Recordar o título de 1999, após 31 anos de jejum
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Recordar o título de 1999, após 31 anos de jejum
A noite mais bela do «Américo de Sá»
Segunda-feira, 12 de Abril de 1999. É para esta data que a máquina do tempo nos levará neste exacto momento. Mas não pretendo alterar nada no passado (não tenho os mesmos propósitos de Marty McFly e do Dr. Emmett L. Brown na trilogia «Regresso ao Futuro»), apenas procuro reviver as emoções sentidas nessa tarde-noite. E que emoções…
Nesse dia o FC Porto (futebol) de Fernando Santos preparava mais uma jornada que nos havia de levar ao pentacampeonato. Ao mesmo tempo o Porto (basquetebol) de Alberto Babo preparava o play-off que nos levaria ao título Nacional enquanto o Porto (hóquei) de António Livramento (faleceria poucas semanas após a glória) preparava a fase final do Nacional que também nos daria o título 8 anos depois. Este texto, é no entanto, para destacar o título que iria chegar, exactamente, nesse mágico dia de 12 de Abril, o do nosso andebol que há 31 anos não o conseguia alcançar. 1999 é pois o ano do 1º pleno das modalidades de maior visibilidade em Portugal, futebol, andebol, basquetebol e hóquei em patins (nesse ano o Porto ganhou também na Natação). Irrepetível, diriam alguns. Mas não. Cinco anos depois o Porto repetiu a façanha na gloriosa temporada da vitória em Gelsenkirchen (2004). É o sistema, diria o outro...
Voltemos ao 12 de Abril de 1999. Chego às imediações do Américo de Sá e logo na chegada vislumbro exactamente atrás de mim, o automóvel conduzido pelo nosso técnico José Magalhães. Um bom prenúncio, pensei. Antes de entrar no pavilhão encontro um colega de curso e confraternizamos um pouco. Moderadamente optimistas, diríamos um ao outro. É que pela minha cabeça passavam 1001 histórias do nosso andebol em jejum desde 1968 (ano do nosso último título). Na verdade e, desde que dedico atenção ao fenómeno desportivo (meados da década de 80), facilmente recordo campeonatos que o nosso andebol perdeu de forma dramática no último jogo, ora por infelicidade, ora por nervosismo, mas principalmente por factores alheios que me escuso de referir neste texto de recordação da mais bela noite vivida no nosso já demolido pavilhão Américo de Sá.
Com elevada ansiedade entro no pavilhão que até à hora de início de jogo enche por completo. Nunca o pavilhão das Antas tinha registado tamanha enchente. Falam em 7 mil pessoas!!! Era este o momento, pensei. Tinha que ser. O adversário era o ABC de Donner e no plantel Bracarense estava Carlos Resende, o melhor jogador luso de sempre (é hoje o nosso actual treinador). Não era a última jornada pois o FC Porto ainda ia receber o Sporting mas neste jogo estava proibido de perder. O empate deixava-nos ainda em vantagem mas com obrigação de ganhar ao também candidato Sporting enquanto (só) a vitória neste jogo nos dava de imediato o título que tanto ansiávamos. O FC Porto era uma equipa muito jovem com muito menos potencial (na teoria) que ABC e Sporting mas surpreendeu na fase final indo ganhar a Braga e a Alvalade (tínhamos ganho também em casa ao Belenenses e ganharíamos ainda ao Sporting nas Antas 5 dias depois desta memorável noite que neste post hoje destacamos) e tendo agora esta possibilidade magnífica de fazer história frente ao campeão do ano transacto, ABC de Braga.
