Análise completa à equipa de Hóquei em Patins
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Análise completa à equipa de Hóquei em Patins
Muito se tem falado de Violência, Futebol, Jogadores de Futebol, Treinadores de Futebol, Tácticas, Comentadores, Jornais e Televisões e acabamos por esquecer por momentos que existem outros guerreiros que lutam pela nossa camisola (tirando como é claro, o meu Amigo Lucho que dedica o seu tempo às modalidades), uns de patins e de stick na mão, outros com uma pequena bola e cheia de resina, outros têm que enfiar a bola no cesto, outros têm que nadar e outros lutam com o taco de bilhar de forma a aumentarem o nosso já vasto palmarés e mostrarem a força do Dragão ou aquilo que significa representar o FC Porto.
Sem querer menosprezar alguma das modalidades do FC Porto, decidi falar naquela modalidade que sempre me prendeu mais atenção, onde ainda hoje tenho um ídolo de miúdo e olho para ele como o Super-Homem (ele é Vítor Hugo). Falo do hóquei em patins, modalidade que pratiquei em miúdo, mas a falta de jeito era tanta que desisti... e a modalidade deve dar graças a tal decisão da minha parte.
Numa altura em que pouco se liga às modalidade, eu como gosto de ser o “mete nojo”, decidi lembrar a todos o porquê da falta de interesse das televisões (quando ouço um parolo na TV a dizer que é um desporto sem emoção e que não se vê a bola, respondo logo: “o jogo do Pico deves ter visto de costas para o ringue”). Esta falta de interesse prende-se ao facto do clube que mais vezes vence, é o FC Porto, por mais regras que se inventem, por mais sistemas de apurar campeões se imaginem ou até por muito que queiram promover um desporto que só interessa aos clubes da segunda circular. Este desporto merece mais respeito do que aquele que tem tido.
Quanto à modalidade no FC Porto, essa conta com um vastíssimo palmarés tanto a nível nacional como a nível internacional (só esta secção, arrecadou 107 títulos, distribuídos entre seniores e formação), numa secção que só teve início no nosso clube em 1955, e como gosto de provar aquilo que digo, ora aqui fica o Palmarés dos Seniores:
a) Liga dos Campeões Europeus: 1985/86; 1989/90
b) Taça CERS: 1993/94; 1995/96
c) Taça das Taças: 1981/82; 1982/83
d) Supertaça Europeia: 1985/86
e) Campeonato Nacional: 1982/83; 1983/84; 1984/85; 1985/86; 1986/87; 1988/89; 1989/90; 1990/91; 1998/99; 1999/00; 2001/02; 2002/03; 2003/04; 2004/05; 2005/06; 2006/07; 2007/08; 2008/09; 2009/2010
f) Taça de Portugal: 1982/83; 1984/85; 1985/86; 1986/87; 1987/88; 1988/89; 1995/96; 1997/98; 1998/99; 2004/05; 2005/06; 2007/08; 2008/09
g) Supertaça Nacional: 1982/83; 1983/84; 1984/85; 1985/86; 1986/87; 1987/88; 1988/89; 1989/90; 1990/91; 1994/95; 1996/97; 1998/9; 2004/05; 2005/06; 2006/07; 2007/08; 2008/09
Estas conquistas e este panorama de superioridade, vem acompanhado de notáveis Treinadores:
António Livramento – Nunca o vi jogar, embora os clubes que representou não interessem nem ao menino Jesus, mesmo assim, foi como Jogador e Treinador que deixou a sua marca que ainda no tempo em que comecei a jogar, era referência.
Vladimiro Brandão - O primeiro a vencer uma competição Europeia, mesmo que tenha sido contra o Sporting, foi a nossa primeira conquista Internacional.
Cristiano – Foi quem substitui o Brandão no comando técnico, depois de encostar os patins. Em boa hora o fez. Levou o FC Porto muito longe e a conquistas nacionais e internacionais do outro mundo.
