Futebol de Formação - Discussão geral

Juniores: Benfica goleia SC Braga; FC Porto isola-se na liderança

Por Redacção

O Benfica goleou este sábado o SC Braga por 7-1 e igualou o V. Guimarães na classificação da fase decisiva do Nacional de juniores, que tem agora o FC Porto como líder isolado.

Os azuis-e-brancos venceram em Gondomar por 1-0 e beneficiaram da derrota do V. Guimarães com o Sporting (3-0), em Alcochete, para se isolarem no primeiro lugar com 15 pontos, mais três que a equipa minhota e o Benfica.

Na quarta posição surge o Sporting, com 11 pontos.

No outro jogo do dia, a Naval recebeu e venceu o UD Leiria por 3-1.

A próxima jornada reserva o clássico FC Porto – Benfica.

Classificação:
1. FC Porto, 15 pontos/ 6 jogos
2. V. Guimarães, 12
3. Benfica, 12
4. Sporting, 11
5. SC Braga, 9
6. Gondomar, 4
7. Naval, 4
8. UD Leiria, 3

FC PORTO VENCE EM GONDOMAR E LIDERA NACIONAL DE JUNIORES

O FC Porto arrancou uma preciosa vitória no terreno do Gondomar por 1-0, resultado que permite aos jovens Dragões isolarem-se na frente da fase final do Campeonato Nacional de Juniores. Um golo de Edu, aos 88 minutos, valeu três preciosos pontos.

Com o Gondomar muito recuado no terreno, o FC Porto dominou toda a partida, mas não foi feliz na concretização. Ao sucessivo caudal ofensivo dos jovens Dragões respondia o Gondomar com esporádicos contra-ataques, tendo criado perigo apenas duas vezes, uma em cada parte.

Ao contrário, o FC Porto dispôs de várias situações de finalização, mas a eficácia não foi a melhor, acando o triunfo por surgir a dois minutos do final, quando um bom remate de Edu terminou com a resistência do Gondomar.

Com esta vitória, o FC Porto é lider isolado da classificação, cumpridas que estão seis jornadas, com 15 pontos, mais três do que Vitória de Guimarães e Benfica. A próxima jornada disputa-se quarta-feira, com o FC Porto a receber no Centro de Treinos PortoGaia o Benfica, às 15 horas.

Gondomar-FC Porto, 0-1
Campeonato Nacional de Juniores A, 6.ª jornada (fase final)
19 de Março de 2011
Estádio São Miguel - Gondomar
Árbitro: Sílvio Gouveia (Bragança)
Assistentes: Carlos Melo e João Vaz

FC PORTO: Maia; David, Hugo Sousa (cap), Tiago Ferreira e Romário; Paulo Jorge, Flávio, Edu, Bacar, Rafael e Christian.
Substituições: Flávio por Fábio Nunes (46 m); Paulo Jorge por Tó Zé (60 m); Rafael Pipo (63 m).
Não utilizados: Eloi, André Teixeira, Amorim e LupetaTiago Ferreira, Bacar e Fábio Martins.
Treinador: Rui Gomes

Ao intervalo: 0-0
Marcadores: Edu (88 m)

Classificação:
1º FCPorto - 15 pontos
2º Guimarães - 12 pontos
3º Benfica - 12 pontos
4º Sporting - 11 pontos
5º Braga - 9 pontos
6º Gondomar - 4 pontos
7º Naval - 4 pontos
8º Leiria - 3 pontos

FICHA DE JOGO:
Campeonato Nacional de Juniores - Fase Final - 6ª Jornada
Gondomar Sport Clube 0-1 Futebol Clube do Porto

Data: 19 de Março de 2011
Hora: 15h
Local: Estádio de São Miguel - Gondomar

Árbitro: Sílvio Gouveia (árbitro principal) - Bragança

GONDOMAR SPORT CLUBE: Richard Gomes; João Viana, Abel Oliveira, Gil Dias e Joel Ferreira; Miguel Cid, Brian Silva e André Ferreira 'Moscardo' (José Martins, 91 min.); André Costa (Ricardo Silva 'Bosingwa, 68 min.), Diogo Magano (Capitão) (Tiago Gomes , 70 min.) e Ruben Pedrosa
Suplentes não utilizados: David Silva, Tiago Rocha, Pedro Bessa e Bruno Alves;
Treinador: José Alberto

FUTEBOL CLUBE DO PORTO: Tiago Maia; David Bruno, Hugo Sousa (Capitão), Tiago Ferreira e Romário dos Santos; Paulo Jorge (António Carvalho 'Tozé', 60 min.), Bacar Baldé e Eduardo Silva 'Edu'; Flávio Moreno (Fábio Nunes, int.), Christian Atsu e Rafael Diniz 'Rafinha'(Filipe Barros 'Pipo', 65 min.);
Suplentes não utilizados: Elói Silva, André Teixeira, João Amorim e Joaquim Lupeta;
Treinador: Rui Gomes

Indisciplina: Ricardo Silva 'Bosingwa' (72 min.) e Ruben Pedrosa(81 min.)

Resultado ao intervalo: 0-0
Resultado final: 0-1

Marcadores: Eduardo Silva 'Edu' (90 min.)

