Jogos do FCPorto na Liga de Basquetebol

FC Porto 'virtual' campeão da fase regular

ARTIGO
Por Sapo Desporto c/Lusa

No final do encontro, as estatísticas voltaram a pender para o FC Porto, que teve 17 lançamentos de três pontos em 29 ocasiões, contra 6 em 11 dos "encarnados".

O FC Porto venceu quarta-feira na visita ao Benfica, por 103-84, em jogo em atraso da 15.ª jornada, e garantiu matematicamente a vitória na fase regular da Liga portuguesa de basquetebol, quando faltam disputar três rondas.
A superioridade do FC Porto foi notória durante todo o encontro, em que o colectivo de Moncho Lopez revelou solidez defensiva, melhor circulação de bola e uma eficácia muito expressiva nos lançamentos de três pontos.

Até ao intervalo, o FC Porto concretizou 12 em 20 oportunidades, enquanto o Benfica, pouco esclarecido nas acções ofensivas, apenas somou três em seis.

No final do encontro, as estatísticas voltaram a pender para o FC Porto, que teve 17 lançamentos de três pontos em 29 ocasiões, contra 6 em 11 dos "encarnados".

O FC Porto entrou com maior acerto e esteve sempre em vantagem até aos cinco minutos, altura em que o Benfica, com Miguel Minhava a distinguir-se, passou pela frente (13-12).

A equipa de Henrique Vieira voltou a permitir que o FC Porto, com Nuno Marçal bem sucedido nos lançamentos de três pontos, se adiantasse novamente, acabando por terminar o primeiro período com 13 pontos de vantagem e o segundo com 18.

Após o intervalo, o Benfica, bicampeão nacional em título, reagiu e até somou mais pontos do que o FC Porto (25 contra 17), iniciando o quarto período com menos 10 pontos.

No quarto período, o FC Porto manteve a superioridade e a tranquilidade, acabando por somar os dois pontos, frente a um Benfica que estreou o norte-americano Marquin Chandler, que foi o melhor marcador da equipa, com 23 pontos.

Henrique Vieira assume que Benfica "não se preparou mentalmente" para o FC Porto

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Por SAPO Desporto c/Lusa

O FC Porto venceu quarta-feira na visita ao Benfica, por 103-84, em jogo em atraso da 15.ª jornada, e garantiu matematicamente a vitória na fase regular da Liga portuguesa de basquetebol, quando faltam disputar três rondas.

O treinador do Benfica, Henrique Vieira, assumiu quarta-feira que a equipa não se preparou mentalmente para o jogo com o FC Porto, da 15.ª jornada da fase regular da Liga de basquetebol, que perdeu 104-83.

«Não nos preparámos mentalmente para este jogo. Fomos egoístas. Isto é uma modalidade colectiva, isto é para passar a bola. E quando não somos colectivos no ataque, a defesa não pode funcionar», disse Henrique Vieira.

O técnico do Benfica, que viu o FC Porto garantir em plena Luz a vitória matemática na fase regular, disse que o conjunto portista «fez o quis» e aludiu à necessidade de «rectificar» a atitude.

Por seu lado, o espanhol Moncho Lopez considerou que o FC Porto fez «um jogo perfeito» e referiu que «não se pode encontrar nenhum aspecto negativo».

«Foi uma entrada muito boa, controlámos a diferença e só no terceiro e quarto períodos é que fiquei com dúvidas, face a muitas situações de falta. Os árbitros também podem cometer erros, mas deram um bocado de vida ao Benfica e baixaram o ritmo de jogo. Isso não permitiu que disparássemos ainda mais no marcador», disse.

DRAGÕES APAGAM A LUZ COM VITÓRIA NA FASE REGULAR

Se dúvidas havia, o jogo da Luz fez o favor de as dissipar. O FC Porto Ferpinta é a melhor equipa da fase regular. E fez questão de o demonstrar em Lisboa, na noite de quarta-feira, com uma exibição soberba, uma pontuação de três dígitos e uma diferença de 19 pontos (84-103) que não reserva espaço à mais ténue especulação. A três jornadas do final, os Dragões já venceram a época regular.

Uma abordagem ao jogo marcada por um ritmo intenso e uma eficácia notável no lançamento exterior lançou os azuis e brancos para uma exibição absolutamente demolidora, questionada apenas por breves segundos, precisamente no único instante em que esteve em desvantagem (13-12), ainda no decorrer do primeiro período, e ao qual respondeu com um parcial esclarecedor de 17-0.

