miguel Siska, no final dos anos 30, instaurou como recorde a bater. Um facto que não preenche os horizontes do actual técnico dos dragões. Mas será mesmo?

«Não faz sentido pensar nisso, não é uma obsessão. Não estou à procura das 13 vitórias consecutivas como se tem referido. Ou melhor, se calhar até estou (risos). Até devia ser uma obsessão! Agora os deslizes podem acontecer. Nós estamos satisfeitos com a nossa organização e que ela seja suficiente para criar um número considerável de oportunidades e reduzir as do adversário. O Nacional teve 4, o Sp. Braga e a Naval tiveram 6 remates à baliza e o Beira-Mar pouco mais que isso. Temos um número considerável de golos e isso dá-me satisfação», recordou.

André Villas-Boas revelou ainda não estar surpreendido com o volume de vitórias dos dragões, frisando que prefere ver as pré-temporadas pelo ponto de vista «italiano», onde apenas servem para «ganhar ritmo de jogo e fazer rodar os minutos de utilização por todos». Apesar disso, admite que será inevitável a chegada da primeira derrota. Há, afinal, equipas capazes de vencer o F.C. Porto?

«Acho que sim, por que não? O F.C. Porto não é nenhuma equipa invencível, tem lacunas como todas as outras equipas. A perfeição é inatingível, mas a organização está estável», vincou.


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Villas-Boas: «Na Académica defrontei os grandes olhos nos olhos»
Técnico do F.C. Porto alerta para estilo defensivo do rival de Olhão


O próximo adversário do F.C. Porto dá pelo nome de Olhanense. Apesar de o campeonato se encontrar ainda na 5ª jornada, é estranho que num jogo entre os dragões e os algarvios esteja a defesa menos batida do campeonato...e não seja o F.C. Porto. O Olhanense está a realizar um início de campeonato fantástico como o prova o terceiro lugar na tabela com apenas um golo sofrido em cinco jogos.

Apesar disso, André Villas-Boas lembra que os pupilos de Daúto Faquirá podem vir ao Dragão para jogar para o resultado sem pensar no espectáculo. A responsabilidade, nesse caso, não tem de ser só do F.C. Porto, alerta o técnico.

«O jogo vai depender também da forma como o Olhanense vier aqui jogar. Ou vêm como o Beira-Mar veio, de olhos nos olhos e a jogar para o espectáculo ou vêm com a organização que levaram ao Sporting. Não estou a criticar, são duas formas possíveis de abordar o jogo e qualquer deles é valido para levar pontos para casa. O Olhanense é terceiro classificado com mérito, mas gosto de equipas que se defrontam olhos nos olhos seja com quem for. Foi assim que na Académica defrontei todos os grandes e umas vezes saiu-me bem, outras mal. Pode ser um jogo extremamente difícil para nós, se a abordagem da Olhanense foi de esperar o erro do F.C. Porto, não tomar a iniciativa, aguentar e tentar ameaçar em transições rápidas e bolas paradas. Não sou ninguém para criticar, mas não é um estilo que me agrade», afrimou.

O técnico, de resto, falou sobre eventuais mexidas no onze, não respondendo se as planeia já para esta sábado mas admitindo que serão inevitáveis face ao calendário apertado que se avizinha.

«Tive a irreverência de saudar o Paulo Bento»

Um dos temas do momento é a chegada de Paulo Bento ao comando da selecção nacional e Villas-Boas aproveitou a oportunidade para desejar sorte ao colega.

«É uma óptima escolha. Ontem tive a irreverência de o saudar e meti a minha equipa técnica toda à sua disposição. Só lhe posso desejar as máximas felicidades. O Europeu está numa fase prematura, como o campeonato, por isso acredito que é possível o apuramento. O espaço de manobra é curto, mas o Paulo Bento sabe. Concordo quando ele diz que a selecção tem de dar tudo em vez de receber, nesta altura», concluiu.


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Villas-Boas e as arbitragens: «O refúgio deles será sempre o mesmo»
Técnico pergunta porque o Benfica não pede para repetir o jogo de Guimarães


O tema tem marcado as primeiras jornadas do campeonato, sobretudo depois do V. Guimarães-Benfica, da 4ª jornada, que levou as águias a emitir um comunicado de protesto. A conferência de imprensa realizada pela Comissão de Arbitragem da Liga veio lançar mais lenha para a fogueira e, na opinião de André Villas-Boas, abrir um precedente «bastante grave».

«Parece-me demasiado óbvio que a intervenção do Vítor Pereira vem na sequência do desapontamento de um clube e incide mais sobre lances de determinado jogo. Não me parece que o jogo tenha sido suficiente para abrir o precedente. Se foi um resumo das primeiras 5 jornadas, então que se faça à décima também um levantamento do que está a ser feito. O Vítor Pereira pode dizer que é uma abordagem geral e de certa forma é. Se para disfarce ou não, não sei. Se a fez pela pressão que esteve sujeito, parece-me um precedente bastante grave», resumiu.