Melhores em campo: Brian Silva (Gondomar FC) e Eduardo Silva 'Edu' (FC Porto);

CRÓNICA

Um remate extremamente colocado de fora da área de Edu deu a vitória ao FC Porto num jogo onde, decididamente, a equipa não esteve bem: uma espécie de letargia e ansiedade fizeram dos dragões uma equipa apagada, com pouca capacidade para encontrar soluções no aspecto ofensivo. Nesta altura, sobressaem os mais fortes do ponto de vista psicológico: é essa a principal imagem de marca de Edu.

Na realidade, os dragões apresentaram-se intranquilos e, sobretudo, pouco criativos ao nível dos processos. No miolo Paulo Jorge recuava em demasia, não permitindo a criação da primeira linha de construção mais à frente.

Depois, Bacar acrescentava músculo sem consequência na prática. Era Edu quem parecia multiplicar-se, tomando para si as rédeas da construção e das transições. No ataque, Flávio e Christian sentiam dificuldades para levar a melhor, isto também porque Rafinha não correspondia, movimentando-se sempre para o local errado. Talvez o Porto mais fraco, até agora, da fase final.

O Gondomar, por seu turno, não merecia perder o encontro. Mas "pôs -se a jeito" para isso: nos vinte minutos finais a equipa encostou-se às cordas sem necessidade nenhuma, permitindo a subida excessiva das linhas do FC Porto que, mesmo desinspiradas, lograram fazer a diferença.

De resto, a postura defensiva foi-se mostrando mais rígida com o decorrer do encontro - sobretudo com o recuo de Moscardo, Cid e Brian. Os gondomarenses, contudo, apostaram esporadicamente no ataque, sobretudo através de passes longos para os alas (André em evidência). E por duas vezes enviaram bolas aos postes: Gil Dias aos 32 minutos num cabeceamento, e Viana aos 88, isolado frente a Maia.

O jogo começou com algum atrevimento por parte do Gondomar, que procurava com insistência ganhar faltas para mostrar os atributos do seu jogo aéreo. Aos 5, choque violento entre Gil Dias e Tiago Maia, sem consequências físicas de maior apesar do aparato. O duelo repetiu-se aos 9 minutos: Gil Dias, na área, cabeceou para defesa segura do guarda-redes portista.

Com dificuldades em carburar o seu jogo, o Porto ia concedendo espaços na retaguarda. Aos 12 boa jogada na direita entre André e Viana, com este último a cruzar para a área onde Ruben, de primeira, testou novamente a atenção de Maia.

Com a entrada na segunda metade da primeira parte, o Porto fez o seu rendimento subir ligeiramente. E aos 23 minutos teve a sua melhor oportunidade na primeira parte, no único registo digno de Rafinha nesta partida: driblou Gil Dias na perfeição e rematou de pronto, mas o remate saiu por cima da baliza de Richard Gomes.

Muito faltoso, com perdas de bola em catadupa, o jogo ia perdendo motivos de interesse. Mas aos 32 gritou-se golo em Gondomar: cruzamento de Brian e Gil Dias, de cabeça, a acertar no poste esquerdo da baliza de Maia. Com o banco dos portistas muito preocupado, os jogadores procuravam reagir, mais com o coração do que com a cabeça: no entanto, o melhor que conseguiram foi uma jogada individual de Christian.

O ganês passou por três adversários, mas na altura do remate foi parado por Richard. Antes do intervalo, através de lançamento longo, os gondomarenses estiveram novamente perto do golo: André, na cara de Maia, atrapalhou-se e rematou ao lado.

Na segunda parte Rui Gomes mexeu na equipa, mantendo o sistema de 4x3x3: tirou o desinspiradíssimo Flávio Moreno e colocou no seu lugar Fábio Nunes. O algarvio esteve bem mais activo e consistente, contribuindo para uma ligeira subida de rendimento. E foi dele a autoria do primeiro sinal de perigo: aos 47 minutos cobrou um livre para defesa atenta de Richard. Na sequência do canto, no meio da atrapalhação, Tiago Ferreira rematou ao poste.

Era nítida a ansiedade em chegar ao golo, e nem sempre esse sentimento rimava com lucidez. Via-se vontade na equipa, mas também desconcentração: aos 54 Joel progrediu na esquerda e ganhou a linha, cruzando para André, ao segundo poste, rematar por cima. O Porto ia fazendo subir as suas linhas, e jogando no meio-campo contrário, mas as perdas de bola continuavam muito elevadas.

A melhor oportunidade aconteceu aos 59 minutos: canto de Fábio Nunes, cabeceamento de Hugo Sousa, muita confusão na área e Bacar, com a baliza aberta, rematou por cima. Falhanço de 'reguada' do guineense.

Num jogo aos repelões, o Gondomar ia baixando cada vez mais, colocando-se 'a jeito' de sofrer males maiores. Com menos espaços e níveis de criatividade em baixa, o Porto ia recorrendo ao talento individual de jogadores mais lúcidos: foi o caso de Pipo, aos 75 minutos, que com um grande passe em profundidade desmarcou Christian. Em frente a Richard, permitiu a intervenção do guarda-redes, que mais uma vez demonstrou muito serviço.

