Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
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Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados:
EUA alargaram espionagem de líderes estrangeiros. Revelações confirmam preocupações com Teerão e incluem pedido do rei saudita para "cortarem a cabeça da serpente" iraniana.
O Irão obteve da Coreia do Norte mísseis capazes de atingir a Europa Ocidental e o secretário norte-americano da Defesa acredita que qualquer ataque militar a Teerão só atrasaria o programa nuclear iraniano por um a três anos.
As revelações, adiantadas pelo New York Times, constam de documentos de um lote de 250 mil entregues pelo site Wikileaks a um conjunto de jornais, os quais revelam, entre muitos outros aspectos, que os principais financiadores da rede terrorista Al-Qaeda continuam a ser doadores sauditas e que a China desenvolveu uma acção de sabotagem de computadores tendo por alvo os Estados Unidos e os seus aliados.
Informação extraída dos documentos de três anos de diplomacia norte-americana - que incidem principalmente sobre o período final da Presidência de George W. Bush e o inicial de Barack Obama, e vão até Fevereiro deste ano - indicam também que norte-americanos e sul-coreanos discutiram a perspectiva de uma Coreia unificada em caso de implosão do regime de Pyongyang, devido à transição de liderança, ou a problemas económicos.
Outra revelação indica que os EUA pediram aos seus diplomatas para intensificarem a recolha de informações sobre dirigentes estrangeiros. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e os representantes dos outros membros permanentes no Conselho de Segurança - França, Reino Unido, China e Rússia - foram também vigiados mais de perto.
O Departamento de Estado, revelam os relatórios e telegramas entregues também aos diários Le Monde, The Guardian, El País e à revista Der Spiegel, deu no ano passado aos funcionários de 38 embaixadas e missões diplomáticas uma detalhada relação das informações pessoais e de outra natureza que deviam obter sobre funcionários e representantes das Nações Unidas que se relacionam com o Sudão, Afeganistão, Somália, Irão e Coreia do Norte.
Despachos assinados pela secretária de Estado, Hillary Clinton, dão conta do tipo de elementos que devem ser recolhidos, os quais vão de dados pessoais sobre líderes estrangeiros às opiniões que têm sobre os Estados Unidos, referem os jornais.
Os documentos incluem revelações sobre assuntos como o terrorismo e a ameaça nuclear, mas também retratos cândidos de líderes estrangeiros.
As posições expressas são em muitos casos opiniões de diplomatas, que não vinculam necessariamente as posições oficiais de Washington. Mostram, em todo o caso, uma visão interna sobre o modo como a diplomacia de Washington vê outros Estados e acções que envolvem países como a Coreia do Norte, o Irão ou o Paquistão. "Oferecem um panorama inédito das negociações de bastidores tal como são feitas pelas embaixadas através do mundo", notou o diário norte-americano.
Entre as revelações de ontem à noite - e que em condições normais deveriam permanecer reservadas durante décadas - estão também a de que os EUA vigiam de perto a agenda islamista do primeiro-ministro turco, Recip Erdogan, e que os países árabes pediram a Washington para travar o programa nuclear iraniano por qualquer meio. Parte dos documentos são muito recentes e datam de Fevereiro. Só o tempo vai permitir perceber até que ponto as revelações afectarão as relações dos Estados Unidos com os seus aliados.
O Guardian refere que o rei Abdullah, da Arábia Saudita, "apelou frequentemente" aos EUA para atacarem o Irão, a fim de travar o seu programa nuclear, segundo o embaixador saudita em Washington. O rei aconselhou os norte-americanos a "cortarem a cabeça da serpente" e assumiu que combater a influência iraniana no Iraque era uma prioridade sua e do seu governo, segundo documentos que citam afirmações feitas em Abril de 2008 pelo embaixador saudita em Washington, Adel al-Jubeir.
O embaixador norte-americano em Riade refere num relatório enviado à secretária de Estado Clinton, preparatório da sua visita de Fevereiro deste ano, que Abdullah afirmou que "se o Irão conseguir desenvolver armas nucleares, todos na região farão o mesmo, incluindo a Arábia Saudita". Também Israel pediu a Washington firmeza para com o regime de Teerão.Informações incompletas
Além de considerandos e comentários feitos sobre líderes estrangeiros - será pouco o apreço de representantes dos EUA pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e Vladimir Putin é considerado autoritário, por exemplo - os documentos revelados confirmam, segundo El País, a intensa actividade diplomática norte-americana para bloquear o Irão, que o predomínio da China na Ásia é visto como um dado adquiridos, bem como os esforços desenvolvidos junto dos países da América Latina para isolar o líder venezuelano, Hugo Chávez.