José Fernandes – Ainda não faz muito tempo que estive com ele em amena cavaqueira. Está actualmente a treinar o OCB. Foi outro brilhante treinador que passou pela nossa casa.
Franklim Pais – Ainda o consegui ver como jogador, neste caso, como Guarda-redes, e tal como jogador, transportou a mística do vencer para a função de treinador. Fica a faltar a este homem um título Europeu, mas eu acredito que vai ser este ano, no entanto, 9 campeonatos e com o 10º como possibilidade, entrou já para o “Hall of fame”.
Como notáveis jogadores, é só verem a lista composta por Vítor Hugo, Cristiano Pereira, Vítor Bruno, Pedro Alves, Franklim Pais, Tó Neves, Realista, Allente, Vítor Bruno, Almas, Reinaldo Garcia, Alberto Orlandi, etc, etc e etc.
Falando da secção de Hóquei actual, há logo um nome que para mim é incontornável, Sr. Ilídio Pinto; coloquei "Senhor", porque não é todos os dias que se vê alguém dedicar uma vida (mais de 30 anos de FC Porto) ao FC Porto e com o lema Vencer, Vencer e Vencer.
Mas como tudo na vida, uma equipa, mesmo a directiva, não se faz de um homem só. Podemos contar com o esforço, trabalho e igual dedicação à do Sr. Ilídio Pinto, os nomes de João Baldaia, Eurico Pinto, Joaquim Sousa e Mário Menezes, que compõe uma equipa vencedora a todos os níveis.
Como equipa técnica, não convém esquecer o trabalho de Franklim Pais à frente da equipa com 9 campeonatos conquistados de forma consecutiva, mas mais uma vez, dirigir uma equipa não é trabalho de uma pessoa só, e por isso, há que destacar o trabalho de equipa com o nosso Renato Almeida e o nosso técnico de equipamentos ou mecânico, Francisco Carlos (o que era dos nossos meninos sem este Homem), juntamente com a equipa médica António Sousa, Daniel Portela, Márcio Castro e Frederico Raposo.
Quanto ao plantel e às estrelas dos patins, aqui estão elas:
Edo Bosch nº 47 – Um catalão tripeiro que andou pelo Vila Nova, Réus e Noia, mas quando chegou a altura de vencer, decidiu mandar-se de armas e bagagens para o nosso clube. É com ele que eu conto para parar todos os ataques dos adversários rumo ao Deca, assim como tem feito nestes últimos 12 anos.
Nelson Filipe nº 10 – É com agrado que tenho visto que a responsabilidade de substituir um guarda-redes como Edo. Não lhe faz confusão, nem sequer lhe pesa nos ombros. Tem sido para mim um agradável surpresa e como é claro, um futuro muito sorridente.
Filipe Santos nº 2 – É com orgulho que vejo a braçadeira de capitão entregue a um hoquista como este. A sua garra e dedicação são imagens de marca, mas a técnica apurada lá vem ao de cima quando o encontro permite para marcar livres directos como eu vi a marcar de forma espectacular ou remates de longe sempre colocados e em força. Tem sido um poço de força. Está muito bem entregue a braçadeira de capitão.
Pedro Moreira nº 7 – Um jogador que aprecio, um excelente atleta formado na nossa casa, aparece nos momentos certos com os seus misseis a parar no fundo das redes. Um jogador que gosta de “molhar a sopa” frente ao clube do regime, só pode ter a minha simpatia. É com remates como aqueles do Pico que conto para o ataque ao Deca.
Henrique Magalhães nº 22 – Ainda não teve muitas oportunidades, mas vai ter! Completou 19 anos e ainda falta um longo percurso, mesmo assim, como já o vi nos juniores a patinar e a dar espectáculo, deposito muita confiança. Já agora, se não for pedir muito, um golito no último jogo que dê o Campeonato ao FC Porto.