Contra a corrente do jogo, aos 77 minutos o Gondomar quase marcou: pontapé de 'rosca' de Hugo Sousa, que caprichosamente sobrou para os pés de Ruben. O dianteiro, muito lento, permitiu a antecipação de Tiago Ferreira. Com o relógio a caminhar para o final, sucederam-se os remates dos portistas à baliza de Richard, todos sem 'selo' de golo.

Novamente em contrapé, aos 88 o Gondomar podia ter chegado à vitória: alívio da defesa e Viana a isolar-se frente a Maia. Com Bosingwa do lado contrário a pedir a bola, o defesa preferiu o remate, acertando em cheio no poste da baliza do guardião portista.

E, quando já se esperava o empate, eis que surgiu o momento do jogo. Grande demonstração de discernimento de Edu: Romário, na esquerda, procurou um cruzamento que só à segunda lhe saiu do pé esquerdo. Na área, um amontoado de jogadores nem aliviou a bola, nem a conduziu para a baliza.

De fora da área Edu dominou a bola, parou, olhou, e rematou colocado para um grande golo que deu a vitória aos portistas. No último lance do jogo, já em desespero, Richard subiu à área contrária, e na sequência de um canto cabeceou ao lado.

Com esta vitória o Porto isola-se no topo da classificação, deixando o Vitória e o Benfica a três pontos de distância. Contudo, o rendimento tem de ser revisto para o jogo frente aos encarnados, importante para as contas do título. Quanto ao Gondomar continua a fazer o que definiu: estorvar as contas do título. É sexto da geral com quatro pontos.

ANÁLISE INDIVIDUAL: GONDOMAR SPORT CLUBE:

Richard Gomes - Excelente exibição. Sempre muito seguro em todos os capítulos do jogo, foi um guarda-redes calmo e ponderado. Tirou um golo certo a Christian aos 75.

João Viana - Bem no duelo individual, impedindo a rotação dos adversários. Menos bem na visão de espaço, quando permitiu a penetração dos seus adversários pelo flanco. Na análise geral teve exibição positiva. Podia ter dado a vitória aos 88 minutos, mas o remate saiu ao poste.

Abel Oliveira - Central posicional, com boa impulsão e dimensão adequada do jogo aéreo. Faltando-lhe um pouco de mobilidade para oferecer mais consistência, foi ainda assim atento e produtivo. Sem falhar de maior.

Gil Dias - Apenas por uma vez foi ultrapassado por Rafinha, aos 23. Se no capitulo defensivo poucas hipóteses dá na marcação, no ataque é sempre uma referência ao nível do jogo aéreo. Apesar de lhe faltar um pouco mais de sobriedade a sair a jogar, é claramente o elemento com mais potencial desta equipa.

Joel Ferreira - Entrou Christian Atsu no seu raio de acção, pelo que acumulou algumas derrotas individuais naturais. Mas teve uma boa leitura de espaço, compensação aos centrais e vigilância nas desmarcações dos contrários. Boa exibição.

Miguel Cid - Boa primeira parte, quando varreu a zona de construção portista, obrigando-os a procurar outras paragens também controladas. Na segunda parte pareceu acusar algum cansaço, e esteve menos em jogo.

Brian Silva - Grande jogo do centrocampista gondomarense. Acumulou roubos de bola e transições rápidas. Esticou o jogo e a equipa também, impedindo que ela ficasse desequilibrada. Foi o melhor jogador da sua equipa esta tarde.

André Ferreira 'Moscardo' - Encarregado de funções defensivas e de bloqueio das zonas de construção, foi útil na destruição do pendor de jogo adversário. Não avançou muito, foi certo, mas ainda assim nota para alguns passes em profundidade.

André Costa - Sem ter uma capacidade técnica de arromba, esteve em grande plano na segunda parte, quando uma série de correrias puseram em sentido Romário. Como tal, foi constantemente solicitado e respondeu bem. Cansado, foi-se abaixo na segunda metade, sendo substituído com naturalidade.

Diogo Magano - Não adquiriu profundidade, preferindo permitir a entrada do lateral. Tendeu para o meio, e conotou-se como mais uma linha de passe e circulação de bola. Exibição positiva.

Ruben Pedrosa - Desperdiçou duas boas oportunidade de golo: aos 12 e 77 minutos. Móvel na frente de ataque, procurou o remate fácil, deixando um pouco de lado o trabalho como pivô. Simulação de agressão ridícula aos 81: valeu-lhe um amarelo.

Ricardo Silva 'Bosingwa' - Refrescou o flanco direito e não lhe faltaram correrias. Mas a equipa estava encostada às cordas.

Tiago Gomes - Com a mesma missão de Bosingwa, mas do flanco esquerdo. No final do jogo, em tabelinhas, apareceu de forma regular.

José Martins - Pouco tempo em campo impede avaliação precisa.

ANÁLISE INDIVIDUAL: FUTEBOL CLUBE DO PORTO

Tiago Maia - Durante o período inicial, de maior atrevimento do Gondomar, foi o guarda-redes que a equipa necessitou: muita segurança e determinação a sair dos postes. Em óptimo plano.

David Bruno - É caso para perguntar: até tu, David? Não escapou à letargia que invadiu a equipa, apresentando algumas falhas defensivas anormais no seu rendimento regular. No ataque, os cruzamentos raramente lhe saíram bem. Só mesmo de falta de vontade não pode ser acusado.

