[ARQUIVO] Mudança de Equipa Técnica

Villas-Boas: Regresso a casa
Villas-Boas iniciou-se nos dragões e continua a ser favorito à substituição de Jesualdo
00h30m
MIGUEL AMORIM

André Villas-Boas, Vítor Pereira e José Guilherme. O primeiro perfila-se como sucessor de Jesualdo Ferreira e os outros dois como seus possíveis adjuntos, no Dragão. A passagem pelas camadas jovens do F. C. Porto é um traço comum aos três.

A chamada de técnicos que já prestaram serviços na casa bem pode ser a via seguida por Pinto da Costa para atacar a próxima temporada. André Villas-Boas, da Académica, mantém-se como o predilecto para assumir a chefia do futebol portista, podendo Vítor Pereira, do Santa Clara, e José Guilherme, da FPF, seguirem o mesmo caminho, como adjuntos.

Os três passaram pelo departamento de formação dos azuis e brancos. A entrada de Villas-Boas no mundo futebolístico coincidiu com a gerência de Bobby Robson, entre 1994 e 1996. Sob a coordenação de Ilídio Vale, hoje à frente da selecção portuguesa de sub-19, o F. C. Porto arquitectou um modelo inovador para o "edifício" jovem e nele encaixou Villas-Boas, então com 17 anos, mas já no desempenho de funções técnicas. O projecto visava não só formar jogadores, mas também treinadores. Na medida do possível, Robson acompanhava os trabalhos do departamento e a sua presença era um bom alento. Na altura, José Mourinho não interferia na mecânica juvenil. Villas-Boas dava nas vistas pela ambição e pela paixão colocadas nas lides diárias.

"Escola" do FCDEF

Em 2000, surgiu a oportunidade de ir treinar a selecção das Ilhas Virgens Britânicas, nas Caraíbas, não tendo o F. C. Porto colocado entraves à sua saída, pois a mudança até era vista, nas Antas, como uma experiência enriquecedora. Ao fim de seis meses estava de regresso, de novo ao futebol jovem. Posteriormente, com a chegada de Mourinho, em 2002, deu o salto para os seniores. Mourinho assumiu a condução de todo o futebol e introduziu alguns ajustes na formação. Villas-Boas já estava em trânsito, especializando-se na observação das equipas adversárias, com o sucesso conhecido. Seguiu viagem com o "special one" para o Chelsea e para o Inter, até à emancipação na Académica.

Os outros nomes para o banco portista, Vítor Pereira e José Guilherme, também treinaram nos escalões jovens. São licenciados pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FCDEF), à semelhança de José Mário, adjunto de Villas-Boas em Coimbra, e todos integraram o elenco dirigido por Ilídio Vale, cuja permanência no F. C. Porto estendeu-se ao longo de 19 anos.

Conforme o JN deu conta, Pedro Emanuel e Capucho estão na calha para acrescentar à equipa técnica a tão propalada mística do clube, aprendida no balneário, enquanto jogadores. Aos 32 anos, Villas-Boas está na iminência de, pela primeira vez na vida, assumir a liderança de um projecto com tão grande envergadura. Mas, a constante aprendizagem e a evolução ao lado do melhor treinador do Mundo, acrescidas do manancial de recursos da estrutura portista, acalentam a esperança de que esta aposta seja capaz de levar a nau a um porto seguro.

Villas Boas deve ser apresentado como novo técnico do FC Porto

O FC Porto parece já ter novo treinador. André Vilas Boas deve ser apresentado nos próximos dias. Será o técnico mais jovem de sempre a assumir os destinos do clube.


O acordo entre André Vilas Boas e o FC Porto está alcançado, faltando nesta altura definir a composição da equipa técnica. De acordo com a imprensa desportiva desta manhã, Vítor Pereira ex-Santa Clara regressa ao “dragão” para fazer parte da equipa técnica juntamente com Pedro Emanuel e o preparador físico José Guilherme.

Nas próximas hora o FC Porto deve ainda chegar a um entendimento com a Académica, clube com o qual Vilas Boas tem mais um ano de contrato. A cláusula de rescisão do técnico é de 500 mil euros, valor acessível para os cofres do “dragão”.

Pinto da Costa prepara-se, assim, para quebrar com aquilo que tem sido um hábito ao longo dos últimos anos, em que a aposta passou sempre por treinadores com experiência acumulada.