O treinador do F.C. Porto não se ficou por aqui e questionou o motivo do Benfica não tomar medidas mais concretas para que a tal «verdade desportiva» seja reposta: «Será que o Benfica se sente suficientemente injustiçado para mandar repetir o jogo? Então que mande, porque não o faz? O Guimarães fez isso no ano passado, quando jogou em Braga. Estão com vergonha de o pedir? Na minha opinião, não é que tenham dominado esse jogo de forma evidente.»

André Villas-Boas lembrou que pode chegar a altura de o F.C. Porto «também querer» que sejam explicadas algumas decisões e vincou que o início de temporada azul e branco não pode ser posto em causa por erros de arbitragem.

«Não há que tirar mérito ao F.C. Porto pelo que tem conseguido. Numa opinião particular, o jogo menos bem conseguido foi com a Naval, mas mesmo nesse criamos oportunidades que justificassem a vitória. Se vai ensombrar as jornadas também depende da sequência de vitórias dos outros candidatos. O refúgio deles será sempre o mesmo e convém dar sustentação a esse refúgio. O F.C. Porto não tem onde se refugiar, refugia-se na sua organização e a organização é forte», sublinhou.

Questionado sobre a referência ao F.C. Porto por parte do rival de Lisboa, Villas-Boas foi taxativo: «Institucionalmente se se referem a nós, parece-me obsessão. O F.C. Porto não comete erros na sua organização. Se não viram os jogos estão a tirar conclusões injustas.»
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Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 Empty Re: Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

Mensagem por Shinny Qui Set 23, 2010 6:23 pm

Hoje estava no oriental do Dolce Vita. Mr. Green
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Mensagem por Admin Sáb Set 25, 2010 10:36 am


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 330se2p

Villas Boas conta 40 jogos

O treinador atinge marca redonda na carreira, esta noite. Pode celebrar 21.º triunfo como técnico principal, entre Académica e FC Porto. Vai atrás da 10.ª vitória consecutiva na época.

A recepção ao Olhanense coincide com um número redondo na curta carreira do treinador do FC Porto. Será o 40.º jogo de André Villas Boas como técnico principal, ele que se estreou na função em Outubro do ano passado, quando assumiu a orientação do plantel da Académica, ocupando, então, o lugar inicialmente preenchido por Rogério Gonçalves.

O jovem André (completa 33 anos no próximo dia 17) vai moralizado e feliz da vida com a experiência no FC Porto, onde ainda só sabe o que é vencer jogos, numa entrada brutal na temporada, com nove vitórias em nove encontros oficiais. Hoje, frente aos algarvios, poderá arredondar o saldo da felicidade a uma dezena de triunfos e, muito naturalmente, o objectivo dos portistas será única e exclusivamente esse: abater, também, o adversário de Olhão.

Seja como for, para Villas Boas o encontro desta noite já leva um selo diferente, porque será o 40.º da carreira de André como treinador principal. O contador não pára e cada desafio que passa é mais um factor de conhecimento a juntar à experiência ainda curta de Villas Boas no posto de comandante e, mais do que isso, na grande montra que é o FC Porto.

Numa profunda viragem de ciclo no clube, o treinador emerge como o exemplo gritante da mudança. Aposta mais ou menos surpreende da SAD azul e branca, André Villas Boas segue numa rota de sucessos, conhecedor do clube, portista de coração, mentalizado para todas as responsabilidades que o cargo impõe e, como tem vindo a dizer, consciente de que a sequência de resultados positivos pode ser quebrada a qualquer momento.

Mas o desejo do técnico é, obviamente, prolongar ao máximo o prazer das vitórias. Frente ao Olhanense, não há dúvidas sobre a inclinação da balança do favoritismo, e a confirmação desta ideia corresponderá, para Villas Boas, ao 21.º triunfo na carreira. As duas dezenas certinhas foram alcançadas na segunda-feira passada na Choupana, em casa do Nacional.


Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte) - Página 11 330se2p

FIFA destaca André Villas Boas, «o novo rosto do Dragão»


O percurso 100 por cento vitorioso de André Villas Boas no FC Porto não passa ao lado do “mundo” do futebol. A FIFA, através do seu site oficial, faz o resumo da ainda curta carreira do «novo rosto do Dragão», enfatizando o registo imaculado do jovem treinador no emblema azul-e-branco.

«Ser treinador de futebol aos 32 anos não é para qualquer um. Ser treinador de um grande clube aos 32 anos é ainda menos provável. Ser treinador principal do FC Porto, lutar pelo título português e começar uma temporada com nove vitórias consecutivas parece impossível para quem tem apenas 32 anos.», lê-se no site do organismo que tutela o futebol mundial. «Mas não é», acrescenta o texto, notando que «André Villas-Boas é o novo rosto do Dragão e está a justificar plenamente a enorme fé e confiança que dois grandes nomes do futebol mundial tiveram nele», em alusão a Boby Robson e José Mourinho.

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