Hugo Sousa - Escapa à apreciação mediana da equipa. Não fosse o golo decisivo de Edu, teria sido ele o melhor em campo: irrepreensível nos cortes pelo chão, foi também decisivo pela forma como lançou ataques rápidos. Só uma falha ao minuto 77, quando deixou a bola fugir para Ruben.

Tiago Ferreira - Entrou mal na partida, denotando nervosismo expresso na maneira como, em vez de sair a jogar, preferiu a solução fácil - alívio. Nesta fase foi também ultrapassável em finta curta, algo não usual. Mas fez uma segunda parte de óptimo nível, sobretudo pelo ar. E quase marcou, a abrir a segunda parte.

Romário dos Santos - Perdeu para André por diversas vezes, quando os argumentos para ganhar eram mais do que suficientes. Algo ansioso, não desequilibrou no capítulo ofensivo, com excepção do lance do golo, quando gerou a atrapalhação na área contrária. Mas abaixo do seu rendimento normal.

Paulo Jorge - Muito colado aos centrais, foi pouco incisivo nas saídas para o ataque. Depois, quando o esférico lhe chegou aos pés, os passes nem sempre lhe saíram bem. Valeu algum descanso na retaguarda, pois os médios do Gondomar nunca foram muito ofensivos. Aí cumpriu.

Bacar Baldé - Ofereceu músculo, disponibilidade física e tabelinhas rápidas. Mas não bastou para fazer a diferença, pois pedia-se mais clareza no capítulo do passe, e capacidade de desequilíbrio. Falhou um golo de baliza aberta aos 59 minutos.

Eduardo Silva 'Edu' - Foi o mais solicitado do miolo, pois tomou sempre a iniciativa de organizar o ataque. Com alguma atrapalhação, foi certo, mas nunca perdeu o discernimento. Calmo e tranquilo no lance do golo. E a partir daí tudo o que fez de menos bom é esquecido.

Flávio Moreno - Ao lado do jogo, apenas em acções de miolo conseguiu aparecer, com arrancadas esporádicas. Os alas não funcionaram esta tarde, e Flávio foi um dos responsáveis por esse menor fulgor.

Christian Atsu - Muito marcado pelos contrários, acabou desarmado com frequência. Pelo flanco direito, contudo, criou perigo quando encontrou espaço para o 1x1, ou então em diagonais rápidas. Faz sempre a diferença, mesmo não tão bem como hoje. Aos 75 minutos, isolado frente a Richard, falhou.

Rafael Diniz 'Rafinha' - Nas suas movimentações, pareceu sempre escolher o local errado para se situar. Fosse como fosse, também Gil Dias lhe deu poucas hipóteses de brilhar. Aos 23 minutos todavia, num movimento rápido, ultrapassou o central e criou perigo.

Fábio Nunes - Mais em jogo que Flávio, acrescentou dinâmica ao flanco esquerdo. No entanto, as suas acções não tiveram consequência. Faltou-lhe também capacidade de aparecer ao segundo poste, em posição de finalização.

António Carvalho 'Tozé' - Pegou o jogo em linhas recuadas, e tentou alimenta-lo através de passes longos. Esperou por uma bola parada mas ela não apareceu no sítio certo. Aí poderia ter feito a diferença.

Filipe Barros 'Pipo' - Também escapa à letargia da equipa. Ao invés de Rafinha, procurou sempre os espaços certos, e apareceu com frequência, mesmo que fora da zona de golo. Aos 75 fez um grande passe que isolou Christian na cara do golo.

DECLARAÇÕES:

José Alberto (Treinador do Gondomar SC)

"Não estava à espera de perder nos últimos minutos. O que eu disser é relativo, pois já sei que depois nos jornais se vai escrever que o Gondomar é uma equipa altamente defensiva.

(mais calmo)

" Dispusemos de oportunidades flagrantes. O Porto tem uma excelente equipa, um candidato ao título. Agora o Gondomar, com as condições que tem, atingir a fase final é um grande feito. Por exemplo, no jogo frente ao Benfica fomos a Lisboa no próprio dia, o que provocou um imenso desgaste nos jogadores, sentido na primeira parte desse jogo. Há que dar mérito aos jogadores do Gondomar, sou um treinador orgulhoso."

"O Sporting tem bons valores individuais, que podem fazer a diferença. Mas o Porto tem clara vantagem, dado que ganhou aqui, que é um campo extremamente difícil. Contra o Benfica, como disse, o jogo ficou muito condicionado pelo facto de termos ido para Lisboa no próprio dia do jogo."

Rui Gomes (treinador do FC Porto)

"Foi um jogo que se poderia ter ganho noutra altura. Sabíamos que o Gondomar jogava com um bloco muito baixo, e tivemos algumas dificuldades. A relva, muito alta, não ajudou, tal como o calor que se fez sentir à hora do jogo. A partida foi-se arrastando sem golos, e tivemos de sofrer até ao fim. Benfica? Conhecemo-los bastante bem. Estamos preparados para ganhar, sabemos a sua forma de jogar, que é de muita qualidade. É um candidato ao título."

