Polícia evitou crimes graves no Porto-Benfica

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Na preparação da operação de segurança para o último jogo no estádio do Dragão, entre o FC Porto e o Benfica, a PSP, bem como o Serviço de Informações e Segurança (SIS), tiveram conhecimento fundamentado, de que adeptos dos clube nortenho estavam a preparar acções de elevada violência contra os benfiquistas.

As ameaças, consideradas com real possibilidade de se desencadearem, iam desde cercar os adeptos benfiquistas, quando estes chegassem ao Porto, para os agredir; ao arremesso de pedras ou outros objectos contra eles, caso a polícia os impedisse de aproximar; até ao apedrejamento do comboio onde viajavam, ou mesmo, ainda mais grave, à colocação de objectos na linha férrea, para fazer descarrilar as carruagens. "Nunca tínhamos detectado este tipo de ameaças. Estavam muito empolgados", lembra o subcomissário Sérgio Soares, chefe da Unidade Metropolitana de Informações Desportivas, da PSP.

A "prevenção teve aqui um papel determinante para evitar que algo de grave acontecesse", sublinha este oficial. Para evitar que as ameaças se tornassem realidade, a PSP, com apoio da GNR em algumas zonas, empenhou um "aparato" sem precedentes, quase como de um "cenário de guerra" se tratasse, disse ao DN um responsável da Unidade Especial de Polícia.

Todos os viadutos e pontes sobre a linha de comboio estavam policiadas e havia um helicóptero a sobrevoar para dar informações do terreno. Com os adeptos viajavam cerca de 100 elementos do Corpo de Intervenção, fortemente armados que, nas ruas do Porto, os protegeram. Foram detidos 12 adeptos do Porto, o maior número de detenções de sempre num jogo.