O jogo esteve sempre muito equilibrado (ao intervalo vencíamos por 10- mas o público nunca deixou de acreditar mesmo quando o ABC passou para a frente (14-15) à entrada dos últimos 10 minutos. Ricardo Costa, assistido pelo genial Eduardo Filipe, fez o empate e depois Kavalenka com 2 golos fantásticos deu-nos uma vantagem de 2 golos (17-15) que o ABC ainda conseguiu reduzir. Com os níveis de ansiedade a provocarem constantes erros dos 2 lados, Kavalenka comete um erro e permite a última posse de bola aos Minhotos. Sentiu-se um silêncio sepulcral no até aí eufórico pavilhão. Nessa altura juro que fraquejei. O coração batia de forma assustadora e antevi mais uma desgraça. Mas não! Aquela era mesmo a nossa noite! O remate a 2 segundos do fim de Carlos Matos é defendido de forma heróica por Sérgio Morgado e depois, depois, meus amigos, foi a loucura, saltamos, gritamos, exultamos e choramos de forma absolutamente inesquecível. Com as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto assisto depois à festa no recinto de jogo já invadido pela multidão. A mais bela noite do Américo de Sá…
O título que faltava a Pinto da Costa, também ele, presente no pavilhão e também ele emocionado a falar à RTP que deu o jogo em directo no canal 2. O FC Porto ganhou ao ABC por 17-16 e foi, finalmente, campeão Nacional de Andebol, 31 anos depois. No dia seguinte cheguei quase afónico ao meu local de trabalho e notei que alguns Portistas nem sabiam o que tinha sucedido na noite anterior. Não sabem o que perderam nessa noite. São momentos que jamais se apagarão da nossa memória. Momentos que gosto de partilhar. Momentos que deixaram vingadas muitas gerações de jogadores do andebol azul e branco impedidas da glória por factores obscuros. Momentos que fizeram o nosso Presidente chorar. Momentos em que se sente que um público levou uma equipa à glória. Momentos em que se obtém a resposta à pergunta: «porque alguém sofre tanto por este clube?»
De seguida, ficam os marcadores de golos do FC Porto nesse jogo e os restantes nomes dos jogadores, treinadores e directores que fizeram parte desta gloriosa época, e, principalmente, um VÍDEO com os momentos que atrás descrevi e a grande festa no final. Espero que gostem. Um agradecimento especial ao Mr. Cosmos que teve a amabilidade de o colocar «on-line» através da cassete vídeo «vhs» que estava guardada no meu arquivo, juntamente com os jornais, «JN» e «OJOGO» que digitalizei para poderem apreciar as capas do dia seguinte a essa conquista. Vale mesmo a pena recordar estes momentos através do vídeo de 18 minutos com os momentos finais do jogo (os últimos 7 minutos com 15-15 no marcador).
Jogadores do FC Porto: Eduardo Filipe (5 golos), Siarhei Kavalenka (5), Ricardo Costa (3), Dragan Bogdanovic (2), Ricardo Tavares (1), Rui Rocha (1), Sérgio Morgado, Danilo Ferreira, Manuel Arezes, Mário Soares, David Tavares, Hugo Vaz, Ricardo Candeias, José Pedro Coelho, Leandro Couceiro, Bruno Oliveira, Pedro Eliseu e Jorge Ribeiro. Treinador: José Magalhães; adjuntos: Luís Graça e Joaquim Capela. Responsável de Competição: João Moreira. Fisioterapeuta: Zaliston Torres. Directores da Secção: Nelson Almeida, Rui Monteiro, Carlos Gomes, Gil Santos, Fernando Reis e Sousa Ribeiro.
O FC Porto terminou este inesquecível campeonato (fase final) com 30 pontos, mais 3 que o ABC, mais 6 que o Sporting e mais 8 que o Belenenses.
Em apontamento final seguem duas questões para os leitores:
1) Onde estava neste dia e que importância teve para si esta histórica conquista da nossa equipa de andebol?
2) Ao ver o vídeo conseguem sentir a incrível emoção que existia naquele pavilhão e acreditam voltar a viver momentos daqueles no futuro «dragãozinho»?