Texto: Gil Nunes

Um clássico esconde outro ainda maior

Numa altura em que os adeptos portistas alimentam muitas expectativas em torno do clássico da Luz e das possibilidade de o FC Porto poder festejar o título no estádio do seu maior rival, há outro clássico entre os dois emblemas que se disputa amanhã. À sétima jornada da fase final do Nacional de juniores A, o calendário ditou um FC Porto-Benfica que também não deixa de concentrar atenções. Depois de uma vitória importante dos azuis e brancos em Gondomar (1-0) e da derrota do Guimarães contra o Sporting (3-0) no fim-de-semana, o FC Porto parte para este embate com o Benfica isolado na liderança do campeonato, o que só contribuiu para acrescentar mais interesse ainda a este jogo. Nesta fase final, recorde-se, o FC Porto só perdeu pontos com o Guimarães e, se vencer, poderá aumentar a vantagem sobre outro rival, pelo que, mesmo sem ser um encontro decisivo, três pontos conquistados ao Benfica podem contribuir para aliviar mais a pressão sobre os portistas. Para já, os azuis e brancos apostam na vitória.

Rui Gomes
"É sempre um jogo diferente"

Rui Gomes encara o jogo com o Benfica sem alarmes, tentando não dramatizar em excesso um jogo importante, sim, mas que a sua equipa tem condições para vencer. "Um clássico é sempre um jogo diferente, de maiores emoções; contudo, temos um grupo de jogadores experientes, habituados a lidar com esse tipo de situações, e acredito que vamos tornear essa questão com facilidade", comentou. Consciente de que se defrontam dois candidatos ao título, o técnico aposta no bom desempenho da sua equipa em casa: "O Benfica é um dos candidatos ao título, tal como nós. Ganhámos todos os jogos em casa e estamos confiantes em que nos vamos manter nessa linha."

Quando se falou da questão do título, Rui Gomes contrariou as expectativas e explicou porquê: "Vamos disputar a sétima jornada numa série de 14 jogos; nem a meio chegámos e, portanto, este desafio está longe de ser decisivo. É importante, mas apenas pelos três pontos que queremos conquistar." Mas motivação não falta: "Vencemos praticamente todos os jogos e motivação não vai voltar a faltar, mas sabemos lidar com as vitórias."

David"Queremos afastar Benfica do título"

A recepção ao Benfica não é decisiva, mas pode ajudar o FC Porto a ganhar margem de manobra para o título. David não tem muitas dúvidas disso e não o escondeu. "Um clássico é sempre um jogo especial, em que há muita vontade de ganhar. Mas seja como for, o mais importante são os pontos. Queremos afastar o Benfica da luta pelo título e podemos deixá-los a seis pontos, o que é sempre relevante, apesar de ainda faltarem muitos jogos", apontou. A ideia passa por encarar o jogo com o Benfica como outro qualquer, com naturalidade, mas parece mais fácil de dizer do que outra coisa. "Há sempre uma certa ansiedade por se tratar de um clássico, mas a verdade é que temos de encarar este jogo como outro qualquer. Estamos a prepará-lo com naturalidade e com o objectivo de ganhar."

Guimarães e Benfica surgem como os principais adversários, mas David acredita que o FC Porto tem condições para chegar ao título: "Temos os nossos adversários bem estudados; não posso dizer qual das duas equipas é mais forte [Guimarães ou Benfica], mas uma coisa é certa: se fizermos o nosso trabalho, temos condições para ultrapassar ambas."

FC Porto lidera em todas as frentes

Os azuis e brancos estão a caminho de arrancar uma temporada em cheio se continuarem a trilhar o caminho que vêm percorrendo actualmente. A liderança é cada vez mais um hábito para os lados do Dragão, que comanda no futebol jovem em juniores A, mas também em juniores B, com oito pontos de vantagem sobre o Guimarães. Em juniores C, o FC Porto comanda igualmente com três pontos de vantagem sobre o Guimarães, antes da fase decisiva.

DRAGON DREAM FEZ SONHAR 300 JOVENS

Neste domingo, o relvado do Vitalis Park foi «invadido» por 300 jovens com o sonho de brilhar de Dragão ao peito. Os candidatos, nascidos entre 2002 e 2004, participaram no Dragon Dream Vitalis – Futebol para Todos. Os futebolistas que mais se destacaram receberam prémios e podem, agora, continuar a sonhar.

FORMAÇÃO: RESULTADOS DESTE FIM-DE-SEMANA

Conheça aqui os resultados deste fim-de-semana das equipas de formação do FC Porto.

Sábado

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores D (primeira divisão)
FC Porto-Varzim, 0-0

Sub-11: Campeonato Distrital - futebol de sete
FC Porto-Canidelo, 4-2
(Vasco Paciência, 2; David Oliveira e Henrique Gonçalves)

Sub-10: Campeonato Distrital - futebol de sete
FC Porto-AD Grijó, 2-0

Sub-9: Campeonato Distrital - futebol de sete
Pedrouços-FC Porto, 3-2

Domingo

Sub-15: Campeonato Nacional de Juniores C (segunda fase, série B)
FC Porto-Varzim, 7-1
(Ruben Macedo, 6m e 14m; Sérgio Ribeiro, 24m; Tiago Garcia, 28m e 45m; Rui Moreira, 37m; Luís Mata, 73m; auto-golo, 74m)

