[Futebol] Rabah Madjer
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[Futebol] Rabah Madjer
Rabah Madjer
Rabah Madjer nasceu a 15/02/1958 em Hussein Dey na Argélia e brilhou no F.C. Porto na década de 80 e foi considerado o melhor jogador Argelino de todos os tempos.
Começou a sua carreira no Onalait d’Hussein-Dey na temporada de 72/73, mudando no ano seguinte para o NA Hussein Dey onde ficou até 1983. Nesse ano Madjer transferiu-se para o futebol europeu, nomeadamente para o RC Paris de França permanecendo lá, até 1985 mudando-se depois para o Tours FC também de França ficando lá poucos meses. Na temporada de 85/86, Madjer mudou-se para o F.C. Porto aonde ganhou os seus maiores títulos tanto colectivos como individuais. No jogo de estreia Madjer marcou dois golos e deu o triunfo ao Porto sobre o Boavista por 2-1.
Em 1987, Madjer criou uma das maiores obras de arte do futebol mundial ao marcar um golo de calcanhar ao Bayern de Munique na final das Taças dos Clubes Campeões Europeus, garantindo o triunfo da equipa portista por 2-1. Esse momento irá ficar para sempre na lembrança de todos nós pois para além de ter sido um golo fenomenal deu a primeira vitória ao F.C. Porto na maior competição europeia de clubes. No mesmo ano o F.C. Porto foi disputar a final da Taça Intercontinental frente ao Penarol do Uruguai, num campo coberto de neve e também aí Madjer foi fenomenal pois marcou o golo da vitória por 2-1 já em prolongamento num chapéu fantástico. Madjer conquistou o título de melhor jogador da partida, ganhando um automóvel que depois foi vendido tendo o dinheiro ganho pela venda, sido partilhado por toda a equipa.
Depois Madjer teve uma breve passagem pelo Valência mas depressa regressou outra vez à equipa portista onde viria a terminar a sua carreira de jogador.
Madjer foi considerado o melhor jogador argelino de toda a história, jogando na selecção Argelina durante 14 anos pertencendo-lhe ainda o recorde de golos marcados na selecção, 40 golos em 87 jogos. Jogou em dois mundiais, em 1982 e em 1986 no Mundial do México onde Portugal também jogou. Com um palmarés riquíssimo, Madjer conquistou uma Bola de Ouro de África em 1987, tendo sido 2.º em 1985 e 3.º em 1990. Ganhou uma Taça das Nações Africanas em 1990, ganhou uma Taça da Argélia em 1979, foi eleito o melhor jogador argelino em 1987, pelo F.C. Porto conquistou, uma Taça dos Clubes Campeões Europeus e uma Taça Intercontinental em 1987, uma Supertaça Europeia em 1988, foi campeão português em 1986 e 1990, ganhou uma Taça de Portugal de 1991, conquistou duas Supertaças de Portugal em 1986 e 1991 e foi eleito o quinto melhor jogador africano do século XX.
Depois de abandonar a alta competição como jogador, Madjer, começou a sua carreira como treinador. Madjer treinou as camadas jovens do Porto, a selecção da Argélia, clubes do Qatar tais como Al Saad, Al Wakrah, e o Al Rayyan, chegou também a orientar uma selecção com os melhores jogadores africanos que defrontou uma selecção do resto do mundo. Recentemente começou uma carreira de comentador no Qatar para o canal Al-Jazeera Sports.
Texto retirado e adaptado do site blogportista.com
Rabah Madjer conta no seu curriculum com os seguintes troféus:
Vencedor taça das Nações Africanas em 1990 com a Argélia
1 Taça dos Campeões Europeus em 1987 com o FC Porto
1 Supertaça intercontinental em 1987 com o FC Porto
1 Supertaça Europeia em 1987 com o FC Porto
3 vezes vencedor do Campeonato Futebol de Portugal em 1986, 1988 e 1990 com o FC Porto
1 vez vencedor da Taça da Argélia em 1979 com o MA Hussein-Dey
2 vezes vencedor da Taça de Portugal em 1988 e 1991 com o FC Porto
2 Supertaças de Portugal em 1986 e 1991 com o FC Porto
Melhor Marcador da Liga dos Campeões Europeus: 1988 (4 golos) (FC Porto).