Se eu tivesse que responder, diria que estive lá, no local da glória, no nosso pavilhão a sentir todas aquelas emoções ao vivo. Quanto à importância do feito alcançado basta sentirem o intenso prazer com que escrevo sobre este momento. Quanto à emoção que lá se viveu foi, de facto, tremenda e é mesmo isso que desejo para o novo pavilhão, glórias, glórias e mais glórias!!!
______________________________________________________________________________
FC Porto - Sporting (22-21) da época 1998/99, Pav. Américo Sá
Seis dias antes deste jogo que hoje aqui vos recordo, o pavilhão Américo de Sá vivera uma noite louca com muitos dos presentes (eu incluído) a não evitarem lágrimas de felicidade com o fim do jejum de 31 anos do andebol dos Dragões.
O jogo que nos deu o título (FC Porto/ABC Braga), pertencia à antepenúltima ronda da fase final, e por isso, este jogo com o Sporting (também nas Antas), fazia parte da penúltima jornada (na última deslocámo-nos ao Restelo).
Estávamos então no dia 18 de Abril de 1999 e, horas antes do jogo de futebol entre FC Porto e Campomaiorense (2-0), que acabou por resultar em mais um passo decisivo rumo ao pentacampeonato (matematicamente alcançado 1 mês depois, a 22 de Maio), os Dragões jogavam ali ao lado no “velhinho” Américo de Sá um encontro de consagração com os seus adeptos, 6 dias depois da inesquecível noite do tão badalado fim do jejum na modalidade andebol.
Era um jogo de festa depois do mais difícil já ter sido alcançado e por isso, os jogadores azuis e brancos entraram em ringue com os seus visuais a condizerem com o momento. Uma excelente casa no pavilhão das Antas com os pupilos de José Magalhães a entrarem mal num jogo que interessava muito mais ao Sporting (lutava pelo 2º lugar).
Ao intervalo, os Dragões perdiam por 3 golos de diferença, mas entraram na 2ª metade a todo o gás, conseguindo anular essa diferença e entrar nos minutos finais da partida em condições de lutar pela vitória.
O FC Porto nesta fase final do Nacional de Andebol, tinha 4 vitórias em 4 jogos e não queria falhar ao jogo 5 (falhou apenas no último, no 6º).
José Magalhães queria manter um registo de 2 anos sem qualquer derrota em casa e conseguiu-o efectivamente. Com 21-21 nos últimos instantes, o FC Porto ainda treme, mas Ricardo Costa em contra ataque marca e faz “explodir” um Américo de Sá ainda meio “estilhaçado” pelas emoções do jogo anterior.
Estava consumada a 5ª vitória consecutiva nesta fase final num jogo muito equilibrado, onde Eduardo Filipe (o meu ídolo no andebol) foi o mais eficaz entre os Portistas com 7 golos apontados, seguido de um grupo de 4 jogadores com 3 golos cada (Bogdanovic, Ricardo Costa, Rui Rocha e Ricardo Tavares), sobrando 2 golos para Kavalenka e 1 para Manuel Arezes.
O FC Porto despedia-se dos seus adeptos em perfeita euforia num ano inesquecível, pois além do andebol, festejaram-se também os títulos no futebol, basquetebol, hóquei e natação. O andebol dos Dragões acabou o campeonato com mais 3 pontos que o ABC de Braga, mais 6 que o Sporting e mais 8 que o Belenenses.
Delicie-se com este vídeo (inédito na internet) que recuperei de mais um VHS do meu arquivo pessoal. Pode ver o directo da RTP2 dos últimos 7 minutos do jogo com 20-20 no marcador (dá para observar o 21º golo por Bogdanovic e o 22º por Ricardo Costa).