Sub-14: Campeonato Distrital de Juniores C (segunda divisão, segunda fase)
Dragon Force-FC Foz, 2-1

Sub-13: Campeonato Distrital de Juniores C (segunda fase)
FC Porto-Gandra, 2-0
(Ricardo Schutte e Leandro Vieira)

Sub-8: Liga Mini do Futuro
FC Porto-S. Pedro de Fins, 6-4

Iniciados A: FC Porto 7-1 Varzim SC

FICHA DE JOGO:
Campeonato Nacional de Iniciados - 2ª Fase - Série B - 3ª Jornada
Futebol Clube do Porto 7-1 Varzim Sport Clube

Data: 20 de Março de 2011
Hora: 11h
Local: Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia - Olival

Equipa de Arbitragem: Carlos Dias (árbitro principal) Bruno Santos e Vítor Santos (árbitros assistentes) - Porto

FUTEBOL CLUBE DO PORTO: João Costa; Joel Pereira, João Cunha, Bruno Duarte e Raul Tavares; Tomás Mota (Emanuel Davide, 53 min.), Cléver França e Rui Moreira (Capitão); Sérgio Ribeiro (Luís Mata, int.), Ruben Macedo e Tiago Garcia 'Schuster'(Rui Silva , 61 min.);
Suplentes não utilizados: João Gurtner, Emanuel Alves, Luís Peixoto e Diogo Barbosa;
Treinador: José Fernando Tavares

VARZIM SPORT CLUBE: Eduardo Novo; Diogo Neiva (Capitão), Victor Moreira, João Rosa (Rui Miranda, int.) e Gonçalo Pimenta; Diogo Carriço (Tiago Ferreira, 55 min.), Pedro Pereira (Diogo Arantes, int.), Miguel Castro (Tiago Novais, int.), João Gamboa e Manuel Silva (José Pedro, 55 min.); Ricardo Miranda;
Suplentes não utilizados: David Assunção e Gonçalo Barros;
Treinador: Tobias

Indisciplina: Bruno Duarte(70 min); João Rosa (5 min.)

Resultado ao intervalo: 4-0
Resultado final: 7-1

Marcadores: Ruben Macedo (6 e 14 mins.), Sérgio Ribeiro (24 min.), Tiago Garcia 'Schuster'(28 e 45 mins.), Rui Moreira(38 min.), Luís Mata(71 min.); Ricardo Miranda (72 min.)

Melhores em campo: Tiago Garcia 'Schuster'(FC Porto) e Ricardo Miranda(Varzim SC)



CRÓNICA:

Há craque na Póvoa de Varzim. E que craque! Ricardo Miranda foi o grande motivo de interesse de uma partida que teve um vencedor perfeitamente natural: o F.C.Porto. E, com todo o respeito pelos varzinistas, Ricardo Miranda está a mais nesta equipa: é robusto, tem velocidade de ponta, drible rápido e fácil, óptimo remate e jogo de cabeça.

Consegue ainda suster a bola e rodar bem, trabalhando como pivô ofensivo. Ao nível do melhor do que já se viu em Portugal neste escalão. Excelente. De resto, o Porto não precisou de se esforçar muito para levar de vencida o seu antagonista.

Com a defesa habitual, José Fernando Tavares colocou Rui Moreira em posição mais recuada do triângulo do meio-campo, deixando Cléver e Tomás Mota mais na linha dianteira do triângulo. Os extremos, com naturalidade, desequilibravam, e Schuster inventava espaço com naturalidade.

Defensivamente, o trabalho só tinha um nome: Ricardo Miranda. Os varzinistas, de qualquer lado, colocavam a bola no seu avançado, esperando que ele fizesse o resto. O meio-campo, e as linhas de construção, quase que foram dispensadas. Não marcou, mas os estragos foram muitos.

E o filme do jogo não é difícil de escrever. Muito fácil para os dragões, que começaram a construir a sua vitória aos 5 minutos, na sequência de um erro do árbitro. Schuster foi derrubado dentro da área mas o árbitro, inexplicavelmente, entendeu que a falta tinha sido cometida fora da área. Grande penalidade ou não, pouco interessou para Ruben Macedo: remate colocado e primeiro golo da partida.

Aos 12, num lançamento longo, Ricardo Miranda respondeu. O dianteiro arrancou da esquerda, livrou-se de dois adversários e rematou por cima da barra, com algum perigo. Mas aos 14 minutos, o Porto fez o segundo golo: cruzamento largo de Joel Pereira para o segundo poste, movimento interior de Ruben Macedo e 'bomba' para o fundo das redes. À 'Simão Sabrosa', sem hipóteses de defesa.

Sem grandes dificuldades, era com naturalidade que se aguardavam mais golos dos dragões. Aos 20 minutos, depois de uma falha de Diogo Neiva, Schuster isolou-se, valendo Eduardo Novo a negar o golo. O terceiro tento, todavia, apareceu aos 24. E foi irregular (mais um erro do árbitro da partida): cruzamento largo de Raul Tavares, que apanhou Sérgio Ribeiro em fora-de-jogo no segundo poste. Com uma cabeçada precisa, concretizou.