André Vilas Boas tem 32 anos, é portista e prepara-se para ser o técnico mais jovem de sempre a orientar os “dragões”. Vilas Boas é reconhecido pelas suas competências técnicas, capacidade mobilizadora e por ter um estilo de jogo atraente, capaz de tirar o melhor partido das potencialidades do plantel do FC Porto.

Paulo Bento, Domingos Paciência e o brasileiro Muricy Ramalho eram outros nomes falados para treinador do FC Porto.

Villas-Boas está garantido
VAI ASSINAR POR UM ANO COM OUTRO DE OPÇÃO

Pinto da Costa decidiu, está decidido: André Villas-Boas será o sucessor de Jesualdo Ferreira no comando técnico do FC Porto. O jovem treinador, de 33 anos, acabou por ser o escolhido entre os 50 nomes que o presidente disse ter em estudo. Agora, a contratação será oficializada ainda esta semana e o antigo adjunto de José Mourinho tem à sua espera um contrato de um ano de ligação, com mais um de opção. Villas-Boas está garantido no FC Porto, mas a sua apresentação não será feita durante o dia de hoje.

Neste momento, só falta mesmo que FC Porto e Académica acertem últimos detalhes para que a transferência fique consumada. Os azuis e brancos estão apostados em baixar o valor da cláusula de rescisão do técnico, que aponta aos 500 mil euros, e nesse sentido esperam poder incluir o empréstimo de alguns jogadores no negócio, aparecendo o nome de Castro como uma das principais possibilidades para rumar a Coimbra.

Visto isto, Villas-Boas prepara-se para regressar à casa que lhe abriu as portas para o futebol e fá-lo pela porta grande, ou seja, pelas mãos de Pinto da Costa. Apesar de tudo isso, as exigências serão grandes. Villas-Boas terá a missão de reconquistar o título nacional ao Benfica e também o de fazer um brilharete na Liga Europa, prova na qual o FC Porto surge como um dos principais favoritos à vitória final.

Uma fasquia bem alta para aquele que se tornará no mais novo treinador da história do FC Porto. Apesar de a sua experiência como treinador principal se resumir a uma passagem de 4 meses pela Académica e a meio ano nas Ilhas Virgens Britânicas, Villas-Boas já tem um longo percurso no futebol. Depois de ter feito alguns trabalhos de estatística para Bobby Robson, passou a treinador assistente das camadas jovens do FC Porto e acabou por sair para as Ilhas Virgens. Depois, regressou à Invicta na mesma altura em que José Mourinho assumiu a liderança técnica dos azuis e brancos e acabou por integrar a equipa do "Special One" até janeiro último, tendo-o acompanhado tanto no Chelsea, como no Inter. Já em Itália, abandonou o departamento de observação e passou a servir Mourinho como adjunto. O resto da história, já todos conhecem e, agora, inicia-se um novo capítulo.

Espectáculo por sistema
TOMAZ ANDRADE

A poucas horas da oficialização do acordo com André Villas-Boas, os adeptos do FC Porto interrogam-se sobre que tipo de futebol irão apreciar ou que tipo de sistema táctico irá ser adoptado no Dragão. Para esclarecer todas as dúvidas, o próprio Villas-Boas responde. "Quero implementar um futebol agradável, de ataque, de espectáculo". Convém dizer que a resposta tem cinco meses e resultou de uma insistência sobre a táctica preferida do treinador, na entrevista concedida a O JOGO, a única que deu desde que iniciou a carreira como treinador principal, numa altura em que a Académica espantava a Liga Sagres pelo atrevimento do seu futebol.

Nesta entrevista, Villas-Boas não se comprometeu verbalmente com nenhum sistema táctico por uma razão simples: "o futebol exprimir-se-á sempre como um todo e nunca apenas pela vertente táctica". Olhando para os jogos da Académica ao longo da última época, contudo, a resposta está escarrapachada: é o 4x3x3.

Sendo adepto de um futebol de ataque e que privilegie o espectáculo, é lógico que o sistema mais vezes usado só podia ser este, até porque é, talvez, o que melhor se adapta às características dos jogadores mais comuns no campeonato nacional. "A cultura do futebol português aprecia a excelência técnica, a criatividade e a posse. A nossa ideia de jogo de qualidade e futebol espectáculo baseia-se nesses três itens e que se traduzem em equipas como a Holanda, o Barcelona ou o FC Porto de 2002/03, que venceu a Taça UEFA", disse na mesma entrevista. Por curiosidade, em 2002/03 André Villas-Boas estava, por indicação de Mourinho, no gabinete de observação de adversários e espiou todas as equipas que o FC Porto defrontou na caminhada até Sevilha.