5° Melhor jogador africano do século pela IFFHS
Deixou de espalhar a sua magia pelos relvados na época de 1991, iniciando uma carreira de Treinador.
Durante a sua carreira jogou nos seguintes Clubes:
Época | Clube | País |
1972-1973 | Onalait d´Hussein-Dey | Argélia |
1973-1983 | NA Hussein Dey | Argélia |
1983-1985 | RC Paris | França |
1985-1985 | Tours FC | França |
1985-1988 | FC Porto | Portugal |
1988-1988 | Valência CF | Espanha | 1988-1991 | FC Porto | Portugal |
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Última edição por Argon em Ter Jul 20, 2010 10:44 am, editado 5 vez(es)
Futre- Lenda Viva
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Re: [Futebol] Rabah Madjer
o que é feito dele ?
Adriano17- Lenda Viva
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Re: [Futebol] Rabah Madjer
"Recentemente começou uma carreira de comentador no Qatar para o canal Al-Jazeera Sports."
Não encontrei mais nada, depois disso...
Não encontrei mais nada, depois disso...
Futre- Lenda Viva
- Mensagens : 2058
Data de inscrição : 20/05/2010
Localização : LX
Re: [Futebol] Rabah Madjer
até pensei q ele tivesse ligado ao fcpArgon escreveu:"Recentemente começou uma carreira de comentador no Qatar para o canal Al-Jazeera Sports."
Não encontrei mais nada, depois disso...
Adriano17- Lenda Viva
- Mensagens : 2105
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Idade : 36
Localização : Espinho
Re: [Futebol] Rabah Madjer
E por lá continua Argon, sempre que pode regressa a Portugal para rever velhos amigos.
fabuloso- Lenda Viva
- Mensagens : 2464
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Re: [Futebol] Rabah Madjer
Ele já treinou os júniores do Porto nos anos 90.
Um senhor jogador, fica sem dúvida no álbum de glória da História Portista!
Um senhor jogador, fica sem dúvida no álbum de glória da História Portista!
joao castro- Lenda Viva
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Idade : 46
Localização : Porto
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Grande craque
saudades .......
saudades .......
LFF- Treinador de Sofá
- Mensagens : 106
Data de inscrição : 23/08/2010
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Era um génio
Mas tb tinha defeitos , e o Artur Jorge implicava com ele por causa disso. Enfim ...
Mas fazia coisas uiiii
Alias o golo mais famoso dele é prova disso mesmo. Surreal e maravilhoso
Também marcou um de calcanhar fantastico, meses depois ao Belenenses numa goleada por 7-1 nas Antas
Mas tb tinha defeitos , e o Artur Jorge implicava com ele por causa disso. Enfim ...
Mas fazia coisas uiiii
Alias o golo mais famoso dele é prova disso mesmo. Surreal e maravilhoso
Também marcou um de calcanhar fantastico, meses depois ao Belenenses numa goleada por 7-1 nas Antas
LFF- Treinador de Sofá
- Mensagens : 106
Data de inscrição : 23/08/2010
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Estava fora-de-jogo.
badblood- Lenda Viva
- Mensagens : 1720
Data de inscrição : 20/05/2010
Idade : 36
Localização : Pndapetzim
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Mas contou ...
LFF- Treinador de Sofá
- Mensagens : 106
Data de inscrição : 23/08/2010
Faz hoje 25 anos que o Madjer chegou ao Porto
Entrevista ao jornal i - http://www.ionline.pt/conteudo/77214-madjer-o-meu-golo-mais-bonito-foi-calcanhar-ao-belenenses
Carlos Lopes nos JO em Los Angeles-1984, Rosa Mota nos JO em Seul-88, Fernanda Ribeiro nos JO em Atlanta-96. Já ficámos acordados de madrugada para ouvir o hino português. E também para festejar o título mundial do FC Porto, em 1987. O golo da consagração (um chapéu de aba larga: 30 metros) foi do argelino Madjer, que já havia construído a jogada do 1-0 de Gomes. E que, já agora, havia assistido Juary para o 2-1 com o Bayern Munique na final da Taça dos Campeões e que, dois minutos antes, marcara de calcanhar o golo do empate. Madjer só fez 148 jogos pelo FC Porto mas é um dos jogadores mais importantes da história azul e branca. Mas de onde é que ele veio? E como? E quando?