Aproveitando a toada, o Porto dilatou a vantagem quatro minutos depois: passe de Ruben a rasgar e Schuster, no meio dos centrais, a finalizar na passada. Antes do intervalo o Porto esteve novamente perto do golo através de uma cabeçada de João Cunha. Eduardo Novo, em voo, opôs-se bem.

Na segunda parte nada de novo: este período abriu com um magnífico golo de Rui Moreira, na sequência de um livre directo irrepreensível. Aos 46 minutos, talvez o melhor golo da manhã: arrancada de Ruben Macedo na direita, cruzamento preciso e Schuster, de cabeça, a não dar hipóteses a Eduardo Novo.

Como já é habitual neste tipo de jogos, assistiu-se de seguida a um período algo anárquico, em que o Porto falhou golos em catadupa: Cléver, Schuster e Ricardo Miranda (do lado do Varzim) estiveram perto do golo.

O placard fechar-se-ia já perto do final. Numa jogada individual, Luís Mata passou pelo guarda-redes e marcou. Depois Ricardo Miranda teve o prémio merecido: a falta sobre João Cunha foi evidente, e o olhar cego do árbitro permitiu o arranque ao varzinista, que concluiu com uma bela finalização.

Num jogo com má arbitragem de Carlos Dias (três golos tiveram o seu dedo) fica o registo de uma vitória tranquila dos dragões, líderes da zona B com 9 pontos. Quanto ao Varzim possui poucos argumentos...mas um jogador com potencial elevado e muito para evoluir: Ricardo Miranda.



ANÁLISE INDIVIDUAL: FUTEBOL CLUBE DO PORTO

João Costa - Não esteve muito em jogo, mas foi activo nos primeiros minutos da partida, quando se opôs a cruzamentos perigosos. Cumpriu.

Joel Pereira - Mostrou dotes técnicos assinaláveis no 1x1, levando clara vantagem. Não foi um jogador de profundidade, foi certo, mas arranjou linhas de passe com o seu estilo arrojado.

João Cunha - Jogo com algumas dificuldades, fruto do talento do avançado do Varzim. Travou um duelo que valeu apenas por si, dado que o jogo esteve sempre resolvido. Acrescentou poderio em lances de bola parada.

Bruno Duarte - Tal como o seu colega de sector, foi ultrapassado por diversas vezes por Ricardo Miranda em duelo individual. Uma amostra de fogo, para se preparar para a fase final.

Raul Tavares - Muito cumpridor e sólido, jogou de forma prática e equilibrada, subindo no terreno de acordo com o permitido pela equipa. Bom cruzamento aos 24', oferecendo o golo a Sérgio Ribeiro.

Tomás Mota - O 'polivalente' da equipa já foi defesa esquerdo, médio ofensivo e, hoje, pivô defensivo. Um trabalho evolutivo que deve encarar com optimismo, pois os resultados têm sido bons e consistentes.

Clever França - Dotado de técnica e capacidade de drible em espaço reduzido, pôde explanar o seu futebol e alimentar os colegas em conformidade. Aproveitou a liberdade dada pela inexistência de tarefas defensivas.

Rui Moreira - Apareceu mais recuado, pegando no jogo à frente dos centrais. Cumpriu as funções de circulação de bola, e soube deixar de lado as de desequilíbrio. Mal numa série de remates disparatados: cinco deles foram para a bancada. Mas marcou um livre à 'Timofte', jogador que faz lembrar ao nível de jogo.

Sérgio Ribeiro - Tem arcaboiço físico, e tal é muito útil para finalizações ao segundo poste. Assim aconteceu aos 24 minutos, quando marcou o seu golo. De resto cumpriu e coloriu linhas de passe, sem muito desequilíbrio pelas faixas, até por que não era necessário.

Ruben Macedo - Decisivo, mais uma vez. Os seus movimentos interiores, e de diagonal, são temíveis, pois remata muito bem e tem capacidade de arranque. Marcou dois golos, fez uma assistência primorosa para Schuster ( no sexto golo) e participou em jogadas rápidas. Dos melhores em campo.

Tiago Garcia 'Schuster' - Perito em desmarcações no interior do espaço deixado vago entre os centrais, fez valer a sua astúcia para marcar dois golos primorosos. Schuster não aproveita espaço, inventa-o. Essa capacidade, de desequilíbrio em espaço reduzido, dá-lhe golos e destaque colectivo considerável. Hoje foi o melhor em campo.

Luís Mata - Com técnica apurada, provocou alvoroço no flanco esquerdo, levando a melhor sobre o seu adversário. Apareceu no final a marcar o tento de serviço.

Emanuel Davide - Posicionou-se como médio ofensivo e deu consistência às jogadas de ataque, aparecendo também na zona de finalização.

Rui Silva - Pouco tempo em campo impede avaliação precisa.

Texto: Gil Nunes

FC PORTO VENCE BENFICA E AMPLIA VANTAGEM NO «NACIONAL» DE JUNIORES A

O FC Porto venceu o Benfica, esta quarta-feira, por 2-1, em jogo a contar para a sétima jornada da fase final do Campeonato Nacional de Juniores A. No jogo que encerrou a primeira volta da competição, os jovens portistas foram sempre melhores e ficam a dever a obtenção de mais golos à eficácia na finalização.
Com esta vitória, o FC Porto mantém a liderança isolada da competição no final da primeira volta e deixa o Benfica a seis pontos de distância.