Apologista da máxima que "o futebol é muito mais decidido pelos jogadores do que pelos treinadores", Villas-Boas costuma tentar contrariar um resultado negativo com uma mudança táctica. A perder, e isso viu-se nos jogos com o FC Porto e o Benfica, por exemplo, o treinador tirou um central e meteu um médio-ofensivo. A equipa ficou em 3x4x3. Exemplos.

Frases

"A cultura do futebol português aprecia a excelência técnica, a criatividade e a posse. A nossa ideia de jogo de qualidade e futebol espectáculo baseia-se nesses três itens"

"Quero implementar um futebol agradável, de ataque, de espectáculo"

"O futebol exprimir-se-á sempre como um todo e nunca apenas pela vertente táctica"

"O futebol é muito mais decidido pelos jogadores do que pelos treinadores"

André Villas-Boas, Treinador

Nuno90 escreveu:

Villas-Boas: Regresso a casa
Villas-Boas iniciou-se nos dragões e continua a ser favorito à substituição de Jesualdo
00h30m
MIGUEL AMORIM

André Villas-Boas, Vítor Pereira e José Guilherme. O primeiro perfila-se como sucessor de Jesualdo Ferreira e os outros dois como seus possíveis adjuntos, no Dragão. A passagem pelas camadas jovens do F. C. Porto é um traço comum aos três.

A chamada de técnicos que já prestaram serviços na casa bem pode ser a via seguida por Pinto da Costa para atacar a próxima temporada. André Villas-Boas, da Académica, mantém-se como o predilecto para assumir a chefia do futebol portista, podendo Vítor Pereira, do Santa Clara, e José Guilherme, da FPF, seguirem o mesmo caminho, como adjuntos.

Os três passaram pelo departamento de formação dos azuis e brancos. A entrada de Villas-Boas no mundo futebolístico coincidiu com a gerência de Bobby Robson, entre 1994 e 1996. Sob a coordenação de Ilídio Vale, hoje à frente da selecção portuguesa de sub-19, o F. C. Porto arquitectou um modelo inovador para o "edifício" jovem e nele encaixou Villas-Boas, então com 17 anos, mas já no desempenho de funções técnicas. O projecto visava não só formar jogadores, mas também treinadores. Na medida do possível, Robson acompanhava os trabalhos do departamento e a sua presença era um bom alento. Na altura, José Mourinho não interferia na mecânica juvenil. Villas-Boas dava nas vistas pela ambição e pela paixão colocadas nas lides diárias.

"Escola" do FCDEF

Em 2000, surgiu a oportunidade de ir treinar a selecção das Ilhas Virgens Britânicas, nas Caraíbas, não tendo o F. C. Porto colocado entraves à sua saída, pois a mudança até era vista, nas Antas, como uma experiência enriquecedora. Ao fim de seis meses estava de regresso, de novo ao futebol jovem. Posteriormente, com a chegada de Mourinho, em 2002, deu o salto para os seniores. Mourinho assumiu a condução de todo o futebol e introduziu alguns ajustes na formação. Villas-Boas já estava em trânsito, especializando-se na observação das equipas adversárias, com o sucesso conhecido. Seguiu viagem com o "special one" para o Chelsea e para o Inter, até à emancipação na Académica.

Os outros nomes para o banco portista, Vítor Pereira e José Guilherme, também treinaram nos escalões jovens. São licenciados pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FCDEF), à semelhança de José Mário, adjunto de Villas-Boas em Coimbra, e todos integraram o elenco dirigido por Ilídio Vale, cuja permanência no F. C. Porto estendeu-se ao longo de 19 anos.

Conforme o JN deu conta, Pedro Emanuel e Capucho estão na calha para acrescentar à equipa técnica a tão propalada mística do clube, aprendida no balneário, enquanto jogadores. Aos 32 anos, Villas-Boas está na iminência de, pela primeira vez na vida, assumir a liderança de um projecto com tão grande envergadura. Mas, a constante aprendizagem e a evolução ao lado do melhor treinador do Mundo, acrescidas do manancial de recursos da estrutura portista, acalentam a esperança de que esta aposta seja capaz de levar a nau a um porto seguro.

in Jornal de Notícias

playah escreveu:Pedro, Capucho, treinador do Santa Clara e quem mais?