Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

fabuloso escreveu:No máximo deviam assinar um contrato de 2 anos + 1 opção por parte do clube para todos os jogadores que vão entrar no 1º ano de sénior (isto é, todos aqueles que vale a pena manter) e se o jogador ao fim desse tempo não mostrar nada... adeus e até um dia, em vez de manter jogadores até aos 23, 24 anos.

PS - O Ivanildo a custo zero só pecou por tardio.

fabuloso escreveu:No máximo deviam assinar um contrato de 2 anos + 1 opção por parte do clube para todos os jogadores que vão entrar no 1º ano de sénior (isto é, todos aqueles que vale a pena manter) e se o jogador ao fim desse tempo não mostrar nada... adeus e até um dia, em vez de manter jogadores até aos 23, 24 anos.

PS - O Ivanildo a custo zero só pecou por tardio.

Falcao: «Villas Boas sabe muito bem o que quer»
Avançado colombiano fala do novo técnico e também de James Rodríguez

Falcao está de volta ao trabalho com a equipa do F.C. Porto. Com os mesmos objectivos de sempre, garante o colombiano, que analisa de resto as novidades em torno da equipa. Desde logo o treinador, a quem o goleador dedica os primeiros elogios.

«Já demonstrou que tem muita ambição, muita vontade, e sabe muito bem o que quer. Esperamos adaptar-nos rapidamente à sua mentalidade», afirmou o jogador neste sábado.

«Estamos a tentar formar uma equipa mais forte do que no ano passado. Os objectivos são os mesmos, o F.C. Porto foi campeão quatro anos seguidos e não mudou de objectivos por causa disso», prossegue.

Questionado também sobre o seu compatriota James Rodríguez, que está a caminho do Dragão, Falcao recorda a juventude do jogador, de apenas 18 anos: «É muito jovem. Espero que possa dar à equipa todo o seu potencial.»

Perante as chegadas prováveis de mais opções para o ataque, como Kléber e Walter, Falcao não se mostra preocupado. «Desde que venham para ajudar são sempre bem vindos. A concorrência ajuda um jogador a crescer», lembra.

O avançado volta a lutar pelo título de melhor marcador da Liga, perdido na recta final da competição, para Oscar Cardozo: «Mais do que tudo, penso em sagrar-me campeão. Se conseguir apontar golos suficientes para conseguir ser o melhor marcador, tanto melhor. O objectivo principal é lutar com a equipa por todas as provas em que participamos. É isso que prestigia um jogador e é por esse caminho que pretendo seguir.»

Radamel Falcao foi assediado ao longo do defeso, mas garante que está de corpo e alma no Dragão. «Fui de férias e regressei da mesma forma: a pensar na nova temporada com o F.C. Porto. Voltei com muita motivação e vontade e quero enfrentar esta época com a minha melhor disposição», concluiu.

Villas-Boas e o segredo dos detalhes
ANTÓNIO SOARES

Diz-se que o segredo do sucesso está nos detalhes e, pelo que se viu ontem, André Villas-Boas investe mesmo algum tempo em pormenores: os treinos são filmados; há instruções escritas que os adjuntos espreitam antes de exemplificarem os exercícios e, num toque de originalidade, ressalta o facto de os mecos - sim, aquelas barreiras de plástico normalmente usadas para fazer de obstáculo no treino dos livres, por exemplo - usarem colete.

Observar o segundo treino do FC Porto, sem focar atenção nos jogadores, que não faziam mais do que os exercícios de aquecimento (e não há nessa parte originalidade que justifique grandes exclamações), permitiu perceber melhor o esquema de organização de trabalho do treinador portista. Aliás, OJ OGO já tinha dado conta desse cuidado: em Coimbra, normalmente na véspera do regresso aos treinos, André Villas-Boas costumava elaborar um exaustivo plano de trabalho para a semana inteira. Tudo por escrito.Ontem, nenhum elemento da equipa técnica dispensou de ter à mão uma cartilha que traçava o trabalho passo a passo.