A Casa Branca condenou a divulgação de documentos diplomáticos, que referiu como "revelação imprudente de informações classificadas obtidas ilegalmente". As revelações podem pôr em risco vidas de pessoas que "em muitos casos vivem e trabalham em países opressores", diz o comunicado de Robert Gibbs, porta-voz do Presidente Obama. "Trazem riscos para os nossos diplomatas, para os membros da comunidade das informações e para pessoas do mundo inteiro que pedem aos EUA para os ajudar."
As revelações podem, além disso, segundo a administração americana, "comprometer discussões privadas com os dirigentes e chefes de partidos da oposição estrangeiros". "Quando a substância de conversações privadas é impressa na primeira página de jornais de todo o mundo, isso pode afectar profundamente os interesses dos EUA em política estrangeira, mas também a dos nossos amigos e aliados no mundo inteiro."
A preocupação com o impacto da fuga de informações levou nos últimos dias a diplomacia americana a entrar em contacto com diversos governos estrangeiros por causa do dossier Wikileaks. Clinton estabeleceu ela própria contactos com os executivos do Reino Unido, Israel, Austrália, Noruega, China, Dinamarca e Canadá.
A apreensão de Washington terá razão de ser. "Por vezes, as expressões usadas em documentos são de tal natureza que podem dinamitar as relações dos EUA com alguns dos seus principais aliados, noutras podem pôr em risco alguns projectos importantes da sua política externa, como a aproximação à Rússia ou o apoio a certos governos árabes", escreveu o El País.
11 de Setembro da diplomacia
O diário espanhol considera que depois das revelações de ontem "seguramente se poderá falar de um antes e de um depois no que respeita aos hábitos diplomáticos". O ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Franco Frattini, disse ainda antes da divulgação dos documentos, que afirmou desconhecer, que o dia de ontem era o "11 de Setembro da diplomacia mundial". "A essência da nossa política externa é a nossa capacidade para falar frontal e honestamente com os nossos parceiros estrangeiros e manter essas conversações fora do domínio público", comentou à Reuters Roger Cressey, antigo responsável pela cibersegurança dos EUA.
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Varekai- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Parece que agora surgiram uns telegramas sobre os voos da CIA em Portugal...
Varekai- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Polícia britânica descobriu provas contra os McCann
Num telegrama obtido pelo Wikileaks, o embaixador do Reino Unido diz ao congénere dos EUA que foi a polícia inglesa que descobriu provas que incrimanavam os pais da menina desaparecida.
Existe apenas um telegrama dos obtidos pelo Wikileaks que fala sobre o caso Madeleine McCann e, tal como revela o El País, resulta de uma conversa entre os embaixadores do Reino Unido e dos EUA em Lisboa em finais de 2007.
O primeiro conta ao segundo que foram os polícias britânicos que se deslocaram ao Algarve que descobriram as provas que incriminavam Kate e Gerry McCann pelo desaparecimento da pequena Maddie a 3 de Maio desses mesmo ano na Praia da Luz.
Uma revelação que é totalmente contraditória com aquilo que foi noticiado na altura, nomeadamente pela Imprensa britânica, que chegou muitas vezes a por em causa o trabalho de investigação da Polícia Judiciária. Recorde-se que os pais de Maddie foram constituídos arguidos pela justiça portuguesa, decisão que provocou grande celeuma entre os dois países. Afinal, segundo o telegrama, é o próprio embaixador britânico que confidencia que foram as autoridades inglesas que encontraram as provas que faziam dos denunciantes os principais suspeitos.
Richard Ellis, que acabava de chegar a Lisboa, visita o seu colega norte-americano e os dois abordam o assunto que corria, na altura, o mundo inteiro. Ao contrário do que transparecia para a opinião pública, o diplomata britânico revela que as policiais de Portugal e do Reino Unido estavam coordenadas e que tudo era tratado com o máximo de sigilo.
