Equipa Técnica 2010/11 (Primeira Parte)

FC Porto » Villas Boas

André Villas-Boas está a despertar cada vez mais curiosidade por esse mundo fora. Prova disso foi a conferência de Imprensa de ontem, que voltou a receber a visita de um jornalista estrangeiro, desta vez do "Daily Telegraph". Durante mais de 15 minutos, a conversa seguiu em inglês; falou-se da grande temporada do FC Porto, da idade de Villas-Boas, do seu passado com José Mourinho, mas também do futuro. Entre algumas revelações, uma nunca antes assumida taxativamente: os motivos para ter deixado de trabalhar com Mourinho. "A separação aconteceu porque senti que poderia dar um pouco mais. Senti que podia começar a treinar, a trabalhar no campo. Se pudesse dar mais ao Mourinho tinha dado, mas percebo perfeitamente que ele não tenha sentido necessidade disso. Por isso, achei que era altura de arriscar", confessou, antes de admitir que não mantém qualquer tipo de contacto com o actual treinador do Real Madrid. "Não falo com José Mourinho. Não está relacionado com a separação, até porque falava muito com ele quando estava na Académica. É assim que as coisas são, nada mais que isso. Se é meu rival? Não. Não posso ser rival daquele que, na minha opinião, vai ser o melhor treinador de todos os tempos." Villas-Boas fez ainda questão de referir que a comparação com Mourinho não o incomoda. "As pessoas associam-me a um dos melhores treinadores do mundo e isso é algo com o qual tenho de viver. Mas não é um problema. As pessoas pensam que sou o seu sucessor, mas não sou. Sou um treinador normal e não me chamaria especial." O jornalista insistiu, porém, na comparação, até porque, segundo ele, Villas-Boas está a seguir exactamente os mesmos passos de Mourinho, até na escolha do clube, o FC Porto. "Nem eu, nem o FC Porto fazemos escolhas consoante o que o José Mourinho escolheu antes. São apenas coincidências que aconteceram. Estamos nas meia-finais da Liga Europa e as pessoas começam a pensar: é este o sucessor! Estão a conseguir os mesmos êxitos! Mas não é assim." O treinador do FC Porto confessou ainda que não está incomodado com a especulação em volta do seu futuro, para além de ter voltado a referir que pretende uma carreira curta. "Se ficar 15 anos no clube que adoro, por mim está bem", afirmou.

IN OJOGO

Villas-Boas integra lista reduzida do Chelsea
Guus Hiddink é o preferido de Abramovich

André Villas-Boas é um dos dois treinadores que o Chelsea considera para ocupar o lugar que vai ficar vago após a saída de Carlo Ancelotti, italiano que está sob ultimato de Roman Abramovich: ou vence o título ou vai para a rua, o caminho mais certo depois da derrota de domingo, frente ao Manchester United.

A notícia é avançada pelo "Guardian" esta terça-feira, embora não seja a primeira vez que o nome do jovem treinador surge ligado aos blues.

O outro técnico na agenda do multimilionário russo, e que merece a sua preferência, depois de gorada a possibilidade de contratar Pep Guardiola (Barcelona), é um velho conhecido: o holandês Guus Hiddink, agora ao serviço da Turquia, depois de passagens pela seleção da Rússia, cargo que acumulou com o banco de Stamford Bridge em parte de 2009.

Embora também não seja um desconhecido, pois fez parte da equipa de José Mourinho em Stamford Bridge, Villas Boas é considerado no relato como aposta mais arriscada face ao veterano holandês.

Rui Cardoso escreveu:Os comentadores Ingleses fartaram-se de frisar que o AVB quer criar uma dinastia no Porto

Um único treino antes do Jamor:

André Villas Boas apenas vai orientar um treino antes da final da Taça de Portugal.

Depois das celebrações pós-Dublin, por mais uma conquista europeia, os dragões cancelaram a sessão prevista para hoje e apenas se treinam amanhã de manhã.

Às 10.30 horas, as portas do Olival vão abrir-se para o único ensaio antes do duelo com o V. Guimarães, programado para domingo, no Estádio do Jamor.

A conferência de Imprensa de André Villas Boas também se realiza amanhã, pelas 12.30 horas.

F.C. Porto: Taça da Liga «enquadrará formação»
Villas-Boas retira competição da lista de objectivos para a nova temporada.

André Villas-Boas vai retirar a Taça da Liga da lista de objectivos para a nova época. Curiosamente, o único troféu que o F.C. Porto falhou esta temporada vai passar a ser uma competição para os jovens rodarem. Para já, o triunfo no Jamor tem dedicatória: «Dedico-o aos meus jogadores, à estrutura do F.C. porto e a este clube maravilhoso.»

«A Taça da Liga será na próxima época uma competição de enquadramento de formação e experimentação, associando a formação ao futebol profissional. Para o ano não será objectivo a nível de conquista», revelou.

No que diz respeito à época que hoje terminou, o técnico não consegue escolheu o troféu mais saboroso:«São quatro títulos muito importantes. Conseguir quatro em cinco é um feito histórico, mas todos são muito saborosos. Não se pode prever uma época assim. Tínhamos objectivos, mas este grupo funciona melhor com objectivos curtos. Conquistámos a Supertaça, que teve forte impacto no início do campeonato e embora o palmarés do clube estabelecesse a conquista da Liga Europa como objectivo fomos progredindo passo a passo. No campeonato, estabelece aquele objectivo curto de cinco jogos, que culminou com a conquista do título na Luz.»

PauloFerreiraFCP escreveu:É à Fergunson!

«Cláusula de Villas Boas não é significativa, mas ele não quer sair» - Pinto da Costa:


Pinto da Costa mostra uma fé inabalável na continuidade de André Villas Boas no FC Porto, na próxima temporada. «Ele não quer sair», justifica.

«André Villas Boas é inegociável e ele não quer sair. Se não tivesse a mesma paixão que eu tenho pelo FC Porto, era capaz de sair. Tem uma cláusula de rescisão de 15 milhões de euros, que não é significativa para determinados clubes. Mas estou convencido de que se vierem, ele não quererá sair», vaticinou Pinto da Costa, em entrevista à RTP.

Mais uma vez, recusou comparar Villas Boas e José Mourinho, argumentando que «os treinadores não são comparáveis, apenas a competência é comparável».

«Felizmente, tenho tido na grande parte das vezes treinadores muito competentes. André Villas Boas tem uma vantagem: para além da paixão pelo futebol, é tão portista quanto eu. Mourinho nasceu em Setúbal numa altura em que não havia portistas em Setúbal. Agora, felizmente estamos em todo o lado», notou, com indisfarçável orgulho.

A paixão pelo clube, explicou, é apenas um dos «quatro pilares fulcrais» nos quais assenta a cartilha do dragão, que se completa com «a competência, o rigor e a ambição».

«Quando verifico que não existem os quatro requisitos essenciais, a porta de entrada também dá para sair», referiu.