Irlanda já pediu ajuda ao FMI

Irlanda já pediu ajuda ao FMI. Conheça as várias reacções

A Irlanda acabou por pedir a intervenção da União Europeia e do FMI para um apoio financeiro de menos de 100 mil milhões de euros. Especialistas da UE e do FMI chegaram à capital da Irlanda há três dias para analisar os números do governo, do tesouro e dos bancos, e estabelecer a dimensão do pacote de ajuda de que o país necessitaria para salvar os bancos.

A Irlanda é o segundo país a receber apoio financeiro este ano, depois da Grécia. Esta medida já provocou várias reacções.

Para o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, este plano de ajuda "alivia receios" e, no entender do mesmo, é "positivo para a estabilidade da zona euro". Também para o líder do Eurogrupo, o primeiro ministro do Luxemburgo, Jean-Calude Juncker, os casos da Irlanda e de Portugal são diferentes porque a banca portuguesa "continua em relativa boa saúde".

Já para o economista Nogueira Leite, a ajuda financeira do FMI e da União Europeia à Irlanda acalmará no curto prazo a pressão sobre a Zona Euro, mas não elimina os problemas de Portugal.

Quanto ao economista Nuno Sampayo Ribeiro, o pedido de ajuda financeira de Irlanda à União Europeia e ao FMI deverá aumentar a pressão dos mercados sobre Portugal, tornando ainda mais importante a execução rigorosa dos compromissos internacionais. Uma opinião partilhada por Braga de Macedo ao afirmar que o pedido de ajuda da Irlanda aumenta a pressão sobre Portugal para mostrar que a situação é diferente e que estão a ser tomadas medidas para ultrapassar os problemas.

O embaixador da Irlanda em Portugal, Declan O''Donovan, lembra que esta "não é uma questão apenas da Irlanda, é uma questão dos mercados internacionais olharem para além da Irlanda. Nos últimos meses, Portugal tem sido visto como um próximo candidato [a receber ajuda financeira externa] e discute-se ainda a Espanha e a Itália".

O responsável diz ainda que é "muito perigoso" dizer que é apenas a Irlanda que está com dificuldades e que nesta altura tudo o que se disser pode ter efeito negativo nos mercados internacionais. No entender do embaixador, aumentar o imposto sobre as empresas na Irlanda pode ser como dar um "tiro no pé" de toda a União Europeia, não existindo qualquer garantia de que esse investimento permaneça em solo comunitário.

Para já, sabe-se que o Reino Unido vai emprestar oito mil milhões de euros à Irlanda, no quadro da ajuda financeira que a Europa e o Fundo Monetário Europeu (FMI) vão dar a Dublin.

Irlanda vai receber 85 mil milhões da UE e do FMI
Governo vai apresentar esta quarta-feira novo plano de austeridade

Já há um valor concreto do pacote de ajuda à Irlanda. A União Europeia e o FMI vão emprestar 85 mil milhões de euros a Dublin para recapitalizar os bancos e equilibrar as contas públicas, segundo foi revelado pela televisão pública do país.

O resgate financeiro da Irlanda vai aumentar o rácio de capital das instituições financeiras de 8% para 12%, numa tentativa de devolver a confiança aos investidores e prevenir futuras situações de instabilidade.

O vice-director do Fundo Monetário Internacional veio dizer ontem que as negociações entre o fundo e a Irlanda estão avançar rapidamente, mas é a Dublin tomar as decisões políticas necessárias.

Será conhecido esta quarta-feira o plano de austeridade que o Governo pretende pôr em prática. O primeiro-ministro Brian Cowen anunciou já que, depois de aprovado o Orçamento, serão convocadas eleições antecipadas.

Entretanto, o país continua debaixo de todos holofotes, já que a agência de notação financeira Standard & Poor`s decidiu baixar o «rating» da Irlanda em dois níveis. E promete novo corte.

In Agência Financeira

witch escreveu:FMI

portistasanonimos escreveu:

witch escreveu:FMI

Não tenhas medo. Se o FMI "vier" para Portugal vai mexer mais nos esquemas dos "cães grandes" do que aos pobres. É que levarem mais do que o que já levam é praticamente impossível.

Peplin escreveu:

portistasanonimos escreveu:

witch escreveu:FMI

Não tenhas medo. Se o FMI "vier" para Portugal vai mexer mais nos esquemas dos "cães grandes" do que aos pobres. É que levarem mais do que o que já levam é praticamente impossível.

Fia-te nisso, fia-te.

portistasanonimos escreveu:

Peplin escreveu:

portistasanonimos escreveu:

witch escreveu:FMI

Não tenhas medo. Se o FMI "vier" para Portugal vai mexer mais nos esquemas dos "cães grandes" do que aos pobres. É que levarem mais do que o que já levam é praticamente impossível.