Num jogo com a bancada do Estádio do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia repleta, o FC Porto foi bastante superior, dispôs de imensas oportunidades de golo e garantiu três pontos importantes na luta pelo título.

Destaque para as exibições do lateral direito David e para o sempre eléctrico Christian, um jogador com um ritmo já muito próximo do nível profissional.
O FC Porto entrou na partida a impor um ritmo muito forte e a primeira oportunidade surgiu logo aos três minutos. Um minuto depois, Rafa isolou-se e foi derrubado pelo guarda-redes Ederson, numa grande penalidade clara, que Edu transformou em golo. O jogo arrancava da melhor forma para os jovens Dragões, perante um Benfica muito encolhido e que raramente conseguia articular uma jogada.

O FC Porto voltou a criar perigo por Edu e Flávio, pouco depois dos 20 minutos, mas os remates saíram fracos e à figura. Aos poucos, o Benfica equilibroiu o jogo, subiu no terreno, mas foi nos minutos finais da primeira parte, através de transições rápidas que o FC Porto dispôs das melhores oportunidades. Primeiro, aos 35 minutos, David subiu pelo corredor direito, tabelou com Christian e rematou em jeito, proporcionando uma grande defesa a Ederson, para canto.

Cinco minutos depois, após nova jogada de Christian, Rafa e Tozé tiveram o segundo golo nos pés, mas Ederson evitou-o com duas boas defesas sucessivas.
A segunda parte não foi muito diferente da primeira, com o FC Porto sempre mais próximo do golo. E, aos 57 minutos, Rafa concluiu com competência uma jogada iniciada por David, tirou um defesa da frente e rematou forte, entre o guarda-redes e o poste, para o segundo golo dos Dragõezinhos.

Cinco minutos depois, o Benfica reduziu, com Tiago Ferreira, infeliz, a desviar para a própria baliza um centro inofensivo de Luís Martins. O Benfica voltava ao jogo, mas só por uma vez criou perigo, com Alípio Brandão a rematar cruzado, para boa defesa de Maia, enquanto o FC Porto desperdiçou uma mão cheia de oportunidades.

O final do jogo foi caricato, com o árbitro a mostrar amarelo a Alípio Brandão, após mais uma falta dura de Francisco Júnior. Avisado pelos jogadores do FC Porto e por um dos assistentes, o juíz corrigiu o erro, mas reiniciou o jogo com Francisco Júnior no relvado. A partida terminaria segundos depois.

FICHA DE JOGO

FC Porto-Benfica, 2-1
Campeonato Nacional de Juniores A, 7.ª jornada (fase final)
23 de Março de 2011
Estádio do CTFD PortoGaia
Assistência: 3.008 espectadores

Árbitro: Renato Gonçalves (Guarda)
Assistentes: Rui Fernandes e Rui Ventura

FC PORTO: Maia; David, Hugo Sousa «cap.», Tiago Ferreira e Romário; Paulo Jorge, Flávio e Edu; To Zé, Rafael e Christian.
Substituições: Flávio por Fábio Nunes (58m), Rafa por Lupeta (70m) e Tó Zé por André Teixeira (90m).
Não utilizados: Eloi, Amorim, Fábio Martins e Pipo.
Treinador: Rui Gomes

BENFICA: Ederson; Pedro Almeida, Mirtskhulava, Bernardo Lopes e Luís Martins; Paulo Teles, Francisco Júnior e Ruben Pinto; Diego Lopes, Ivan Cavaleiro e Diogo Caramelo.
Substituições: Pedro Tales por Bruno Gaspar (46m), Diogo Caramelo por Jean Silva (46m) e Pedro Almeida por Alípio Brandão (58m)
Não utilizados: José Sá, Vinícius Silva, Pedro Dias e Carlos Dias.
Treinador: João Santos

Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Edu (4m, g.p.), Rafa (57m) e Tiago Ferreira (62m, p.b.)
Disciplina: cartão amarelo a Francisco Júnior (59 e 90+7m), Romário (65m) e Mirtskhulava (81m); cartão vermelho a Eloi (90+3m) e Francisco Júnior (90+7m)

RUI GOMES: «ESTAMOS A SETE PASSOS DO TÍTULO»

Rui Gomes, treinador da equipa de Sub19 do FC Porto, estava satisfeito com o resultado, num jogo que considerou ter sido decidido «nos detalhes», particular em que o FC Porto foi superior. Apesar da vantagem, Rui Gomes diz que ainda faltam «sete passos» para o título.

Nos detalhes
«Esperávamos um jogo difícil, contra um candidato ao título, jogo que seria decidido nos detalhes e ao longo do qual fomos melhores nesse aspecto”.

Segurar o jogo
«Tivemos ocasião para fazer o 3-0 e o Benfica fez o 2-1; galvanizaram-se e tivemos de puxar dos galões e segurar o jogo, porque também já não havia tempo para fazer muito mais».

Desafios difíceis
«Os seniores estão a uma vitória do título e temos a convicção de que vão ser campeões. Quanto a nós, ainda estamos a sete passos de sermos campeões. Temos jogos extremamente complicados pela frente e cada um constitui um risco e um desafio difícil. Estamos longe de pensar que as coisas estão feitas».