Agora, a parte do vídeo: havia duas câmaras de filmar, colocadas em pontos estratégicos do relvado e que captavam o trabalho de diferentes ângulos. Sem ser uma novidade, porque já outros utilizaram e continuam a utilizar essa ferramenta de trabalho, não deixa de ser, ainda assim, um detalhe extra. Outro foi a bola: o plantel do FC Porto teve ontem o primeiro contacto com a que será oficial no campeonato, aquela que a Liga apresentou há dias. Acertar com ela nas balizas é que não foi fácil, sobretudo depois da mudança ordenada por Villas-Boas. O tamanho das balizas que tinham sido colocadas pelo staff de apoio não agradou à primeira: eram mais pequenas do que as tradicionais, mas o treinador queria-as ainda mais pequenas, ao jeito do hóquei em patins, e foi preciso trocar as que já lá estavam. O exercício de circulação de bola, exemplificado por Pedro Emanuel e Vítor Pereira, exigia um circuito pelo meio dos "bonecos" de treino amarelos que, ontem, trajavam colete.

Enquanto isso, à parte, o quarteto de guarda-redes, composto por Helton, Kieszek, Ventura e Samir trabalhou sob as ordens de Will Coort. Hoje há mais, e em dose dupla, porque os exames médicos terminaram ontem. O FC Porto treina de manhã e à tarde.

Villas-Boas faz por merecer elogios

Os elogios aos métodos de treino de André Villas-Boas sucedem-se desde que arrancou a temporada - ainda ontem foi a vez de Rúben Micael os considerar "inovadores". Mas, afinal, qual é a razão para tanta palavra de apreço sobre a forma como o novo treinador do FC Porto orienta os trabalhos da equipa? No primeiro treino realizado em Marienfeld começou a perceber-se a razão para tanto entusiasmo. Para começar, André Villas-Boas não se cala um único minuto: "vai, vai", "isso" e "não pára" são algumas das expressões mais utilizadas pelo treinador. Mas há mais, porque falar não é tudo no futebol e qualquer um parece capaz de mandar uns gritos para os jogadores. Ali, no relvado, tudo é contado ao minuto, de forma a rentabilizar ao máximo o treino. Os exercícios construídos por Villas-Boas exigem sempre uma grande intensidade e, mesmo num grupo de trabalho relativamente grande - ontem estiveram 26 jogadores no relvado -, não há ninguém parado. A dinâmica do treino é também muitas vezes quebrada intencionalmente, seja para os jogadores beberem água - e como está calor em Marienfeld! -, seja para realizarem alongamentos. Com isto, o treinador pretende transportar os treinos para a competição; dito de outra forma, durante os jogos há momentos em que é necessário imprimir velocidade e uma grande intensidade na procura de espaços para jogar ou para roubar a bola ao adversário, enquanto noutros será necessário abrandar o ritmo, controlar o jogo ou esperar pelo adversário. Depois, com Villas-Boas, não há distinção entre jogadores. Os incentivos constantes e exigência para o acerto no passe ou no remate chegam a todos, seja para Alves, um menino dos sub-17, David Addy, que está de saída, ou para as maiores figuras da equipa. Ali, no campo, são todos iguais para o novo comandante do dragão.

Villas-Boas dá cartas
F. C. Porto Treinador impressiona pela variedade de exercícios e cativa os jogadores
00h21m
Norberto.A.Lopes em MARIENFELD

Com apenas uma semana de trabalho de campo, André Villas-Boas já cativou os jogadores pelos metódos de treino, pelo dinamismo traçado nos exercícios e pela relação junto do plantel. O treinador do F. C. Porto dá passos firmes e seguros.

Quando se vê um treino orientado por André Villas-Boas o que começa por chamar à atenção é o ritual que precede o apronto. No relvado, os adjuntos Vítor Pereira, José Mário Rocha e Pedro Emanuel colocam os cones de marcação de forma muito rigorosa para delinear os circuitos que os jogadores têm de cumprir, enquanto o treinador anda sempre com um bloco A4, que é uma espécie de guião do plano traçado.

Depois das marcações, o que fica logo registado é a forma como a bola está presente em todos os exercícios. Mesmo o aquecimento é feito com a bola rolar e não há corridas de grupo à volta do relvado. Ora, esse pequeno pormenor do contacto constante com o esférico é do agrado dos futebolistas, que se sentem mais motivados para treinar e nem se apercebem que em algumas circunstâncias estão a melhorar os índices físicos.