Impressionante a todos os níveis e de fácil prova no recurso à análise de qualquer dado estatístico, o desempenho portista, em particular no primeiro quarto, foi sobretudo inspirado no «tiro» exterior, com Sean Ogirri e Nuno Marçal a somarem sete triplos e a provocarem o «disparo» no resultado, que ao intervalo assumia uma expressão confortável de 18 pontos de vantagem (36-54).

Depois de um recomeço menos conseguido, os Dragões reavivaram as diferenças nas movimentações defensivas e na eficácia do lançamento exterior, traçando novas distâncias para além da vintena de pontos, que sofreria uma discreta redução já nos últimos instantes da partida, depois de um abrandamento de ritmo gerido por Moncho López, que, ainda assim, permitiu ultrapassar a barreira dos 100 pontos.

Sean Ogirri (6), Nuno Marçal (5) e José Costa (4) converteram 15 dos 17 triplos portistas e emergiram entre os melhores do encontro, mas seria Carlos Andrade, com a exibição mais completa e perfeita, expressa em 15 pontos, 5 ressaltos, 7 assistências e 6 roubos de bola, a distinguir-se como o MVP da partida.

FICHA DE JOGO

III Campeonato da Liga, 15.ª jornada
23 de Março de 2011
Pavilhão da Luz, em Lisboa

Árbitro principal: Carlos Santos (Lisboa)
Árbitros auxiliares: Pedro Coelho e Fernando Rezende

BENFICA (84): Miguel Minhava (15), António Tavares (3), Sérgio Ramos (3), Heshimu Evans (19), Gregory Jenkins (4); Diogo Carreira (2), Ben Reed (9), Elvis Évora (6), Marquin Chandler (23)
Treinador: Henrique Vieira

FC PORTO (103): Sean Ogirri (18), Nuno Marçal (23), Carlos Andrade (15), Greg Stempin (5) e Julian Terrell (15); José Costa (14), Diogo Correia (4), Miguel Miranda (4), João Soares (3), David Gomes (2) Pedro Catarino (0)
Treinador: Moncho López

EFEITO TRIPLO

Se há triplo, há Dragão por perto. A três jornadas do final, além de líder e de virtual vencedor da fase regular, o FC Porto Ferpinta distingue-se como a equipa com mais lançamentos exteriores convertidos (198) e aquela que detém o melhor registo num só jogo (19). João Santos é o mais eficaz, mas Sean Ogirri é quem mais marca (45).

A eficácia revelada no lançamento de três pontos é, inclusive, uma das razões primordiais que explicam e acrescentam o melhor ataque da competição (1657 pontos) a um leque alargado de argumentos repetidamente patenteados pela equipa orientada pelo galego Moncho López, que detém também a melhor defesa da prova (1327).

Ao longo das 19 jornadas disputadas, a prática do «tiro» para além da linha dos 6,75 metros rendeu 594 pontos, número que atesta a apetência portista e cifra em cerca de 36 por cento a contribuição conseguida através da alternativa mais difícil de conseguir um cesto para o montante global.

A destreza e a ditadura azul e branca nos lançamentos exteriores é igualmente confirmada nos recordes estabelecidos por jogo. A marca de 17 triplos conseguida na noite de quarta-feira, na Luz, é só o segundo melhor registo da época, ainda que os indicadores mais elevados da fase regular tenham o adversário como denominador comum.

A melhor performance triplista da época data de 13 de Novembro de 2010, quando o FC Porto Ferpinta venceu o Benfica, por 91-74, no Dragão Caixa, com a conversão de 19 lançamentos exteriores a exercerem maior peso na pontuação global do que os 17 triplos somados no Pavilhão da Luz, numa contabilidade final de 103 pontos.

No cruzamento de dados estatísticos dos dois jogos da fase regular que opuseram FC Porto Ferpinta e Benfica, emerge Sean Ogirri, que, numa e noutra situação, converteu 6 de 10 lançamentos exteriores. O base norte-americano é, inclusive, o Dragão com mais triplos (45), mas os portistas mais eficazes na matéria são João Santos (47%) e José Costa (43%), que integram o top3 da competição na variante do lançamento longo.

A supremacia azul e branca no «tiro» exterior é, por fim, certificada pela participação no jogo que produziu mais triplos: aconteceu à quinta jornada, com Sampeaense (11) e FC Porto Ferpinta (15) a proporcionarem a conversão de 26 lançamentos exteriores, numa vitória portista por 75-106.