A esta última pergunta, a resposta é hoje, 8 de Setembro. Só que de 1985. Faz 25 anos que Madjer chegou ao Porto, via Tours, uma equipa da 2.a divisão francesa, que não o quis por mais uma época, por "insuficiências técnico-tácticas", de acordo com as declarações de um dirigente francês ao jornal "L''Équipe", na edição de 18 de Agosto desse ano. O i quis saber isso e muito mais. Entrevista ao quinto melhor jogador africano de sempre (atrás de Weah, Milla, Pelé e Belloumi) e ao mais influente estrangeiro do FC Porto (à frente de Jardel e Cubillas).
Boa tarde Madjer. Falo de Portugal.
Boa tarde, amigo. Tudo bem?
Tudo. Sabe que dia é amanhã?
8 de Setembro.
Isso não lhe diz nada?
Hãããã... Que falta um mês para eu chegar a Portugal. De férias.
Pronto, isso é agora. Mas a 8 de Setembro de 1985, o Madjer aterrou no Porto pela primeira vez. Lembra-se?
Sim, claro, no Aeroporto Sá Carneiro. Cheguei com o Lucídio Ribeiro, empresário português que trabalha muito no mercado francófono. Estava um dia cinzento. Fui para o hotel e daí para o Estádio das Antas, para ver o FC Porto-Penafiel [3-1, com golos de Semedo, Gomes e João Pinto] onde conheci toda a gente. Houve logo química: o presidente Pinto da Costa, o médico Lima Pereira, André, Frasco, Gomes, Futre, Eduardo Luís, Jaime Magalhães, João Pinto, Juary. Tudo gente cinco estrelas.
E Artur Jorge?
Também, também. Grande senhor do futebol.
Mas vocês tiveram os vossos problemas.
Sim, mas problemas com solução. Por muito bom que seja o espírito de uma equipa de futebol, e o FC Porto era como uma família, há sempre alguém às turras com alguém. Ou o presidente com o treinador ou o jogador com o treinador. São coisas que vão e vêm. E passam. Quando havia esses stresses, nada melhor que ir almoçar ou jantar.
Mas isso não se faz diariamente?
Não, digo almoçar ou jantar com a malta amiga. Nesses casos de stresse, organizávamos excursões à Póvoa de Varzim para comer e relaxar. O André era o líder espiritual desses convívios. Era também o mais divertido do plantel, sempre bem disposto e a contar anedotas. Como o Lima Pereira, outro capitão dentro e fora do campo e sempre pronto a comandar as suas tropas [risos]. Como o Futre, jovem e irreverente como só ele sabia. Resumindo: se houvesse algum stresse comigo, eles resolver-me-iam a situação num abrir e fechar de olhos. Percebes?
Claro. E porquê Póvoa de Varzim?
Invenções do André [risos]. Ele é de lá. Amigo, havia lá um restaurante fantástico. Não me perguntes o nome que não me lembro.
E lembra-se de como entrou na equipa do FC Porto?
Sim, sim. Muito bem. O primeiro jogo foi no Estádio da Luz, com o Benfica, na festa de inauguração do Terceiro Anel. Um jogo particular e empatámos 0-0. A estreia oficial foi também em Lisboa, mas no Restelo. Ganhámos 3-2 ao Belenenses e eu fiz duas assistências para o Gomes. Depois, recebemos o Sporting e vencemos 2-1. Até que veio o tal jogo que me desbloqueou, no Bessa. Foi 2-1 para nós e eu marquei os dois golos, os da reviravolta [Casaca fizera o 1-0]. Pronto, a partir daí, ninguém mais me agarrou.
Só na Póvoa de Varzim.
Pois é. Olha, daqui a um mês lá estarei. Ao volante do meu Toyota.
Qual? Aquele que ganhou em Tóquio?
Esse mesmo. Na final da Taça Intercontinental-1987, fui eleito o melhor em campo e ganhei um carro. Levei-o do Japão para Portugal e desde então nunca mais me desfiz dele. Está lá, guardado na garagem da minha casa, em Vila Nova de Gaia. Tenho o mesmo carro há 23 anos e está como novo. Nunca me deu problemas. Nem um! As marcas japonesas são, de facto, do mais fiável que há. Mas isto é só com carros. Porque já viste o tempo que estava em Tóquio naquele dia? Tudo menos fiável. Na véspera, nublado. No dia do jogo, nevava, nevava, nevava e não parava de nevar. Aquilo era impressionante. E eu que nunca tinha jogado na neve. Nem eu, nem os outros.