Reinaldo Ventura nº 66 – Outro que para além do stick, carrega toda uma mística às costas. Um jogador valente, munido de um forte remate e um exímio marcador de penalidades e livres directos, que o diga o parolo do guarda-redes das galinhas, coitado! É a ele a quem eu peço golos, porque sei que a dedicação e garra, não preciso sequer de mencionar, pois essa já faz parte da sua personalidade.
Emanuel Garcia nº 84 – Um goleador nato. Ainda me lembro daquelas colheradas por detrás da baliza. Se houvesse posições iguais ao futebol, Emanuel era um Ponta-de-Lança, um rato de área, rápido a tocar o esférico e a proteger a bola. Este ano já nos presenteou com jogadas fantásticas. Espero poder continuar a contar até ao Deca.
André Azevedo nº 27 – Um tecnicista nato, protege o esférico muito bem, um trabalhador em prol da equipa e que gosto me dá ver este senhor a jogar, joga simples e joga rápido. Podia ser uma vedeta, mas prefere trabalhar em prol de uma equipa. É um Dragão a todos os níveis. Conto com ele para descobrir espaços nas defesas adversárias nestas 7 finais que faltam.
Gonçalo Suissas nº 17 – Um jovem jogador que acompanho desde a altura da Juventude. É um goleador e acredito que será a nossa referência do ataque nos próximos anos. Ainda agora chegou, por isso há que dar tempo, mas já todos sabemos o que está ali. Conto com os golos dele e como é claro, que também a sorte lhe sorria de vez em quando, porque já merecia mais uns golos, só que contra o FC Porto, os guarda-redes lembram-se de fazer exibições do outro mundo.
Pedro Gil nº 9 – O outro careca da nossa equipa. Um autêntico maluco de hóquei em patins que se houvesse limite de velocidade no hóquei, há muito que tinha ficado sem carta. Um excelente patinador, um dos melhores do mundo, técnica quanto baste e um exímio marcador de livres, aliás, ele está ainda a posicionar a bola e eu já estou a gritar golo. Defende sem medo, dá duas patinadelas e já está no ataque. Um Espanhol Tripeiro que trocou o País dele por amor ao nosso clube. Está a melhorar em termos de forma e conto com ele para esta fase final.
Rafa nº 99 – Desde que no ano passado, ainda com 17 anos, marcou de forma espectacular aquele livre directo, vi o que ali estava. Jogador resgatado às escolas do Barcelos. Temos aqui o nosso futuro. É com agrado que o vejo acompanhar o resto da equipa e de vez em quando, poder contribuir com o seu hóquei. Sei que não me vou enganar ao dizer isto, estamos perante um grande jogador que escolheu a equipa certa para jogar.
Acho que não me esqueci de ninguém. Hoje dedico o meu espaço ao hóquei, porque acho que depois do que se tem passado nestes últimos 10 anos, bem merecem um post a falar deles e a dar cobertura a uma secção que merece Respeito e Apoio.
Lembrar também que o facto de o hóquei ser um desporto que ninguém gosta, se deve única e exclusivamente ao facto de haver um certo clube de vermelho que não ganha um campeonato faz anos e espero que assim continue. Que continue o desporto que todos esqueceram o que já fez pelo País, o que já conquistou e o que já produziu. É sinal inequívoco que a azia continuará e o hóquei continuará a produzir grandes jogadores.
Por isso Portistas, não entrem nesta conversa fiada, o discurso da manada, porque quem se desloca a pavilhões adversários, vê com muito agrado que Barcelos, Valongo, Viana, Pico, Ponte de Lima, Torres Vedras, Oeiras, Espinho e Cascais, contam com pavilhões bem compostos e o único que está às moscas é o da mouralhada.
Peço aos jogadores que depois de me levarem às lágrimas na passada terça-feira, possam continuar a trabalhar de forma a chegarmos ao Deca. Ia ser o culminar de um ano de apoio atrás de vocês para todo lado!!
Meus amigos, um Grande abraço Tripeiro e muito... muito Portista.
http://bibo-porto-carago.blogspot.com/2011/03/guerreiros-de-patins.html
É retirado de um blog, espero que não haja mal.
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