Fia-te nisso, fia-te.

Eu até acho que é inevitável eles virem. Por isso já estou mentalizado. Podes apostar que para os mais pobres a situação não piora com a chegada do FMI.

portistasanonimos escreveu:Eu até acho que é inevitável eles virem. Por isso já estou mentalizado. Podes apostar que para os mais pobres a situação não piora com a chegada do FMI.

Ireland's austerity budget: the key points

Ireland's finance minister Brian Lenihan unveiled a record austerity budget on Tuesday, in a bid to secure the IMF and EU's agreed €67.5bn bail-out.

The 2011 budget will squeeze €6bn out of the economy through €4bn in cuts and €2bn in tax adjustments. Here are the key points:


TAXATION

Income tax:

Mr Lenihan said the top rate of income tax – when levies introduced last year are abolished and folded in – will remain at 52pc with a reduction in the value of income tax bands and tax credits instead yielding additional revenue of €395m and €435m apiece.

Tax reliefs:

The abolition and restriction of a number of tax reliefs – including property-based legacy reliefs – will yield some €150m extra next year and help to draw a line under the tax breaks for high earners that helped fuel Ireland's property and spending boom.

Energy taxes and incentives:

The price of petrol increased by 4pc and diesel by 2pc from midnight to yield €106bn extra in government revenue next year.

Standard rated tax relief will be available on expenditure up to €10,000 on a list of approved energy-saving works on homes. The total relief available under the scheme in any one tax year will be €30m, which would allow for remedial works to be carried out on a minimum of 15,000 homes.

Aviation taxes:

Mr Lenihan said the state would take a one-off €56m hit by reducing the air travel tax to €3 from €10. However, he warned airlines that the reduction in the tax should not be used as an opportunity to raise fees and charges.

Business taxes:

There was no change to Ireland's relatively low 12.5pc corporation tax – the subject of opposition in some capitals in Europe – and Mr Lenihan said Ireland would defend the rate against all comers. He also maintained the three-year corporation tax exemption for start-up companies.

Mr Lenihan extended a car scrappage scheme – introduced last year and responsible for increased vehicle purchases this year – until the end June 30, 2011

Property taxes:

Mr Lenihan said he wanted to bring confidence to Ireland's battered housing market and will amend how stamp duty is charged by bringing in a new flat rate of 1pc tax on all residential property transactions up to a value of €1m and 2pc to amounts above €1m.


EXPENDITURE

The budget provides for day-to-day government spending savings totalling €2.2bn – the majority of which will be sought through social welfare and health cuts – with the other €1.8bn in expenditure savings achieved through reductions in capital spending.

Ministerial pay:

Mr Lenihan stood by a deal agreed with unions not to cut public sector pay but said the Prime Minister's salary would be cut by a further €14,000 with ministerial pay shaved by another €10,000. Lenihan also said he wants to bring in a salary cap of €250,000 in the public sector.

Social welfare:

The government will seek to save €873m in the social protection budget, with almost half of those savings derived from a 4pc reduction in basic unemployment benefit and the same cut to public sector pensions. The state pension remained the same while reductions of child benefit will yield €149m.

Healthcare:

The health and childcare budget is to be cut by €746m with the brunt of savings sought in drug costs, professional fee payments and payroll saving from voluntary redundancies.

Education:

Savings in other areas next year will be in double digit million figures with the exception of €170m to be taken out of the education budget achieved through reductions in student support schemes, capitation grant and a hike in the cost of attending university.

Peplin escreveu:

Queres mesmo apostar? É melhor não.

Dou-te só um cheirinho do que fizeram na Grécia:

- Nº de empresas públicas reduzidas em mais de 30%;
- Aumento médio da idade da reforma de 61 para 65 anos;
- Subida do 3ºescalão do IVA de 19 para 23%;
- Limite de 800€/mês para 13º e 14ºmês nas reformas. Reformas acima dos 2500€/mês deixaram de receber 13º e 14ºmês;
- Aumento em 10% dos impostos sobre o álcool, tabaco e combustíveis;
- Redução média dos salários no sector público na ordem dos 3%;
- Redução nos subsídios de férias e Natal em 30 e 60%, respectivamente.

Estas medidas foram tomadas em Março e ainda há mais. Como não cumpriram a meta do défice para 2010, vão ter que apresentar novas medidas de austeridade para continuar a receber os fundos do empréstimo.

Não substimes o FMI. Se eles meterem os pés em Portugal, isto vai ficar muito, mas muito feio. As pessoas ainda não têm bem a noção do que vai ser 2011...