Segunda-feira, 12 de Abril de 1999. É para esta data que a máquina do tempo nos levará neste exacto momento. Mas não pretendo alterar nada no passado (não tenho os mesmos propósitos de Marty McFly e do Dr. Emmett L. Brown na trilogia «Regresso ao Futuro»), apenas procuro reviver as emoções sentidas nessa tarde-noite. E que emoções…
Nesse dia o FC Porto (futebol) de Fernando Santos preparava mais uma jornada que nos havia de levar ao pentacampeonato. Ao mesmo tempo o Porto (basquetebol) de Alberto Babo preparava o play-off que nos levaria ao título Nacional enquanto o Porto (hóquei) de António Livramento (faleceria poucas semanas após a glória) preparava a fase final do Nacional que também nos daria o título 8 anos depois. Este texto, é no entanto, para destacar o título que iria chegar, exactamente, nesse mágico dia de 12 de Abril, o do nosso andebol que há 31 anos não o conseguia alcançar. 1999 é pois o ano do 1º pleno das modalidades de maior visibilidade em Portugal, futebol, andebol, basquetebol e hóquei em patins (nesse ano o Porto ganhou também na Natação). Irrepetível, diriam alguns. Mas não. Cinco anos depois o Porto repetiu a façanha na gloriosa temporada da vitória em Gelsenkirchen (2004). É o sistema, diria o outro...
Voltemos ao 12 de Abril de 1999. Chego às imediações do Américo de Sá e logo na chegada vislumbro exactamente atrás de mim, o automóvel conduzido pelo nosso técnico José Magalhães. Um bom prenúncio, pensei. Antes de entrar no pavilhão encontro um colega de curso e confraternizamos um pouco. Moderadamente optimistas, diríamos um ao outro. É que pela minha cabeça passavam 1001 histórias do nosso andebol em jejum desde 1968 (ano do nosso último título). Na verdade e, desde que dedico atenção ao fenómeno desportivo (meados da década de 80), facilmente recordo campeonatos que o nosso andebol perdeu de forma dramática no último jogo, ora por infelicidade, ora por nervosismo, mas principalmente por factores alheios que me escuso de referir neste texto de recordação da mais bela noite vivida no nosso já demolido pavilhão Américo de Sá.
Com elevada ansiedade entro no pavilhão que até à hora de início de jogo enche por completo. Nunca o pavilhão das Antas tinha registado tamanha enchente. Falam em 7 mil pessoas!!! Era este o momento, pensei. Tinha que ser. O adversário era o ABC de Donner e no plantel Bracarense estava Carlos Resende, o melhor jogador luso de sempre (é hoje o nosso actual treinador). Não era a última jornada pois o FC Porto ainda ia receber o Sporting mas neste jogo estava proibido de perder. O empate deixava-nos ainda em vantagem mas com obrigação de ganhar ao também candidato Sporting enquanto (só) a vitória neste jogo nos dava de imediato o título que tanto ansiávamos. O FC Porto era uma equipa muito jovem com muito menos potencial (na teoria) que ABC e Sporting mas surpreendeu na fase final indo ganhar a Braga e a Alvalade (tínhamos ganho também em casa ao Belenenses e ganharíamos ainda ao Sporting nas Antas 5 dias depois desta memorável noite que neste post hoje destacamos) e tendo agora esta possibilidade magnífica de fazer história frente ao campeão do ano transacto, ABC de Braga.