Nos exercícios, sempre diferentes e inovadores, os jogadores são divididos em grupos e cumprem objectivos específicos. E não se fica insensível ao dinamismo imprimido por Villas-Boas, ao incentivar os atletas, pedindo velocidade, sem nunca se cansar de repetir a expressão: “Bola, bola, tac, tac”. Ou seja, ritmo e rapidez de execução.

“É um treinador inovador. É raro repetir-se um exercício e a intensidade de treino é muito forte. Não estávamos habituados a isso”, disse, ontem, Rúben Micael, recusando-se a estabelecer comparações com Jesualdo Ferreira. Além disso, também tem cativado o grupo pela forma como se tem aproximado dos jogadores.

Quando foi apresentado como treinador do F. C. Porto, procurou separar-se de qualquer comparação com José Mourinho, de quem foi observador, mas, ao ver-se os treinos, detectam-se alguns pontos de contacto. Em 2002/03, no primeiro estágio de pré-temporada de Mourinho nos dragões, havia a mesma preocupação em criar exercícios de treino diferentes uns dos outros. Mas isto é apenas a ponta do icebergue. Durante o estágio, os jornalistas só podem assistir a meia-hora de cada sessão. O que se passa depois fica no segredo dos deuses.

Seguro André Villas-Boas dá cartas junto do plantel portista

por NORBERTO A. SANTOS, Hoje
Seguro André Villas-Boas dá cartas junto do plantel portista

Quando se vê um treino orientado por André Villas-Boas, o que começa por chamar à atenção é o ritual que precede o apronto. No relvado, os adjuntos Vítor Pereira - ex-técnico principal do Santa Clara -, José Mário Rocha e Pedro Emanuel colocam os cones de marcação de forma muito rigorosa para delinear os circuitos que os jogadores têm de cumprir, enquanto o treinador anda sempre com um bloco de folhas A4, que é uma espécie de guião do que está estipulado.

Depois das marcações, o que fica logo registado é a forma como a bola está presente em todos os exercícios. Mesmo o aquecimento é feito com bola e não há corridas de grupo à volta do relvado. Ora, esse pequeno pormenor do contacto constante com a bola é do agrado dos futebolistas que constituem o plantel dos dragões, que se sentem mais motivados para treinar e nem se apercebem, por certo, que em algumas circunstâncias estão a melhorar os índices físicos.

Nos exercícios, sempre diferentes e inovadores, os jogadores são divididos em grupos e cumprem objectivos específicos. E não se fica insensível ao dinamismo imprimido por Villas-Boas, ao incentivar os jogadores portistas, pedindo velocidade, sem que o treinador nunca se canse de repetir a expressão: "Bola, bola, tac, tac." Ou seja, ritmo e (muita)rapidez de execução.

"É um treinador inovador. É raro repetir-se um exercício e a intensidade de treino é muito forte. Não estávamos habituados a isso", disse, ontem, o madeirense Rúben Micael, recusando- -se a estabelecer comparações com Jesualdo Ferreira, antigo treinador dos dragões. Além disso, o técnico também tem cativado o grupo pela forma como se tem aproximado dos jogadores.

Quando foi apresentado como treinador do FC Porto, procu- rou separar-se de qualquer comparação com José Mourinho, de quem foi observador, mas, ao ver-se os treinos, detectam-se alguns pontos de contacto.

Em 2002/03, no primeiro estágio de pré-temporada do treinador campeão europeu em título, havia a mesma preocupação em criar exercícios de treino diferentes uns dos outros.

Mas isto é apenas a ponta do icebergue.

Durante o estágio, os jornalistas que acompanham o regresso dos portistas a Marienfeld só podem assistir a meia-hora de cada sessão. O que se passa depois fica no segredo dos deuses...

A cartilha de Villas-Boas
BALNEÁRIO ENCANTADO COM NOVA PROPOSTA DE JOGO



Equipa técnica nova e plantel muito retocado denunciam, desde logo, um FC Porto de cara lavada. O que ainda poucos conhecem, porque só se disputou um jogo-treino e à porta fechada, são as linhas orientadoras de um dragão que está a rever os seus princípios.

Villas-Boas não tem teorizado com o grupo, preferindo que a assimilação das novas ideias se faça no decorrer do treino. As suas correções orientam o plantel e transmitem já conceções muito claras sobre o novo futebol portista. A nível tático, o trabalho tem assentado no 4x3x3. Era este o sistema predileto do técnico em Coimbra, será igualmente este o desenho preferencial de uma equipa que estuda várias alternativas.