Nesse jogo marcou o golo da vitória.
Um grande chapéu quase do meio-campo. Foi o golo que mais prazer me deu, porque significou o título mundial. Mas não foi o mais bonito. Esse foi o de calcanhar...
Com o Bayern?
Não. A piada é essa. O melhor golo de calcanhar não foi esse, embora seja o mais falado em todo o mundo, porque foi numa final e com o poderoso Bayern. Hoje, se falarem de um golo à Madjer, todos sabem como é. Da mesma forma que ninguém esquece o slalom do Maradona com a Inglaterra em 1986 ou o penálti à Panenka em 1976. Mas a seguir à Taça dos Campeões, ganhámos 7-1 ao Belenenses [26 de Agosto de 1986, primeira jornada do campeonato nacional, na estreia de Rui Barros pelo FC Porto e de Marinho Peres como treinador dos azuis do Restelo], marquei três golos, o último deles de calcanhar, mais bonito que o de Viena. Sabes porquê?
Não.
Do cruzamento do Jaime Magalhães, recebi a bola com o pé esquerdo e dei com o calcanhar direito.
Mas então esse golo vi-o há poucos dias, na internet.
A sério? Não pode ser. Onde?
No YouTube.
Espera aí, vou buscar papel e caneta para anotar o endereço [espera] Diz-me lá.
É só ir ao site do YouTube e escrever "fc porto belenenses 7-1".
Mas isso é fantástico. Já ganhei o dia. Obrigado. Vou já rever esse golo. Tenho-o na memória. Agora vou copiá-lo para o computador. E posso mostrar aos meus amigos. Eles não acreditam em mim. Dá para acreditar nisso?
Saudades da união que existia entre os jogadores do porto, é o famoso "jogador à porto", aquele que é solidário com o clube e com os seus companheiros.
OBRIGADO MADJER.
Carlos Lopes nos JO em Los Angeles-1984, Rosa Mota nos JO em Seul-88, Fernanda Ribeiro nos JO em Atlanta-96. Já ficámos acordados de madrugada para ouvir o hino português. E também para festejar o título mundial do FC Porto, em 1987. O golo da consagração (um chapéu de aba larga: 30 metros) foi do argelino Madjer, que já havia construído a jogada do 1-0 de Gomes. E que, já agora, havia assistido Juary para o 2-1 com o Bayern Munique na final da Taça dos Campeões e que, dois minutos antes, marcara de calcanhar o golo do empate. Madjer só fez 148 jogos pelo FC Porto mas é um dos jogadores mais importantes da história azul e branca. Mas de onde é que ele veio? E como? E quando?
A esta última pergunta, a resposta é hoje, 8 de Setembro. Só que de 1985. Faz 25 anos que Madjer chegou ao Porto, via Tours, uma equipa da 2.a divisão francesa, que não o quis por mais uma época, por "insuficiências técnico-tácticas", de acordo com as declarações de um dirigente francês ao jornal "L''Équipe", na edição de 18 de Agosto desse ano. O i quis saber isso e muito mais. Entrevista ao quinto melhor jogador africano de sempre (atrás de Weah, Milla, Pelé e Belloumi) e ao mais influente estrangeiro do FC Porto (à frente de Jardel e Cubillas).
Boa tarde Madjer. Falo de Portugal.
Boa tarde, amigo. Tudo bem?
Tudo. Sabe que dia é amanhã?
8 de Setembro.
Isso não lhe diz nada?
Hãããã... Que falta um mês para eu chegar a Portugal. De férias.
Pronto, isso é agora. Mas a 8 de Setembro de 1985, o Madjer aterrou no Porto pela primeira vez. Lembra-se?
Sim, claro, no Aeroporto Sá Carneiro. Cheguei com o Lucídio Ribeiro, empresário português que trabalha muito no mercado francófono. Estava um dia cinzento. Fui para o hotel e daí para o Estádio das Antas, para ver o FC Porto-Penafiel [3-1, com golos de Semedo, Gomes e João Pinto] onde conheci toda a gente. Houve logo química: o presidente Pinto da Costa, o médico Lima Pereira, André, Frasco, Gomes, Futre, Eduardo Luís, Jaime Magalhães, João Pinto, Juary. Tudo gente cinco estrelas.