O jogo esteve sempre muito equilibrado (ao intervalo vencíamos por 10- mas o público nunca deixou de acreditar mesmo quando o ABC passou para a frente (14-15) à entrada dos últimos 10 minutos. Ricardo Costa, assistido pelo genial Eduardo Filipe, fez o empate e depois Kavalenka com 2 golos fantásticos deu-nos uma vantagem de 2 golos (17-15) que o ABC ainda conseguiu reduzir. Com os níveis de ansiedade a provocarem constantes erros dos 2 lados, Kavalenka comete um erro e permite a última posse de bola aos Minhotos. Sentiu-se um silêncio sepulcral no até aí eufórico pavilhão. Nessa altura juro que fraquejei. O coração batia de forma assustadora e antevi mais uma desgraça. Mas não! Aquela era mesmo a nossa noite! O remate a 2 segundos do fim de Carlos Matos é defendido de forma heróica por Sérgio Morgado e depois, depois, meus amigos, foi a loucura, saltamos, gritamos, exultamos e choramos de forma absolutamente inesquecível. Com as lágrimas a escorrerem-me pelo rosto assisto depois à festa no recinto de jogo já invadido pela multidão. A mais bela noite do Américo de Sá…
O título que faltava a Pinto da Costa, também ele, presente no pavilhão e também ele emocionado a falar à RTP que deu o jogo em directo no canal 2. O FC Porto ganhou ao ABC por 17-16 e foi, finalmente, campeão Nacional de Andebol, 31 anos depois. No dia seguinte cheguei quase afónico ao meu local de trabalho e notei que alguns Portistas nem sabiam o que tinha sucedido na noite anterior. Não sabem o que perderam nessa noite. São momentos que jamais se apagarão da nossa memória. Momentos que gosto de partilhar. Momentos que deixaram vingadas muitas gerações de jogadores do andebol azul e branco impedidas da glória por factores obscuros. Momentos que fizeram o nosso Presidente chorar. Momentos em que se sente que um público levou uma equipa à glória. Momentos em que se obtém a resposta à pergunta: «porque alguém sofre tanto por este clube?»
De seguida, ficam os marcadores de golos do FC Porto nesse jogo e os restantes nomes dos jogadores, treinadores e directores que fizeram parte desta gloriosa época, e, principalmente, um VÍDEO com os momentos que atrás descrevi e a grande festa no final. Espero que gostem. Um agradecimento especial ao Mr. Cosmos que teve a amabilidade de o colocar «on-line» através da cassete vídeo «vhs» que estava guardada no meu arquivo, juntamente com os jornais, «JN» e «OJOGO» que digitalizei para poderem apreciar as capas do dia seguinte a essa conquista. Vale mesmo a pena recordar estes momentos através do vídeo de 18 minutos com os momentos finais do jogo (os últimos 7 minutos com 15-15 no marcador).
Jogadores do FC Porto: Eduardo Filipe (5 golos), Siarhei Kavalenka (5), Ricardo Costa (3), Dragan Bogdanovic (2), Ricardo Tavares (1), Rui Rocha (1), Sérgio Morgado, Danilo Ferreira, Manuel Arezes, Mário Soares, David Tavares, Hugo Vaz, Ricardo Candeias, José Pedro Coelho, Leandro Couceiro, Bruno Oliveira, Pedro Eliseu e Jorge Ribeiro. Treinador: José Magalhães; adjuntos: Luís Graça e Joaquim Capela. Responsável de Competição: João Moreira. Fisioterapeuta: Zaliston Torres. Directores da Secção: Nelson Almeida, Rui Monteiro, Carlos Gomes, Gil Santos, Fernando Reis e Sousa Ribeiro.
O FC Porto terminou este inesquecível campeonato (fase final) com 30 pontos, mais 3 que o ABC, mais 6 que o Sporting e mais 8 que o Belenenses.
Em apontamento final seguem duas questões para os leitores:
1) Onde estava neste dia e que importância teve para si esta histórica conquista da nossa equipa de andebol?
2) Ao ver o vídeo conseguem sentir a incrível emoção que existia naquele pavilhão e acreditam voltar a viver momentos daqueles no futuro «dragãozinho»?
Se eu tivesse que responder, diria que estive lá, no local da glória, no nosso pavilhão a sentir todas aquelas emoções ao vivo. Quanto à importância do feito alcançado basta sentirem o intenso prazer com que escrevo sobre este momento. Quanto à emoção que lá se viveu foi, de facto, tremenda e é mesmo isso que desejo para o novo pavilhão, glórias, glórias e mais glórias!!!
