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[Reportagem] Série Call of Duty: um festim bélico

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Mensagem por Varekai Seg Ago 23, 2010 9:54 am

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Série Call of Duty: um festim bélico:

Guerra. É uma invenção humana de que ninguém gosta - com excepção para alguns políticos -, mas é um tema que vende muitos títulos para consolas e computadores, principalmente quando o jogador é colocado na perspectiva da primeira pessoa, ou seja, nos olhos do soldado. Há jogos de estratégia militar que tiveram imenso sucesso ao longo das últimas duas décadas, mas poucas pessoas têm qualificações para chegar a general. Por isso, quando se trata de pegar numa brutal M249 SAW de 100 disparos consecutivos, o que não falta são praças prontos a carregar a arma e assegurar um lugar na linha de confronto.

Esta mistura, entre tema e género, é uma das mais bem sucedidas de sempre nos videojogos e chegou aos nossos botões no início da década de 90, com o lançamento de "Wolfenstein 3D" - que de 3D nada tinha, a não ser a sensação de profundidade criada pelo movimento de blocos 2D. Outros títulos famosos logo lhe seguiram as pegadas, tais como "Doom", "Quake" (o primeiro realmente 3D) e "Unreal Tournament". São inúmeros os jogos deste tipo que saíram até agora, onde até são imaginados cenários alienígenas e armas de mão por impulso magnético, mas há uma série em particular que se mantém fiel à transposição da realidade humana para a experiência de jogo - "Call of Duty".

Excluindo as expansões e lançamentos paralelos, esta série teve início em 2003, produzida pela Infinity Ward e distribuida pela Activision, e manteve os seus três primeiros títulos principais em cenários da Segunda Guerra Mundial, incluindo o desembarque das tropas aliadas na Normandia - joga-se sempre do lado dos aliados e combatendo por diferentes nações. No quarto lançamento, foi acrescentado o sub-título "Modern Warfare", passamos a jogar sempre como soldados americanos, e os cenários reflectem conflitos mais recentes, tais como a Rússia e o Azerbeijão. Há até uma missão de camuflagem em Pripyat, a cidade abandonada depois da explosão nuclear de Chernobyl. O quinto título, "Modern Warfare 2", transporta o jogador para o Afeganistão e para uma favela no Rio de Janeiro (este imbuido de uma tensão muito peculiar). Também há uma invasão russa em território americano, onde a Casa Branca é totalmente destruída e o paradeiro do presidente é desconhecido. Uma parte polémica deste jogo é passada no Aeroporto Internacional de Moscovo, onde um grupo de terroristas ataca uma multidão sem piedade - o que causou alguma controvérsia na comunidade internacional.

Uma das funcionalidades sempre presentes em "Call of Duty" é a possibilidade de poder utilizar qualquer arma do jogo, mesmo as dos inimigos liquidados que ficam no chão, perto dos seus cadáveres, ou as rotativas fixas de alto calibre. Assim a munição torna-se algo ilimitada, pois a cada passo existe uma nova oportunidade de armazenar mais balas de determinada categoria. O senão é que o jogador tem de procurar as munições correctas para a arma que carrega e, ainda por cima, só pode carregar duas armas diferentes - mesmo que opte por duas pequenas pistolas ou combinar uma metralhadora de alto calibre com uma espingarda com mira telescópica. Mas, ao longo da série, a escolha é vasta - desde as primitivas metralhadoras utilizadas pelos alemães a meio do século passado até à tecnologia de ponta com clipes extensos e mira térmica, passando por vários tipos de equipamento pesado, Desert Eagles, AK-47, MP5 silenciadas... um festim bélico!
Ao contrário de jogos semelhantes, aqui a arma de recurso - a mítica faca activada pela tecla "1" - é utilizada como um movimento único ("melee") que deve ser aplicado numa reacção repentina em situações de combate próximo, quando um inimigo se aproxima demais e não há tempo de recarregar ou trocar a arma de fogo.

Outro aspecto a destacar é a já referida utilização ilimitada de equipamentos fixos de alto calibre, uma experiência que foi evoluindo ao longo da série para novos métodos - embora de utilização limitada face ao seu potencial. Em "Call of Duty 3", por exemplo, é possível disparar o canhão de um tanque em movimento. A evolução que "Modern Warfare" oferece é uma missão nos céus, dentro de num bombardeiro, onde há dois tipos de munições para garantir a segurança de uma coluna militar que se desloca em terra. Já em "Modern Warfare 2", o controlo de um "drone" (veículo aéreo não pilotado por humanos) é feito num computador portátil com ligação via satélite em plena frente de combate, onde o jogador manipula com precisão o destino do míssil projectado.

Nesta série não existe muita liberdade de exploração. Há muitos mapas onde é possível desobedecer às linhas de jogo e inventar movimentos para flanquear um inimigo, mas na generalidade todos os jogos seguem um caminho rígido e é difícil passar por uma frente inimiga sem a aniquilar. Outro aspecto negativo a destacar nesta chamada do dever está também inserido no próprio "gameplay" (experiência de jogo) e refere-se ao processo de colocação dos adversários digitais e da sua inteligência artificial. Tendo em conta que o desenvolvimento nos cenários é faseado, para obedecer à ficção por detrás das armas, os inimigos aparecem quase sempre no mesmo sítio e por ondas, ou seja, é preciso assegurar um local protegido e limpar todos os mauzões do ecrã antes de avançar para a próxima zona. Em caso contrário, a morte é certa.

Mesmo comparando esta lacuna à memorável complexidade da inteligência artificial de "Far Cry" - onde era quase impossível repetir um método de ataque por mais de duas tentativas -, não é motivo suficiente para deixar passar ao lado qualquer um dos títulos principais desta série. Alguns deles ultrapassados pela tecnologia, mas todos com ambientes de guerra bem criados, que proporcionam várias horas de treino de tiro ao alvo, seja com o rato do computador ou com o joystick analógico de um comando. Treino este que é essencial para a componente online sempre presente de multiplayer. Esta área nunca foi esquecida nestes títulos e tem sido uma grande aposta para os títulos futuros, tal como "Call of Duty - Black Ops", que será lançado em Setembro, desde o primeiro dia de produção que tem uma equipa a desenvolver o jogo em rede e promete ser uma boa experiência para os dedos mais eficientes.
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Mensagem por Nuno90 Seg Ago 23, 2010 12:48 pm

Call of Duty Prayer Prayer Prayer

Dos primeiros que joguei quando tive o meu primeiro computador e dos primeiros que retomei quando comprei o meu pc novo (andei 2 anos sem poder jogar nada porque o meu pc não aguentava).

A história do MW1 & MW2 é fantástica. Quando acabei o 2 fiquei a implorar pelo 3! 8D
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