Norberto Alves diz que a Académica está obrigada a jogar "nos limites” com o FC Porto

O treinador de basquetebol da Académica, Norberto Alves, afirmou hoje que a sua equipa vai ter que jogar "nos limites" para ultrapassar domingo o FC Porto, no Dragão Caixa, em jogo da 20.ª jornada da Liga.

"Vai ser um jogo exigente, face à qualidade da equipa do Porto, dos seus jogadores, do seu trabalho e da sua organização. São uma excelente equipa o que implica que para vencer - é esse o nosso objectivo, obrigam-nos a jogar nos nossos limites", afirmou o técnico dos "estudantes".

Norberto Alves reiterou que a Académica tem hipóteses de ascender ao 2º lugar, mas para isso terá de vencer os últimos 3 jogos da fase regular: Porto, Benfica e Sampaense.

"Temos consciência que estes jogos são de grande dificuldade, mas a Académica vai apelar às suas características para os procurar vencer: união, disciplina táctica e coragem", começou por dizer o técnico, em antevisão ao encontro com o líder", comentou.

Em relação à semana de trabalho, o técnico referiu que esta correu normalmente: "Cumprimos os objectivos a que nos propúnhamos e os atletas, apesar de algumas mazelas, irão estar todos disponíveis para defrontar o FC Porto com a atitude fantástica de sempre".

A Académica defronta o líder FC Porto no domingo, às 18:00, no Pavilhão Dragão Caixa, no Porto, em jogo da 20.ª jornada da Liga de basquetebol.

«É PARA GANHAR E JOGAR BEM»

A vitória na fase regular, consumada na Luz com uma chuva de triplos, inspira Greg Stempin para uma série de metas a atingir, sendo que a primordial e, paradoxalmente, mais distante só será atingida com a conquista do título. No imediato, quer manter a invencibilidade no Dragão, precisamente frente à equipa responsável pela única derrota da agenda portista em 19 jornadas: a Académica.

O acerto de contas de um desaire (76-71) em Coimbra, a 18 de Dezembro do ano passado, faz-se a partir das 18h00 de domingo e o extremo/poste norte-americano vai avisando que é intenção portista dar continuidade ao um crescente apuro de forma, a pensar também nas exigências dos playoffs.

Apurar a forma
«O estado de espírito da equipa é elevado, depois de termos garantido o primeiro lugar da fase regular, o que nos concede a vantagem do “factor casa” durante os playoffs. No entanto, restam-nos três jogos até ao final, partidas que pontualmente pouco significam, mas que ainda assim vamos querer vencer e jogar bem. Queremos continuar o nosso apuro de forma progressivo para a fase decisiva.»

Manter invencibilidade no Dragão
«Não podemos relaxar, sob pena de criarmos maus hábitos e começarmos a jogar mal enquanto equipa, o que quer dizer que vamos fazer tudo para continuarmos a jogar o nosso melhor basquetebol. Além do mais, temos outros objectivos intermédios que queremos atingir e um deles é manter a invencibilidade no Dragão Caixa.»

Impor ritmo e intensidade
«Contra a Académica, vamos impor o nosso basquetebol, o nosso ritmo e alta intensidade de jogo. Se assim for, estou confiante de que vamos alcançar mais uma vitória. Não podemos permitir que a equipa contrária dite e controle o ritmo de jogo.»

Excelentes atiradores
«Temos realizado jogos com muitas assistências, o que traduz uma grande solidariedade e espírito de equipa. Por vezes, os triplos, à imagem do que aconteceu na Luz, surgem por isso mesmo: a bola é jogada para os jogadores interiores, que, vendo um companheiro livre, não hesitam em fazê-la circular. O restante está relacionado com a qualidade dos nossos jogadores, que são excelentes atiradores. Somos uma equipa com várias soluções.»

Quota-parte de lesões
«Sinto-me em forma, bem como a maior parte do plantel, à excepção do João Santos, que voltou a parar. Espero que ele consiga recuperar bem, de forma a poder ajudar-nos nos playoffs. Penso que já tivemos a nossa quota-parte de lesões esta temporada. Se conseguirmos ter toda a equipa a 100 por cento, vai ser muito difícil vencerem-nos.»

Moncho López fez alinhar a seguinte equipa:

Sean Ogirri (26), Nuno Marçal (12), Carlos Andrade (9), Gregory Stempin (14) e Julian Terrell (9). Jogaram ainda: Diogo Correia (5), João Soares, Pedro Catarino (5), Miguel Miranda (9), David Gomes (4), Miguel Cardoso (2) e José Costa (9).