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FC Porto - Sporting (22-21) da época 1998/99, Pav. Américo Sá
Seis dias antes deste jogo que hoje aqui vos recordo, o pavilhão Américo de Sá vivera uma noite louca com muitos dos presentes (eu incluído) a não evitarem lágrimas de felicidade com o fim do jejum de 31 anos do andebol dos Dragões.
O jogo que nos deu o título (FC Porto/ABC Braga), pertencia à antepenúltima ronda da fase final, e por isso, este jogo com o Sporting (também nas Antas), fazia parte da penúltima jornada (na última deslocámo-nos ao Restelo).
Estávamos então no dia 18 de Abril de 1999 e, horas antes do jogo de futebol entre FC Porto e Campomaiorense (2-0), que acabou por resultar em mais um passo decisivo rumo ao pentacampeonato (matematicamente alcançado 1 mês depois, a 22 de Maio), os Dragões jogavam ali ao lado no “velhinho” Américo de Sá um encontro de consagração com os seus adeptos, 6 dias depois da inesquecível noite do tão badalado fim do jejum na modalidade andebol.
Era um jogo de festa depois do mais difícil já ter sido alcançado e por isso, os jogadores azuis e brancos entraram em ringue com os seus visuais a condizerem com o momento. Uma excelente casa no pavilhão das Antas com os pupilos de José Magalhães a entrarem mal num jogo que interessava muito mais ao Sporting (lutava pelo 2º lugar).
Ao intervalo, os Dragões perdiam por 3 golos de diferença, mas entraram na 2ª metade a todo o gás, conseguindo anular essa diferença e entrar nos minutos finais da partida em condições de lutar pela vitória.
O FC Porto nesta fase final do Nacional de Andebol, tinha 4 vitórias em 4 jogos e não queria falhar ao jogo 5 (falhou apenas no último, no 6º).
José Magalhães queria manter um registo de 2 anos sem qualquer derrota em casa e conseguiu-o efectivamente. Com 21-21 nos últimos instantes, o FC Porto ainda treme, mas Ricardo Costa em contra ataque marca e faz “explodir” um Américo de Sá ainda meio “estilhaçado” pelas emoções do jogo anterior.
Estava consumada a 5ª vitória consecutiva nesta fase final num jogo muito equilibrado, onde Eduardo Filipe (o meu ídolo no andebol) foi o mais eficaz entre os Portistas com 7 golos apontados, seguido de um grupo de 4 jogadores com 3 golos cada (Bogdanovic, Ricardo Costa, Rui Rocha e Ricardo Tavares), sobrando 2 golos para Kavalenka e 1 para Manuel Arezes.
O FC Porto despedia-se dos seus adeptos em perfeita euforia num ano inesquecível, pois além do andebol, festejaram-se também os títulos no futebol, basquetebol, hóquei e natação. O andebol dos Dragões acabou o campeonato com mais 3 pontos que o ABC de Braga, mais 6 que o Sporting e mais 8 que o Belenenses.
Delicie-se com este vídeo (inédito na internet) que recuperei de mais um VHS do meu arquivo pessoal. Pode ver o directo da RTP2 dos últimos 7 minutos do jogo com 20-20 no marcador (dá para observar o 21º golo por Bogdanovic e o 22º por Ricardo Costa).
Daniel Novo- Lenda Viva
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Re: Recordar o título de 1999, após 31 anos de jejum
Belos tempos
Lembro-me bem desse jogo frente ao ABC e salvo erro no dia seguinte a capa de "O Jogo" dava grande destaque ao título do FCP
Esse ano de 1999 foi desportivamente um ano fabuloso e tenho um feeling que nesta temporada também iremos festejar em futebol, hóquei, basket e andebol
Lembro-me bem desse jogo frente ao ABC e salvo erro no dia seguinte a capa de "O Jogo" dava grande destaque ao título do FCP
Esse ano de 1999 foi desportivamente um ano fabuloso e tenho um feeling que nesta temporada também iremos festejar em futebol, hóquei, basket e andebol
OrgulhoAzulBranco- Sócio Cativo
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