E Artur Jorge?
Também, também. Grande senhor do futebol.
Mas vocês tiveram os vossos problemas.
Sim, mas problemas com solução. Por muito bom que seja o espírito de uma equipa de futebol, e o FC Porto era como uma família, há sempre alguém às turras com alguém. Ou o presidente com o treinador ou o jogador com o treinador. São coisas que vão e vêm. E passam. Quando havia esses stresses, nada melhor que ir almoçar ou jantar.
Mas isso não se faz diariamente?
Não, digo almoçar ou jantar com a malta amiga. Nesses casos de stresse, organizávamos excursões à Póvoa de Varzim para comer e relaxar. O André era o líder espiritual desses convívios. Era também o mais divertido do plantel, sempre bem disposto e a contar anedotas. Como o Lima Pereira, outro capitão dentro e fora do campo e sempre pronto a comandar as suas tropas [risos]. Como o Futre, jovem e irreverente como só ele sabia. Resumindo: se houvesse algum stresse comigo, eles resolver-me-iam a situação num abrir e fechar de olhos. Percebes?
Claro. E porquê Póvoa de Varzim?
Invenções do André [risos]. Ele é de lá. Amigo, havia lá um restaurante fantástico. Não me perguntes o nome que não me lembro.
E lembra-se de como entrou na equipa do FC Porto?
Sim, sim. Muito bem. O primeiro jogo foi no Estádio da Luz, com o Benfica, na festa de inauguração do Terceiro Anel. Um jogo particular e empatámos 0-0. A estreia oficial foi também em Lisboa, mas no Restelo. Ganhámos 3-2 ao Belenenses e eu fiz duas assistências para o Gomes. Depois, recebemos o Sporting e vencemos 2-1. Até que veio o tal jogo que me desbloqueou, no Bessa. Foi 2-1 para nós e eu marquei os dois golos, os da reviravolta [Casaca fizera o 1-0]. Pronto, a partir daí, ninguém mais me agarrou.
Só na Póvoa de Varzim.
Pois é. Olha, daqui a um mês lá estarei. Ao volante do meu Toyota.
Qual? Aquele que ganhou em Tóquio?
Esse mesmo. Na final da Taça Intercontinental-1987, fui eleito o melhor em campo e ganhei um carro. Levei-o do Japão para Portugal e desde então nunca mais me desfiz dele. Está lá, guardado na garagem da minha casa, em Vila Nova de Gaia. Tenho o mesmo carro há 23 anos e está como novo. Nunca me deu problemas. Nem um! As marcas japonesas são, de facto, do mais fiável que há. Mas isto é só com carros. Porque já viste o tempo que estava em Tóquio naquele dia? Tudo menos fiável. Na véspera, nublado. No dia do jogo, nevava, nevava, nevava e não parava de nevar. Aquilo era impressionante. E eu que nunca tinha jogado na neve. Nem eu, nem os outros.
Nesse jogo marcou o golo da vitória.
Um grande chapéu quase do meio-campo. Foi o golo que mais prazer me deu, porque significou o título mundial. Mas não foi o mais bonito. Esse foi o de calcanhar...
Com o Bayern?
Não. A piada é essa. O melhor golo de calcanhar não foi esse, embora seja o mais falado em todo o mundo, porque foi numa final e com o poderoso Bayern. Hoje, se falarem de um golo à Madjer, todos sabem como é. Da mesma forma que ninguém esquece o slalom do Maradona com a Inglaterra em 1986 ou o penálti à Panenka em 1976. Mas a seguir à Taça dos Campeões, ganhámos 7-1 ao Belenenses [26 de Agosto de 1986, primeira jornada do campeonato nacional, na estreia de Rui Barros pelo FC Porto e de Marinho Peres como treinador dos azuis do Restelo], marquei três golos, o último deles de calcanhar, mais bonito que o de Viena. Sabes porquê?
Não.
Do cruzamento do Jaime Magalhães, recebi a bola com o pé esquerdo e dei com o calcanhar direito.
Mas então esse golo vi-o há poucos dias, na internet.