OGIRRI CONDUZ DRAGÕES PARA LÁ DA BARREIRA DOS 100

Existe melhor maneira de exorcizar fantasmas do que escrevê-lo com três dígitos? Responsável pela única derrota no registo portista da fase regular e pelo afastamento dos azuis e brancos da Taça de Portugal, a Académica deixou o Dragão vergada ao peso de uma derrota por 30 pontos (104-74) e pelo brilho do opositor, que voltou a ultrapassar a barreira da centena no espaço de quatro dias.

Abrir o jogo ao «tiro», com um triplo de Sean Ogirri, parecia ser um bom indicador, especialmente depois de confirmado na sequência de lançamentos exteriores alargada por Nuno Marçal. Mas um número anormal de «turn-overs» (7) comprometeria o êxito estratégico no primeiro período, apenas reparado nos últimos instantes do segundo quarto.

Três triplos sem resposta, saídos direitinhos ao cesto das mãos de Sean Ogirri, Carlos Andrade e José Costa reverteram, definitivamente, o rumo do encontro e permitiram aos Dragões sair para o intervalo em vantagem (46-39). Esse seria apenas o princípio do pesadelo da Académica, a única equipa que conseguira vencer os azuis e brancos em 20 jornadas e aquela que liderara a partida até então.

Ao final do terceiro período, marcado por um ritmo intenso, o FC Porto Ferpinta acumulava uma vantagem de 30 pontos (77-47), depois do melhor dos seus parciais, que juntou acerto defensivo à eficácia de lançamento, num misto amplamente comprovado pelos números: 31-8.

Com o jogo ganho, Moncho López acrescentou minutos e experiência aos jogadores menos utilizados, mas nem o plano de rotatividade impediu os Dragões de manter a diferença e de ultrapassar a barreira dos 100 pontos pela segunda vez em quatro dias. E entre os encontros da Luz, onde garantiu a vitória na fase regular a meio da semana, e o do Dragão persiste outra semelhança, além daquela que se escreve com três dígitos: Ogirri voltou a converter 6 triplos, com a vantagem estatística de ter gasto, desta vez, menos um lançamento (9) e de emergir como o melhor marcador e MVP, com 26 pontos, 5 ressaltos, 2 assistências e 2 roubos de bola.

No final, Moncho López reconheceu «o nervosismo e a ansiedade» revelados pela equipa no primeiro período, distinguindo no apoio do público o factor de viragem. «Marcar 104 pontos ao terceiro classificado não é fácil, à imagem, aliás, do que aconteceu na quarta-feira, frente ao segundo», sublinhou o treinador galego, antes de avançar a intenção de manter o nível revelado. «Sabemos que não é fácil, porque não somos máquinas, mas vamos tentar», prometeu.

FICHA DE JOGO

III Campeonato da LPB, 20.ª jornada
27 de Março de 2011
Dragão Caixa, no Porto
Assistência: 1.006 espectadores

Árbitro principal: Luís Lopes (Porto)
Árbitros auxiliares: Paulo Marques e Pedro Costa

FC PORTO FERPINTA (104): Sean Ogirri (26), Carlos Andrade (9), Nuno Marçal (12), Greg Stempin (14) e Julian Terrell (9); José Costa (9), Miguel Miranda (9), João Santos (0), Diogo Correira (5), David Gomes (4), Pedro Catarino (5), Miguel Cardos (2)
Treinador: Moncho López

ACADÉMICA (74): Diogo Simões (4), William Holland (12), Fernando Sousa (, Matthew Shaw (20) e Tommie Eddie (16); Tiago Pinto (5), Bruno Costa (0), Daniel Caluico (1), Francisco Destino (
Treinador: Norberto Alves

Ao intervalo: 46-39
Por períodos: 19-23, 27-16, 31-8 e 27-27

Daniel Novo escreveu:Cá está o resumo do site do Porto:

OGIRRI CONDUZ DRAGÕES PARA LÁ DA BARREIRA DOS 100

FC PORTO FERPINTA (104): Sean Ogirri (26), Carlos Andrade (9), Nuno Marçal (12), Greg Stempin (14) e Julian Terrell (9); José Costa (9), Miguel Miranda (9), João Santos (0), Diogo Correira (5), David Gomes (4), Pedro Catarino (5), Miguel Cardos (2)
Treinador: Moncho López

http://www.fcporto.pt/OutrasModalidades/Basquetebol/Noticias/noticiabasquetebol_basfcpacademicacro_270311_60146.asp