O drama, a tragédia, o horror... A notícia que ninguém esperava!
famaboys- Moderador
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Peplin- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Não percebo puto no que respeita a esta matéria. Alguém me explica assim o essencial sobre aquilo que tende a vir a passar?
portista1994- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
É mesmo uma surpresa !!!
Blue Dragon- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Gostei foi daquele telegrama em que os americanos chamam ao Manuel Alegre de "Alegrosaurius" e de dinossauro esquerdista
Varekai- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
portista1994 escreveu:Não percebo puto no que respeita a esta matéria. Alguém me explica assim o essencial sobre aquilo que tende a vir a passar?
Basicamente é um site que recebeu de umas fontes do Estados Unidos (americanos portanto) uma série de telegramas entre embaixadas e mensagens trocadas entre diplomatas. Alguns documentos são confidenciais e outros estão mesmo classificados como secretos. A maioria não tem nada de interessante mas existem sempre algumas coisas engraçadas.
Isto pode fomentar alguma tensão entre alguns países mas em princípio nada de mais, até agora nada por aí além foi revelado.
Toda a gente sabe que os diplomatas, como todas as pessoas tendem a falar de forma mais descontraída em privado, é normal.
Varekai- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Isso é a última polémica WikiLeaks, o site já corre há algum tempo com assuntos interessantes para todos verem. O mais polémico é o vídeo chamado "Collateral Damage" em que é gravado pela câmara(e com o "radio chatter" das tropas americanas) de um helicóptero Apache(ou dum AC-130, não tenho a certeza) e mostra um massacre a inocentes no Iraque. Baseados numa simples suspeita(e errada), os americanos atacam a rua quase toda, e quando chega uma carrinha para ajudar uma criança ferida eles destroem tudo o que mexe. É arrepiante o poder de fogo daquilo nas mãos de um idiota qualquer.
De Portugal, que eu me lembre, tem várias coisas: Uns planos e possíveis localizações do TGV; o relatório da PJ sobre o caso McCann e uns relatórios das tropas portuguesas no Iraque. Agora com a cimeira da NATO devem ter mais coisas mas já não vou lá há algum tempo. Nada de espectacular, mas para os mais curiosos é interessante.
De Portugal, que eu me lembre, tem várias coisas: Uns planos e possíveis localizações do TGV; o relatório da PJ sobre o caso McCann e uns relatórios das tropas portuguesas no Iraque. Agora com a cimeira da NATO devem ter mais coisas mas já não vou lá há algum tempo. Nada de espectacular, mas para os mais curiosos é interessante.
Blue Dragon- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Isso dos McCann não sei qual é a surpresa, sinceramente.
Joca- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Joca escreveu:Isso dos McCann não sei qual é a surpresa, sinceramente.
submundo- Lenda Viva
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Data de inscrição : 20/05/2010
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Joca escreveu:Isso dos McCann não sei qual é a surpresa, sinceramente.
Pois eu também não sei como raio não os prenderam.
baseado- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Blue Dragon escreveu:De Portugal, que eu me lembre, tem várias coisas: Uns planos e possíveis localizações do TGV; o relatório da PJ sobre o caso McCann e uns relatórios das tropas portuguesas no Iraque. Agora com a cimeira da NATO devem ter mais coisas mas já não vou lá há algum tempo. Nada de espectacular, mas para os mais curiosos é interessante.
Também fazem umas apreciações sobre algumas figuras do nosso panorama político, mas esqueceste-te do maior: os voos da CIA.
Peplin- Lenda Viva
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
baseado escreveu:Pois eu também não sei como raio não os prenderam.
Diplomacia e política metida ao barulho.
Peplin- Lenda Viva
- Mensagens : 4170
Data de inscrição : 20/05/2010
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Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Peplin escreveu:baseado escreveu:Pois eu também não sei como raio não os prenderam.
Diplomacia e política metida ao barulho.
Se fosse em Inglaterra com um casal de portugueses tu vias a diplomacia.
baseado- Lenda Viva
- Mensagens : 3028
Data de inscrição : 26/05/2010
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Localização : Lisboa
Re: Wikileaks põe à prova relação dos EUA com os seus aliados
Não havia, pura e simplesmente.
Peplin- Lenda Viva
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