Bola no pé. Mais do que números, o que muda mesmo são os princípios de jogo. Passe e pressão são termos-chave na era Villas-Boas, que prefigura um FC Porto afirmativo e dominador. O treinador quer bola e, por isso, o momento defensivo pressupõe uma grande agressividade para a conquista da mesma. A linha mais recuada vai jogar muito subida, procurando asfixiar o adversário.

A intenção é clara: pretende-se que a equipa tome a rédea dos jogos, seja dona da bola e marque o ritmo. Este ponto esbarra num outro, que nos diz que os médios terão mais protagonismo num processo de ataque continuado que privilegia a qualidade do passe e das movimentações sem bola. A este nível, o técnico já fez um alerta, vincando que quer bola no pé e futebol apoiado, uma vez que também entende que os choques aéreos não favorecem as características dos jogadores do FC Porto.

Quanto aos comportamentos para algumas posições específicas, há sinais transmitidos na Académica que devem ser vistos com outra insistência. Villas-Boas gosta de laterais que saibam fechar dentro, mas com fôlego ofensivo. O papel do trinco será redimensionado, havendo grandes expectativas em Souza, ao passo que o conceito clássico de extremo deve ser abolido em detrimento de uma estrutura de ataque móvel. Esta é uma proposta de jogo que encanta o balneário, que também elogia os processos de treino e a própria postura de Villas-Boas perante o grupo. O discurso de apresentação foi conciso, mas conseguiu unir os jogadores em torno do grande objetivo de ser campeão. Mais do que ganhar, o FC Porto quer fazê-lo com estilo, apresentando um futebol com alegria e sentido estético.

playah escreveu:Alguém viu a notícia do AVB que saiu ontem no CM? Eles bem tentam deitar-nos abaixo.

Regra única: futebol de primeira
PEDRO MARQUES COSTA/TOMAZ ANDRADE, enviados a Marienfeld (Alemanha)

No final do primeiro jogo particular do estágio, com o Preussen, André Villas-Boas falou na mudança de estilo de jogo e, ontem, deu para perceber um pouco daquilo que o treinador pretende introduzir nesta nova versão do FC Porto: quer futebol ao primeiro toque, com movimentações constantes de todos os jogadores na procura de espaços, e tudo feito sempre com a máxima velocidade possível. Se a passagem da teoria à prática der certo, o resultado final pode ser um futebol empolgante e sem tempos mortos, capaz de dominar o adversário em largos períodos dos jogos. Como a Espanha fez no Mundial.

O treino da manhã de ontem - aberto na primeira meia hora, tal como nos outros dias - mostrou um exercício capaz de explicar as ideias do treinador. E convém, desde já, destacar a participação de todos os jogadores no exercício, mesmo os quatro guarda-redes que se encontram a trabalhar na Alemanha: Helton, Kieszek, Ventura e Samir. Divididos os jogadores em dois grupos, o esquema começou com um passe a partir de trás, recepção mais à frente e várias trocas de bola, acompanhada pela deslocação rápida dos jogadores, e terminando com um cruzamento ou remate. Villas-Boas e Vítor Pereira acompanharam de perto as movimentações dos atletas, pedindo sempre muita rapidez e qualidade no passe. Este último detalhe, aliás, tem sido uma constante em Marienfeld.

João Moutinho, mais uma vez, mostrou estar à vontade neste tipo de exercício. Passes medidos com regra e esquadro são, sem dúvida, uma especialidade do médio contratado ao Sporting. Mas o ex-leão não foi o único a evidenciar-se.

Também Rúben Micael esteve em plano de destaque na qualidade do passe. O facto de todos os jogadores participarem no exercício, passando pelos vários pontos do esquema (no passe, na recepção, no cruzamento ou no remate), deixa antever uma espécie de carrossel em que ninguém fica parado, multiplicando as linhas de passe. Os guarda-redes iniciaram todo o trabalho, ao lançarem a bola com a mão ou com o pé para o primeiro posto de recepção, desenvolvendo-se a partir daí toda a jogada. Durante seis minutos exactos os jogadores puseram em prática as ideias do treinador. Surpreender o adversário, mas com organização colectiva, parece ser a palavra de ordem deste novo FC Porto.