A sério? Não pode ser. Onde?
No YouTube.
Espera aí, vou buscar papel e caneta para anotar o endereço [espera] Diz-me lá.
É só ir ao site do YouTube e escrever "fc porto belenenses 7-1".
Mas isso é fantástico. Já ganhei o dia. Obrigado. Vou já rever esse golo. Tenho-o na memória. Agora vou copiá-lo para o computador. E posso mostrar aos meus amigos. Eles não acreditam em mim. Dá para acreditar nisso?
Saudades da união que existia entre os jogadores do porto, é o famoso "jogador à porto", aquele que é solidário com o clube e com os seus companheiros.
OBRIGADO MADJER.
carlosporto- Caloiro
- Mensagens : 19
Data de inscrição : 16/08/2010
Idade : 49
Localização : Arruda dos Vinhos
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Tópico movido para a História do FC Porto, espaço dedicado ao Madjer!
Um dos melhores jogadores de sempre da nossa história!!!
joao castro- Lenda Viva
- Mensagens : 6008
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Localização : Porto
Re: [Futebol] Rabah Madjer
"fc porto X belenences 7-1"
golo de calcanhar de Madjer
https://www.youtube.com/watch?v=sktJAww6xYA&feature=player_embedded
golo de calcanhar de Madjer
https://www.youtube.com/watch?v=sktJAww6xYA&feature=player_embedded
carlosporto- Caloiro
- Mensagens : 19
Data de inscrição : 16/08/2010
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Localização : Arruda dos Vinhos
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Abriste de novo o tópico?
joao castro- Lenda Viva
- Mensagens : 6008
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Localização : Porto
Re: [Futebol] Rabah Madjer
joao castro escreveu:Abriste de novo o tópico?
já existia?
carlosporto- Caloiro
- Mensagens : 19
Data de inscrição : 16/08/2010
Idade : 49
Localização : Arruda dos Vinhos
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Só tenho pena de não o ter visto actuar. Pelo que me falaram dele
E aquele calcanhar
E aquele calcanhar
submundo- Lenda Viva
- Mensagens : 3524
Data de inscrição : 20/05/2010
Idade : 33
Re: [Futebol] Rabah Madjer
entrevistas do I <3
a.lopes- Lenda Viva
- Mensagens : 1010
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Re: [Futebol] Rabah Madjer
carlosporto escreveu:joao castro escreveu:Abriste de novo o tópico?
já existia?
Eu reencaminhei o primeiro para a secção de história.
joao castro- Lenda Viva
- Mensagens : 6008
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Re: [Futebol] Rabah Madjer
Que golaço
JackBauerPT- Sócio Cativo
- Mensagens : 928
Data de inscrição : 21/05/2010
Localização : Trofa
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Só a mim é que as entrevistas do i parecem bem falseadas?
Joca- Lenda Viva
- Mensagens : 4242
Data de inscrição : 20/05/2010
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Localização : Lisboa
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Joca escreveu:Só a mim é que as entrevistas do i parecem bem falseadas?
Depois de tantas entrevistas em que deram essa sensação e depois de tantos entrevistados nunca se terem queixado do que foi escrito, cada vez há menos razões para achar isso.
UnReal- Lenda Viva
- Mensagens : 2326
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Localização : Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto
Re: [Futebol] Rabah Madjer
Bom golo, mas sinceramente acho que o de Viena tem outra genialidade que este não tem. Nem que seja "só" pelo simples facto de ser numa final da Taça dos campeões europeus quando o resultado estava desfavoravél.
P.S.: No outro dia na Fnac tive a brilhante ideia de meter a correr em janela grande do Youtube o resumo desse mesmo jogo num monitor gigante da apple
P.S.: No outro dia na Fnac tive a brilhante ideia de meter a correr em janela grande do Youtube o resumo desse mesmo jogo num monitor gigante da apple
Última edição por Varekai em Qua Set 08, 2010 7:34 pm, editado 1 vez(es)
Varekai- Lenda Viva
- Mensagens : 3350
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Localização : Oeiras
Re: [Futebol] Rabah Madjer
submundo escreveu:Só tenho pena de não o ter visto actuar. Pelo que me falaram dele
E aquele calcanhar
Mesmo!
baseado- Lenda Viva
- Mensagens : 3028
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