Estimular a criatividade dos jogadores através de duelos individuais foi o outro exercício que ajudou a preencher a parte da manhã em Marienfeld. Com balizas pequenas, um jogador tinha de passar pelo outro e fazer golo, fosse defesa, médio ou avançado. Como é natural, os tecnicistas sentiram-se à vontade, recorrendo a uma panóplia de fintas e truques, embora os defesas tenham tentado também desenvolver a criatividade. Tudo feito em velocidade, claro, como André tanto gosta.

Fasquia a subir
villas-boas quer trabalho nos limites
07:49
quarta-feira, 14 julho de 2010
Autor: ANDRÉ VIANA. MARIENSFELD. ALEMANHA

O tempo aperta e André Villas-Boas também. Depois de uma primeira fase de trabalho que permitiu garantir índices físicos aceitáveis e favoreceu o conhecimento mútuo entre equipa técnica e plantel, os treinos registam uma intensidade crescente que se manifesta também na atitude do treinador. Percebe-se que Villas-Boas aposta forte no método e na organização, preparando sempre exercícios diferentes e que lhe permitam ensaiar situações de jogo.

A constante presença da bola denuncia aquilo que se pretende para a competição, onde o FC Porto vai querer ser dominador. Ontem, no que foi possível observar do treino matinal, merece registo a insistência na qualidade da circulação de bola. O técnico seguiu de perto cada movimento, corrigindo e incentivando permanentemente. Essa é uma faceta bem vincada de Villas-Boas, que procurou ver combinações ofensivas ao primeiro toque e com os jogadores sempre em movimento, concluindo-se a sequência de passes com um cruzamento.

Velocidade

“Tenso, tenso”, ouviu-se muitas vezes. Exigia-se velocidade nos processos e uma circulação firme. O FC Porto quer jogar depressa e bem e Villas-Boas verbalizou também a necessidade de o fazer preferencialmente junto à relva. Com os adjuntos também muito interventivos, o treino evoluiu para outros patamares, mas o fim do estágio deve marcar uma nova etapa no processo de crescimento coletivo, diminuindo-se o grupo de trabalho.

Quanto à atitude de Villas-Boas no treino, ela não surpreende quem já foi orientado pelo técnico portista. É o caso de Cris, médio atualmente nos gregos do Asteras Tripolis. “É a maneira de ele trabalhar, tem muito contacto com os jogadores e é muito interventivo, está sempre em cima. É uma imagem de marca. Está sempre a falar e sempre ativo nos treinos”, recorda.

Esta é uma atitude que cai bem no grupo, bem como o trabalho que se desenvolve. “Agrada aos jogadores, há grande espírito no trabalho e todos gostam de ser acompanhados em permanência”, comenta, lembrando que é durante a semana que o treinador pode intervir e antever situações de jogo: “Temos muitos exercícios com bola porque ele quer habituar-nos a ela e que seja a outra equipa a correr. Isto mais não é do que ensaiar nos treinos o que se quer fazer nos jogos.”

Segurar históricos é missão técnica
VILLA-BOAS CONTA COM INTERNACIONAIS



Fucile já é, aos 25 anos, um dos jogadores mais antigos no plantel do FC Porto e também um dos mais cobiçados. Nesse particular, junta-se a Bruno Alves e Raul Meireles, outros dois históricos portistas igualmente desejados por muitos dos tubarões da Europa. Este trio já manifestou publicamente o desejo de deixar o clube para experimentar voos mais altos. Acontece que o técnico André Villas-Boas conta com eles para a época que se avizinha e será também dele a missão de convencê-los a ficar.

No final do jogo de preparação, frente ao Ajax, o treinador foi taxativo: “Acho que todos esses jogadores têm qualidade inegável e defendem a causa FC Porto melhor do que ninguém. São jogadores que vão levar-nos a outro patamar.” Visto isto, e tendo ainda em conta que o arranque oficial na nova época já está à porta, torna-se óbvio que o técnico não espera perder nenhum dos referidos atletas, pois isso obrigá-lo-ia a ir ao mercado e, depois, a adaptar os novos jogadores ao clube e à cidade em tempo recorde. Resta agora saber que armas utilizará Villas-Boas para segurar os referidos atletas e mantê-los motivados...